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sábado, 27 de abril de 2019

"Tecnologia poderia ajudar a evitar mortes em Suzano"

Por Luiz Alexandre Castanha*

escolas suicídios e depressão
Luiz Castanha - Foto divulgação
A Organização Pan-Americana da Saúde, a OPAS, estima que de 10% a 20% dos adolescentes do mundo enfrentam problemas de saúde mental. E, sabemos que as experiências na escola influenciam diretamente nessa realidade.

A tragédia da escola de Suzano, interior de São Paulo, em que dois jovens entraram armados e mataram dez pessoas, deixando 11 feridos, colocou em alerta pais, docentes e profissionais que atuam em unidades de ensino. Como estar preparado para lidar com transtornos e dificuldades que cada estudante pode desenvolver nessa etapa da vida, analisando o comportamento deles e os orientando da forma mais responsável possível?

O bem-estar psicológico pode e deve ser tratado como tema na sala de aula, e, para tanto, os professores precisam passar por treinamentos. A OPAS também já divulgou que metade dessas questões de saúde mental, entre elas, depressão e ansiedade, aparece para os jovens a partir dos 14 anos. É com esse público que os docentes precisam dialogar e estabelecer novas formas de conexões. E a tecnologia pode ser uma aliada e tanto para esse aprofundamento.

A carreira educacional ganha, e muito, com as novas possibilidades de comunicação e transmissão de conhecimento. Por isso,me parece potencialmente impactante a ideia de criar materiais de apoio, com a consultoria de psicólogos e psiquiatras em plataformas digitais para acesso de professores.

Nos Estados Unidos, a tecnologia tem sido usada para a capacitação de professores por meio de cenários com avatar. Em simulações, os docentes lidam com alunos que poderiam apresentar déficit de atenção, comportamentos suicidas e traços de psicopatia, com o objetivo de capacitá-los no reconhecimento dos possíveis riscos frente a esses perfis de aluno.

Nesse trabalho, é fundamental a assistência social para monitoramento constante. De qualquer forma, é mais uma abordagem válida para se tratar do tema, pois vidas estão em jogo.

As instituições de ensino também podem trabalhar com o conceito de microlearning, apresentando textos e vídeos informativos que dialoguem diretamente com a compreensão desses comportamentos dos alunos. É importante que se reconheça sinais, até onde for possível, de que o estudante não está bem, sofre ou provoca bullying ou apresenta quadros de distúrbio de comportamento, e treinamentos assim são muito eficazes nesse sentido.

É claro que abrir rodas de conversa e abraçar as experiências dos meninos e meninas como seres em formação também é indispensável. Mas, até mesmo para conduzir essas interações, o professor deve ter em mão um conteúdo direcionado, e que colabore, de antemão, com o reconhecimento de situações como evasão escolar, mau desempenho e até de problemas pessoais com que cada aluno está lidando.

O encaminhamento para profissionais da saúde mental é essencial. Dito isso, é preciso instrumentalizar e instruir os professores para que saibam ajudar os alunos em classe e para que eles também vejam a escola como um ambiente de acolhimento, reconhecimento e confiança.

*Luiz Alexandre Castanha é diretor geral da Telefônica Educação Digital – Brasil e especialista em Gestão de Conhecimento e Tecnologias Educacionais.

Crédito da matéria:
www.revistaeducação.com.br

domingo, 24 de março de 2019

Armar professores é uma “aberração”

A escola é tida como um local seguro, em que os pais podem deixar os filhos para que eles recebam uma educação adequada. Porém, alguns fatos recentes, como o que aconteceu no dia 13 de março, na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, São Paulo, mostram alguns problemas presentes em algumas das escolas do país: falta de segurança, livre acesso, bullying e ausência de apoio emocional.

O assunto foi tema de debate na Super Manhã, desta quinta-feira (21). Os debatedores foram: o secretário de Educação de Pernambuco Fred Amâncio, o secretário de Segurança Urbana do Recife Murilo Cavalcanti, a psicopedagoga Jojemima Mesquita e o presidente do Sintepe Fernando Melo.

Fazendo um comparativo com o caso ocorrido em Suzano, Fernando Melo, destacou como os jovens podem ser afetados pela família, a escola e a sociedade. “Você tem a escola que não tem a segurança na questão do ambiente, tem a família que coloca o seu filho na escola, que traz essa carga negativa e tem a sociedade que faz um discurso, fica indignada, mas na própria sociedade incentiva muito mais o ter do que o ser, incentiva muito mais ao jovem de não ter o limite”, afirmou.

Estudante de 14 anos é esfaqueado em sala de aula

Imagem ilustrativa: https://sites.google.com/site/grupoe8dnaus/fotos-educacao-ambie

A cada dia aumenta a preocupação das famílias, educadores, gestores escolares e toda a comunidade quanto à violência crescente nas escolas de todo o Brasil. A chacina na Escola Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, foi apenas a visibilidade midiática de um fato silencioso que ocorre diariamente- claro que em menores proporções.

Um estudante de 14 anos foi esfaqueado, na manhã da última sexta-feira (22), dentro da sala de aula de uma escola estadual em Abreu e Lima, no Grande Recife. O aluno teria sido agredido nas costas por uma colega de 15 anos, segundo a Polícia Militar, que enviou uma equipe do 17º Batalhão para a Escola Estadual Stela Maria dos Santos Pinto de Barros, no bairro do Timbó.

Causa estranheza não ter sido constatado qualquer histórico de rivalidade entre os adolescentes envolvidos", informou a polícia em nota. Também por meio de nota, a Secretaria Estadual de Educação afirmou ter acionado o Conselho Tutelar para que providências fossem tomadas.

O órgão também informou que “repudia todo e qualquer tipo de violência” e reafirmou o “compromisso de promover ações pedagógicas voltadas para a inclusão e fomento da cultura de paz dentro das unidades de ensino”.

Sempre é dessa forma: espera-se que os fatos aconteçam para depois tomar providências. Prática que tem demonstrado sua ineficácia. As ações de combate à violência devem ser antecipadas. Precisa-se de práticas permanentes e que possam ter resultados positivos. Precisa-se do envolvimento de toda a comunidade escolar. Quem sabe até mesmo a inclusão de uma Disciplina que tenha foco específico nesse tema.

Confira a repercussão e as matérias completas em: