sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

O canto enganoso dos gestores municipais: uma fábula urbana


    Os pássaros cucos, conhecidos por depositarem seus ovos em ninhos alheios, são mestres da dissimulação. Acreditando em um dever materno que não lhes pertence, essas aves deixam para outros a tarefa de criar seus filhotes, enquanto seguem livres de responsabilidades. Infelizmente, não são apenas na natureza que encontramos exemplos de tal estratégia. Na política municipal, há gestores que, como esses cucos, têm se tornado useiros e vezeiros em enganar a população com promessas vazias e obras fictícias.
    É um cenário que se repete. Prefeitos e suas administrações divulgam planos grandiosos, prometendo praças, escolas e hospitais, mas entregam estruturas inacabadas ou, pior ainda, inexistentes. São obras anunciadas com pompa, mas que, ao final, não passam de sombras projetadas no chão de um teatro mal ensaiado. Enquanto isso, o orçamento público – o verdadeiro ninho da população – é saqueado com discursos elaborados e justificativas frágeis.
    Assim como o cuco engana para sobreviver, esses gestores preferem o caminho da mentira para se manterem no poder. Mas até quando a população permitirá que seus ninhos sejam roubados? É hora de vigilância e resistência. Só assim será possível reverter esse cenário, garantindo que os recursos públicos sejam usados de forma honesta e eficaz. O futuro não pode ser hipotecado por cantos vazios e promessas ocas.

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