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domingo, 27 de julho de 2025
Fé, Cultura e Axé marcam o II Encontro das Deusas das Águas em Teresina
A programação teve início no Encontro dos Rios, ponto simbólico da cidade, com rituais de purificação que incluíram banhos de ervas, defumação e práticas de limpeza espiritual. Ao lado da estátua do Cabeça de Cuia, representantes dos terreiros realizaram um padê dedicado a Exu, orixá guardião dos caminhos, como pedido de proteção e abertura de caminhos para o cortejo.
Em seguida, uma vibrante caminhada seguiu em direção ao Parque Vila Poti, também conhecido como Polo Cerâmico. Durante o trajeto, mães e pais de santo entoaram cânticos tradicionais em homenagem aos Orixás, Entidades e Encantados cultuados nas diversas religiões afro-brasileiras, como Umbanda, Candomblé, Jurema, Terecô, Tambor de Mina e Quimbanda.
No Monumento das Deusas das Águas, ponto culminante do evento, os participantes prestaram homenagens a Iemanjá e Oxum, orixás que simbolizam, respectivamente, as águas salgadas e doces. O momento foi marcado por orações, saudações e agradecimentos.
A celebração também contou com tendas temáticas, barracas de produtos religiosos, apresentações de grupos de tambozeiros, falas de lideranças religiosas e um show de encerramento, fortalecendo os laços de fé, resistência e identidade cultural.
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sexta-feira, 13 de junho de 2025
Por que o Rio Grande do Sul é o estado com mais adeptos de religiões de matriz africana?
Um dado do Censo 2022 surpreendeu muita gente: o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com o maior percentual de praticantes de religiões de matriz africana. São mais de 306 mil pessoas — o que representa 3,2% da população gaúcha. Mas por que justamente um estado do Sul, historicamente associado à imigração europeia, lidera esse ranking?
A resposta envolve história, resistência e, principalmente, consciência.
Especialistas explicam que o RS tem se destacado por promover ações consistentes contra o racismo religioso e por valorizar as expressões culturais afro-brasileiras. Lideranças de terreiros, movimentos sociais e instituições civis atuam juntas para defender a liberdade de culto e combater o preconceito contra religiões como o Candomblé e a Umbanda.
Outro ponto importante é o reconhecimento do passado escravocrata do estado. Ao encarar essa herança histórica de forma crítica, parte da sociedade gaúcha passou a apoiar políticas de valorização da cultura afro e ações de reparação simbólica.
Além disso, os terreiros no RS são bastante organizados. Muitos estão reunidos em federações, desenvolvem projetos sociais e mantêm diálogo com o poder público. Essa visibilidade favorece não apenas a preservação das tradições, mas também fortalece a identidade dos praticantes.
Em um país onde o preconceito contra religiões de matriz africana ainda é alarmante, o avanço do Rio Grande do Sul representa um exemplo de resistência e transformação. Mais do que estatística, esses dados revelam um processo de afirmação cultural e espiritual que precisa ser reconhecido e respeitado.
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sexta-feira, 6 de junho de 2025
Crescimento das Religiões de Matriz Africana no Brasil: Entre o Reconhecimento e a Intolerância
O cenário religioso brasileiro tem passado por transformações significativas nas últimas décadas. Dados do Censo de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que as religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda, cresceram de 0,3% para 1% da população brasileira. Embora ainda representem uma minoria, esse aumento indica uma maior visibilidade e reconhecimento dessas tradições religiosas no país.
No entanto, esse crescimento tem sido acompanhado por um aumento alarmante nos casos de intolerância religiosa. Em 2024, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania registrou 2.472 casos de intolerância religiosa pelo Disque 100, representando um aumento de 66,8% em relação a 2023. As religiões de matriz africana foram as mais afetadas, com praticantes de umbanda e candomblé somando 289 dos casos reportados.
