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Foto: Solon Neto
A Organização das Nações Unidas ratificou neste ano o dia 22 de agosto como o Dia Internacional de Homenagem às Vítimas de Intolerância Religiosa. A Sputnik Brasil ouviu uma liderança religiosa brasileira para entender por que a intolerância segue avançando no país, e como isso se relaciona com a política e o tráfico de drogas.
A medida da ONU veio através de um documento na Assembleia Geral e é co-patrocionada por Polônia, Brasil, Canadá, Egito, Iraque, Jordânia, Nigéria, Paquistão e Estados Unidos.
No Brasil, as principais vítimas de intolerância religiosa são os cultos de matriz africana, como a Umbanda e o Candomblé, alvos de ataques de fanáticos e também de traficantes - o que tem crescido.
Para analisar a questão, a Sputnik Brasil conversou com o professor doutor babalaô Ivanir dos Santos, interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa da ONU. O babalaô foi homenageado em julho em Washington por com Prêmio Internacional de Liberdade Religiosa, recebido das mãos do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo.
Ivanir aponta que o Brasil assinou a recomendação preocupado com os povos cristãos no mundo, e diz que acha estranho que não haja menção às religiões de matriz africana no documento pelo país.
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segunda-feira, 26 de agosto de 2019
Intolerância religiosa na política encoraja cidadão ao ódio, diz líder religioso
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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019
Record terá que exibir programas sobre religiões de matriz africana após ser condenada
Após um longo processo judicial de 15 anos, Record TV e Record News entraram em acordo com o Ministério Público Federal, que moveu uma ação junto ao Instituto Nacional de Tradição e Cultura Afro-Brasileira (Itecab) e o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e da Desigualdade (Ceert).
Condenados por terem veiculado agressões a religiões de matriz africana, o canal pago de Edir Macedo terá que exibir três programas educativos sobre as religiões e um com teor documental – os quatro terão 20 minutos cada, informou o jornal O Globo.
Itecab e o Ceert serão responsáveis pela criação do material, que será bancado pelo Grupo Record. Além disso, o Grupo terá que pagar R$ 300 mil para cada um dos órgãos, totalizando R$ 600 mil de penalidade.
Os programas terão que passar pela aprovação da companhia antes de irem ao ar. Cada um será transmitido três vezes. A Record TV não terá que exibir o material, o que antes era umas das exigências da ação.
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sábado, 11 de maio de 2013
Umbanda abençoa a união entre casal homossexual
O comerciário Fábio Agnes, 32 anos, esteve casado com uma mulher pelo civil e religioso por aproximadamente dois anos. Foi o tempo necessário para se aceitar e ter convicção de sua opção sexual. Desde cedo o santa-cruzense percebia que era diferente, mas o medo do preconceito protelou suas escolhas. Agora, convicto de quem é, Agnes começou uma nova vida. Na noite de sábado, casou-se com Cassiano Gonçalves, 30 anos, seu companheiro desde maio do ano passado.
O casamento aconteceu na Casa de Religião Africana Nação Ijexá, do Pai Beti de Bará, mesmo templo que realizou a primeira união gay da cidade, em abril do ano passado. Vestidos de branco, sob as bênçãos dos caboclos da umbanda, os dois realizaram o sonho do matrimônio, sem medo de julgamentos. O sim foi testemunhado por familiares, amigos e frequentadores do local. “Ser diferente é normal. O importante é ser feliz, independente das nossas escolhas”, afirma Agnes.
O relacionamento entre Fábio e Cassiano começou por acaso, sem intermediários, no Centro de Santa Cruz. “Quando chegou a hora, nossos caminhos se cruzaram”, relata Gonçalves. Para o frentista, que desde cedo aceitou sua homossexualidade, as pessoas têm apenas uma vida e precisam aproveitar cada minuto ao máximo, sem medo da intolerância. Com o apoio de suas famílias, o casal procurou o suporte da umbanda para formalizar o relacionamento. “Aqui sabemos que não há preconceito”, reforça Fábio Agnes, frequentador da casa há vários anos.
Casados oficialmente no religioso, agora eles planejam a união também no civil e já organizam a lua de mel, que deve acontecer no final do ano. Futuramente, cogitam a possibilidade de adotar uma criança, para a família ficar completa.
“Somos todos iguais, apenas nossas escolhas são diferentes”, reforça Agnes. Diante da recente polêmica gay no País, inflamada pelas declarações do deputado Marco Feliciano (PSC), os recém-casados reforçam que homossexualismo não é doença. “Se as pessoas não nos aceitam, que pelo menos nos respeitem. A sociedade seria muito mais feliz.”
“Somos todos iguais, apenas nossas escolhas são diferentes”, reforça Agnes. Diante da recente polêmica gay no País, inflamada pelas declarações do deputado Marco Feliciano (PSC), os recém-casados reforçam que homossexualismo não é doença. “Se as pessoas não nos aceitam, que pelo menos nos respeitem. A sociedade seria muito mais feliz.”
“As pessoas têm livre arbítrio”
Segundo o pai Beti de Bará (foto), a Casa de Religião Africana Nação Ijexá já realizou três uniões entre casais do mesmo sexo, sendo duas cerimônias. A primeira, no ano passado, casou Caroline Gonçalvez e Eliane Lord. Neste final de semana, foi a vez de Fábio Agnes e Cassiano Gonçalves. “A umbanda nos ensina a amar. Se a gente ama, o preconceito tem que ficar em segundo plano”, opina. Dentro da religião, a comunidade gay encontra apoio e compreensão. “Recebemos todos os casais de braços abertos.”
Na umbanda, as cerimônias de casamento são praticamente iguais às demais, com direito à aliança e certidão de matrimônio. Nesse final de semana, a decoração com flores e bolo garantiu um ar ainda mais especial para a união, prestigiada por convidados dos noivos e frequentadores da casa. “Uma das nossas bandeiras é tentar introduzir a aceitação de tudo e de todos. As pessoas têm livre arbítrio e podem escolher o que é melhor para si”, salienta pai Beti.
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