O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por ampla maioria, manter a suspensão do passaporte diplomático do ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo após seu pedido de reaver o documento para viajar aos Estados Unidos, onde participaria da posse do presidente Donald Trump. A decisão reafirma a postura firme da Corte no sentido de garantir que privilégios políticos não comprometam a isonomia da justiça brasileira.
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Foto: UOL/Instagram |
A viagem para um evento de caráter político internacional não justificaria, segundo a Corte, a flexibilização de uma medida que visa garantir o cumprimento das leis. "A justiça deve ser aplicada de forma igual para todos, sem exceções", afirmou um dos ministros durante a sessão.
Além disso, a decisão do STF é um marco contra a percepção de que ex-mandatários podem utilizar suas conexões internacionais para buscar refúgio ou se eximir de responsabilidades perante a lei. O Supremo tem reiterado que suas decisões não se pautam por motivações políticas, mas pela necessidade de proteger os princípios constitucionais e o estado democrático de direito.
O caso também destaca a importância da independência das instituições brasileiras. A manutenção da suspensão do passaporte de Bolsonaro simboliza que, no Brasil, a lei não faz distinção entre cidadãos comuns e ex-chefes de Estado. É uma mensagem clara de que, em uma democracia sólida, todos estão sujeitos às mesmas regras e ao mesmo escrutínio.
O apoio à postura do STF nesse episódio é essencial para reforçar a confiança nas instituições e no compromisso do país com a justiça. Enquanto os processos seguem seu curso, a decisão é uma demonstração inequívoca de que a transparência e a responsabilidade pública não devem ceder lugar a interesses pessoais ou políticos.
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