Especialistas apontam que esse fenômeno está enraizado no racismo estrutural presente na sociedade brasileira. O preconceito contra as religiões afro-brasileiras é alimentado por fatores como a demonização dessas práticas por outras religiões, a falta de conhecimento sobre suas tradições e a associação racista com a população negra.
Em resposta à crescente violência, líderes religiosos de matriz africana têm buscado maior representatividade política. Um estudo realizado pelo grupo de pesquisa Ginga, da Universidade Federal Fluminense (UFF), identificou 284 candidaturas associadas a crenças de matriz africana nas eleições municipais de 2024. Esse movimento é visto como uma reação à violência enfrentada pelos terreiros e uma forma de lutar por direitos e reconhecimento.
A situação evidencia a necessidade urgente de políticas públicas que promovam o respeito à diversidade religiosa e combatam o racismo religioso. É fundamental que a sociedade brasileira reconheça e valorize as tradições de matriz africana como parte integrante de sua identidade cultural e religiosa.
Movimentações no Piauí: Rota do Axé e Enfrentamento ao Preconceito
No Piauí, o Povo do Axé tem se mobilizado para promover a valorização e o respeito às religiões de matriz africana. Uma das iniciativas é a criação da "Rota do Axé", um projeto que visa integrar terreiros de candomblé e umbanda ao circuito turístico do estado. A proposta é que esses espaços recebam visitantes interessados em conhecer e vivenciar as tradições afro-brasileiras, fortalecendo economicamente os terreiros e promovendo o combate à intolerância religiosa. Municípios como Teresina, Amarante, Floriano, Campo Maior, Pedro II, Piripiri e Parnaíba estão incluídos no projeto.
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quarta-feira, 13 de novembro de 2024
Umbandistas do Piauí festejam as deusas das águas
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Monumentos às Orixas das Águas Crédito: Portal de Luzes |
No próximo dia 17 de Novembro, acontecerá o XII Cultura Negra 2024, com programação organizada pelos líderes das religiões de matriz africana do Piauí. Entre as atividades está a inauguração do Monumento Deusas das Águas, com esculturas de Iemanjá e Oxum, instaladas às margens do rio Poti, no Polo Cerâmico do bairro Poti Velho, na zona Norte de Teresina.
Com isso, a capital piauiense ganha mais um ponto religioso e turístico, que valoriza o artesanato local, uma vez que as imagens das Orixás foram confeccionadas por Jean Pimentel, artesão do Polo Cerâmico. O evento terá início às 15 h, com concentração no Parque Ambiental Encontro dos Rios. Às 15h30m ocorre o Padê de Exu em frente ao monumento Cabeça de Cuia e pedidos de abertura de caminhos e proteção.
Às 16h inicia-se a caminhada até o Monumento Deusas das Águas. “Durante o trajeto, teremos apresentações dos grupos de Tambozeiros, até o momento temos 17 grupos confirmados, tanto do Piauí como do Maranhão, teremos nosso povo cantando os pontos e, ao chegarmos no monumento haverá a consagração das imagens de Oxum e Iemanjá, orixás das águas doce e salgada, respectivamente”, explica Pai Rondinele, um dos organizadores do evento.
Já no Polo Cerâmico, haverá o Terecô Coletivo, onde os Pais e Mães de Santos se revezam cantando pontos de Umbanda, Candomblé, Jurema, entre outros. No local, haverá tendas específicas voltadas para a Cultura Cigana e aos Pretos Velhos, entidades conhecidas da Umbanda. “Teremos também o Festival de Tambozeiros, com premiação, teremos apresentação com o cantor e compositor Fernando de Iemanjá, e teremos a Mell Tenório encerrando nosso evento”, informa Mãe Ruthneia.
O XII Cultura Negra com as bençãos das Deusas das Águas, ocorre em alusão ao Dia Nacional da Umbanda e tem apoio da Lei de Incentivo Estadual SIEC, Paraíba, Prefeitura Municipal de Teresina e Governo do Piauí.
sábado, 9 de novembro de 2024
Umbandistas realizam encontro em Salvador. Evento busca fortalecer as religiões de matriz africana
Desde ontem (8 de novembro) umbandistas de todo o Brasil estão reunidos em Salvador na 2ª Edição do Encontro de Umbanda e será encerrado amanhã (dia 10). O encontro tem como objetivo discutir, celebrar e fortalecer a a fé e a cultura das religiões de matriz africana.
Segundo os organizadores do evento, essa é uma oportunidade única de aprendizado, troca de saberes e fortalecimento da Umbanda.
O Piauí está representado pelo Pai de Santo Rondinele de Oxum.
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terça-feira, 30 de janeiro de 2024
Pai de Santo recusa fazer bruxaria e é assassinado a tiros
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Pai de Santo assassinado a tiros |
O Pai de Santo João Tadeu da Silva, do Terreiro de Oxossi, na cidade paraense de Tailândia, foi assassinado barbaramente por ter se recusado a fazer um trabalho de bruxaria.
As informações iniciais revelam que Tadeu, de 53 anos, foi morto a tiros após se recusar a realizar um ‘trabalho’ espiritual solicitado pelo assassino. Testemunhas relatam que horas antes do crime, o suspeito procurou Tadeu, solicitou seus serviços, mas recebeu uma negativa. Uma discussão acalorada seguiu-se, culminando na promessa do agressor de voltar para vingar-se.
Na fatídica madrugada, o suspeito cumpriu sua ameaça, chamando Tadeu na frente do terreiro. Ao abrir o portão, o ‘pai de santo’ foi alvejado com cerca de cinco tiros, um deles atingindo o tórax. Apesar de tentar buscar refúgio dentro do terreiro, Tadeu não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. O agressor fugiu rapidamente de moto após o crime.
Os moradores, despertados pelos disparos, encontraram o líder espiritual sem vida. Apesar do chamado ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Tadeu não resistiu até a chegada do socorro.
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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024
Escola de Samba levará a história de Zé Pilintra para a avenida
O Grêmio Recreativo Escola de Samba (GRES) Vila da Barra tem como personagem central do enredo para o desfile deste ano o pernambucano José Pereira dos Anjos, conhecido na umbanda como Zé Pilintra, entidade de luz cujo trabalho é desenvolvido na linha dos malandros. A agremiação do bairro Compensa, zona Oeste da cidade, é a terceira a desfilar no Sambódromo, situado na avenida Pedro Teixeira, a partir das 22h40 do dia 3 de fevereiro.
Com o enredo “Quem não nasce para servir, não serve para viver. Salve! Salve! Sêo Dotô, Bravo Sinhô! O rei da malandragem, seu Zé Pilintra chegou” pretende levar o título de campeã neste ano. Zé Pilintra é considerado uma das mais importantes entidades de cultos afro-brasileiros pela proteção ao povo que vive em condição de rua nas noites e madrugadas.
Quem é Zé Pilintra?
Zé Pilintra é um guia espiritual que faz parte da linha dos malandros na umbanda, como todo malandro que se preze, ele trabalha em favor daqueles que são marginalizados pela sociedade, porque ele, o Zé Pilintra, quando viveu aqui na Terra, passou pelos mesmos problemas, sofrendo na pele a discriminação por ser órfão, negro, imigrante e pobre.
Só que hoje, como guia espiritual, Zé Pilintra é uma entidade muito adorada e respeitada pelas pessoas, principalmente pelos umbandistas, porque ele traz todo aquele trejeito característico da malandragem. Ele tem um jeito boêmio, gosta da vida noturna, gosta de bebidas, de mulheres, de jogo. Só que, ao mesmo tempo, o seu Zé se manifesta com bondade, com alegria, com humildade. E, da mesma maneira que o seu Zé Pilintra foi discriminado em vida, ele também sofre ainda discriminação como espírito por se apresentar com esse jeito malandro.
Zé pelintra é um espírito muito iluminado, tanto que também se manifesta nos centros espíritas kardecistas, mesmo sua grande maioria dizendo o contrário, porém ele não vem com aquelas características de malandro com que ele se apresenta na umbanda e sim como um mentor. Muitas vezes ele se apresenta como sendo um doutor fulano de tal, porque dessa maneira os kardecistas aceitam melhor as mensagens que o Zé Pilintra tem para transmitir.
Leia a matéria na íntegra no Portal A Crítica de Manaus.
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segunda-feira, 17 de julho de 2023
Intolerância religiosa dentro de escola é inadmissível
Com o aumento do discurso de ódio tão bem propagado nos últimos anos, temos visto que a intolerância religiosa contra praticantes de religiões de matriz africana tem sido o alvo preferencial, principalmente daqueles que se dizem "evangélicos". E quando essa turma tem algum tipo de poder, o massacre toma proporções ainda maiores.
Incito você a ler a matéria abaixo, do site G1 de Rondônia, para tomar consciência de até que ponto chegamos. Uma escola deve ter o condão de aperfeiçoar a educação através do debate e reconhecimento de que somos um Estado laico e multicultural, incluindo-se, aí, as questões religiosas e sua multiplicidade de formas como são desenvolvidas.
Entendo a escola como um espaço de exercício da democracia e um espaço de segurança absoluta, onde todos devem ser tratados com igualdade, independentemente de suas particularidades econômicas, sociais, étnicas e religiosas. Mas quando esses pilares não são observados e que ferem mortalmente a formação de uma criança, deve ser crime inafiançável.
Precisamos frequentemente analisar como estamos recebendo tantas informações e de que forma elas interferem em nosso cotidiano enquanto pessoas sociáveis e enquanto profissionais, principalmente educadores. Como os discursos de ódio de cunho religioso-conservador têm afetado as nossas vidas e as nossas vivências.
domingo, 22 de janeiro de 2023
Ainda sobre preconceito e intolerância religiosa
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Terreiro incendiado em Boqueirão do Piauí Foto Canal 121.com |
É longa a história de intolerância religiosa aos adeptos das religiões de matriz africana: perseguição, morte, destruição de espaços sagrados, agressão verbal e tantas outras forma de violência. Ela é fruto de uma construção secular baseada em teorias racistas, que associavam os povos africanos a populações amaldiçoadas ou a uma raça inferior.
No século 15, período que marcou o início das grandes navegações europeias, a relação entre os estados daquele continente e a Igreja Católica era intrínseca. Em nome da fé cristã, países ganharam a chancela religiosa para dominar novos territórios e subjugar populações.
Logo, uma série de teorias baseadas na mitologia judaico-cristã foram criadas para justificar a condenação dos povos não europeus, e consequentemente, sua escravização. Entre elas, a mais popular foi a Maldição de Cam.
Nos nossos arredores o preconceito é grande, chegando-se até à destruição de terreiros em nome da fé cristã. Caso bem recente foi no vizinho município de Boqueirão do Piauí, onde uma tenda foi destruída através de um incêndio criminoso, que até hoje as autoridades policiais não conseguiram descobrir seus autores.
Tanto Pai Flávio de Ogum (ex-gerente de combate à intolerância religiosa da Secretaria de Direitos Humanos dfo Piauí), quanto Pai Rondinelle Santos, coordenador da Associação Nacional dos Povos de Matriz Africana no Piauí, a questão da intolerância que cerca os povos do Axé "é pura falta de conhecimento, quem não conhece a Umbanda, o Candomblé, têm tendências a ser intolerantes".
quarta-feira, 11 de janeiro de 2023
Bruno Gagliasso é vítima de intolerância religiosa
Bruno Gagliasso é vítima de intolerância religiosa por falar em Orixás
Quem disse que a intolerância religiosa e o preconceito atinge apenas as camadas mais populares da população? Os famosos, que têm milhões de seguidores nas redes soiais também não estão imunes à manifestações de ódio por conta de professarem religiões de matrizes africanas.
Bruno Gagliasso é uma dessas vítimas. Depois de postar uma foto com a legenda "Aqui é corpo fechado. Exu! Oxóssi! Axé!", uma avalanche de comentários de cunho preconceituoso encheu as redes sociais do ator.
Chamando os Orixás de "diabo" e que o artista queria aparecer, foram as manifestações que dão o tom do tamanho do preconceito de muitas pessoas que, ao desconhecerem a realidade e a teologia das Religiões de Matrizes Africanas, desferem o histórico preconceito embutido em nossa sociedade.
Mais a resposta foi imediata. Bruno recebeu muitos comentários de apoio de outros artista e de centenas de seguidores da suas redes sociais. Muitos saudaram o ator com o "Axé", cumprimento que quer dizer "assim seja", "a paz é contigo" ou "paz e bem", a despeito dos cumprimentos de adeptos de religiões que se dizem cristãs.
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sexta-feira, 13 de maio de 2022
Imagem Portal Terra
Dia 13 de maio é dia de preto-velho na umbanda. Dia de comemorar com festa estas entidades que representam velhos negros e negras, espíritos de antepassados. Velhos escravos que voltam à terra para ajudar as pessoas, e são muito queridos pelos fiéis.
Não é à toa que o dia dessas entidades encurvadas, carregando às vezes um cajado e falando um português antigo é também a data da libertação dos escravos. Nesse dia cultuam-se os espíritos dos antepassados, dos velhos escravos que, retirados a força de suas aldeias na África e embarcados em navios negreiros, aqui inventaram uma rica cultura que viceja até os nossos dias.
O culto aos pretos-velhos nos terreiros de umbanda representa uma inversão do que se vive no dia-a-dia da vida na nossa sociedade. No ritual eles são reverenciados. Os consulentes têm de se ajoelhar diante deles para lhes beijar a mão e receber seus conselhos porque os pretos e pretas-velhas são encurvados e sua fala estranha, mansa e baixa tem de ser ouvida de perto.
Chamados de "Velho, Vovô ou Vovó", os termos designam pessoas sábias, vividas e bondosas. Assim, a mensagem que eles passam aos seus protegidos é sobre generosidade e, sobretudo, humildade.
Esses espíritos de luz afirmam que as pessoas são escravas de seu próprio egoísmo, portanto, quem lhe pede uma graça, recebe resignação e caridade, as quais devem ser aceitas de coração aberto.
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sábado, 22 de janeiro de 2022
Povos de Terreiro ganham aplicativo de mapeamento no Piauí
Uma das imagens que marcarão uma nova página para os Povos de Terreiros do Piauí foi feita ontem (21 de janeiro de 2022) no Palácio de Karnak, sede do Governo do Piauí.
No Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, foi apresentado o aplicativo Eu Creio, onde todos os Terreiros Afrorreligiosos serão mapeados.
Trata-se de uma conquista em tempos de tantos preconceitos e a ausência de políticas públicas capazes de atender a significativo segmento religioso.
Da esquerda para a Direita: Pai Rondinelli (ANPMA-Piauí_Brasil) Pérola e sua mãe Vereadora Mizarlea, Prof. Jorge Câmara, Pais Gerson de Aruanda, Paulo César da Oxum e Silvestre Silva. |
Acompanhe abaixo o vídeo do lançamento do aplicativo Eu Creio através do Canal Umbanda Sagrada.
segunda-feira, 17 de maio de 2021
'CHUTA QUE É MACUMBA!': ORIGEM DA EXPRESSÃO E POR QUE ELA É CRIME
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Macumba (Fonte: Wikipedia/Reprodução) |
Uma frase de deboche, "chuta que é macumba!", muitas vezes é falada pelas pessoas em tom de brincadeira sem atentar para o fato de que estão sendo extremamente preconceituosas e intolerantes com as religiões de origem africana, em especial o Candomblé e a Umbanda.
Atribuído de forma pejorativa às duas religiões, o termo "macumba" é na verdade uma árvore africana e também o nome de um instrumento musical utilizado nas cerimônias de religiões afro-brasileiras, uma espécie de reco-reco. Isso significa que, descontado o preconceito, macumbeiro é o percussionista que toca esse instrumento.
O que é popularmente chamado de macumba são as manifestações dessas religiões que ocorrem fora dos templos: os chamados "despachos". Oferendas para o orixá Exu colocadas nas encruzilhadas, esses bens materiais ofertados são considerados como magia negra para prejudicar pessoas, mas é uma prática desestimulada por ambas as religiões.
As manifestações preconceituosas entre religiões são comuns no mundo todo, onde pessoas involuídas tentam impingir o seu deus ou deuses aos de outras pessoas. Só que, ao fazê-lo, estão infringindo uma lei, no caso a de nº 9459 de 13 de maio de 1997, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
De acordo com o artigo 1º da referida lei, serão punidos "os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional". Nesse caso, aquele que praticar, induzir ou incitar esse tipo de discriminação ou preconceito está sujeito a pena de reclusão de um a três anos e multa.
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domingo, 9 de fevereiro de 2020
Agressões às religiões afro mostram que instituições não estão funcionando.

Outrora visto como país pacífico, lugar da diversidade e integração de culturas, o Brasil está degringolando para se tornar a terra da intolerância. Ao menos do ponto de vista dos seguidores das religiões de matriz africana. A escalada de ataques contra os terreiros de umbanda e candomblé tem aumentado, sob a negligência das autoridades. O último episódio, em Ribeirão Preto, foi de uma violência estarrecedora.
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domingo, 2 de fevereiro de 2020
Terreiros atacados, religiosa espancada: o dia sangrento que o país ignora.

Dia de Nossa Senhora das Candeias - Nossa Senhora da Luz é um título mariano pelos quais a Igreja Católica venera a Santíssima Virgem Maria. Sob essas designações, é particularmente cultuada em Portugal e Brasil apesar de o surgimento do culto ter sido nas Ilhas Canárias, na Espanha. Iemanjá - significa a mãe dos filhos-peixe. Filha de Olokum, Iemanjá foi casada com Oduduá, com quem teve dez filhos orixás. Por amamentá-los, seus seios ficaram enormes. Infeliz com o casamento e cansada de morar na cidade de Ifé, um dia ela saiu em rumo ao oeste e conheceu o rei Okerê, por quem se apaixonou
CONFIRA CLICANDO AQUI INTERESSANTE MATÉRIA DO UOL
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quarta-feira, 10 de julho de 2019
"Representantes da Umbanda estarão no XV Congresso Internacional de Turismo Religioso e Sustentável

Trazendo uma lição de amor e fraternidade, representantes da Umbanda farão parte das discussões do XV Congresso Internacional de Turismo Religioso e Sustentável, entre os dias 10 e 12 de julho, em Guarapuava. Esta manifestação religiosa foi fundada no Brasil em 15 de novembro de 1908, data que foi oficializada como o Dia Nacional da Umbanda.
Como uma ciência espiritual, o umbandista acredita que a harmonia entre o homem e a natureza produz a religação entre o ser e Deus, e a partir disso nasce a consciência plena, a qual faz com que o homem conheça seu corpo, espírito e alma. Os rituais são de exaltação à natureza, da qual se retira os subsídios necessários à cura, seja de ordem material ou espiritual. Seus seguidores carregam bandeira branca, símbolo da paz, amor e união fraternal.
Assim que a Umbanda foi fundada estabeleceram-se normas em que aconteceriam os cultos ou sessões, como se chamam os períodos de trabalho espiritual. Os participantes estariam uniformizados de branco e o atendimento seria gratuito. Deu-se também o nome desse movimento religioso de aumbandhã, palavra de origem sânscrita, que se traduz Deus ao nosso lado. A prática da caridade, no sentido do amor fraterno, seria a característica principal dessa crença, que tem por base o Evangelho de Cristo e, como mestre supremo, Jesus.
Além do Candomblé, os participantes do evento poderão conhecer a história e singularidade de outras manifestações religiosas que farão parte do Congresso, compondo a diversidade guarapuavana.
Ao final do evento, todos os participantes receberão certificados de 20h. O XV Congresso Internacional de Turismo Religioso e Sustentável é organizado pela Prefeitura de Guarapuava, por meio da Secretaria de Turismo, em parceria com a Fundação São José de Campo Mourão.
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segunda-feira, 13 de maio de 2019
Salve os Pretos Velhos
Hoje, muitos terreiros e casas de Umbanda celebram uma data importante de culto: é o Dia das Pretas e dos Pretos Velhos.
Transcrevemos aqui, pelo respeito à liberdade de culto, pela admiração e por considerar a data de muita importância social, do site Raízes Espirituais, detalhes importantes para que nossos leitores possam compreender o significado da data.
"Pretos Velhos são entidades de luz da Umbanda que tem uma evolução espiritual muito alta e com seu cachimbo nos dá passes tratando males do corpo e da alma.
Os Pretos Velhos são divindades purificadas de antigos escravos africanos, são feiticeiros poderosos, com seu olhar observador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com ramo de arruda e guiné, abençoando com sua água benta.
São com estes objetos no plano físico que eles purificam no plano espiritual, estabelecendo uma limpeza e harmonização das vibrações daqueles que buscam seu socorro.
Na Umbanda, os Pretos Velhos são homenageados no dia 13 de maio, data que foi assinada a Lei Áurea, a abolição da escravatura no Brasil.
Culto aos Pretos Velhos
- Dia da semana: domingo
- Comemoração anual: Dia 13 de Maio
- Cor de vela : bicolor preta e branca ou toda branca.
- Banhos de ervas: banho de guiné, banho de girassol, banho de rosa branca, banho de flores de alfazema, banho de sal grosso.
- Saudação: Saravá Pretos Velhos, maleme as almas!
- Defumação: com açúcar cristal, bagaço de cana de açúcar, pó de café, mistura sagrada de quebra demanda, incenso de benjoim.
Oração aos Pretos Velhos
“Amado Pai Maior, de joelhos peço Vosso amparo divino neste momento.
Envie Suas irradiações vivas e divinas e envolva todo meu espírito, remova todas as imantações e vibrações negativas para que, equilibrada e harmonizada, eu possa invocar o trabalhar com o mistério dos Pretos Velhos.
Amados Senhores Regentes do Trono da Evolução, peço ao amado Pai Obaluaiê e à amada Mãe Nanã Buruquê que abra o Vosso Portal e acolha minha prece.
Amém!
Amados Pretos Velhos,
De joelhos peço a vossa presença ao meu lado direito e que através do meu lado sagrado, possa auxiliar-me e amparar-me neste momento de minha vida.
Peço que me equilibre energeticamente e acalme meu coração, para que equilibrada eu possa direcionar meus pensamentos e escutar as vossas palavras através do meu eu interior.
Os meus desejos e pensamentos já foram registrados nas telas vibratórias divinas, e; já estou sendo irradiado pelas esferas afins com meu estado de espírito ao qual me encontro nesse momento.
Em sua imensa luz e sabedoria, interceda por mim, para que eu possa ser auxiliado pelas hierarquias de luz a qual estou ligado.
Mostre-me meus erros para que consciente deles possa retificá-los.
Ó meus amados Pretos Velhos, seja a guia que me conduzirá a senda evolutiva do Divino Criador nesta terra de meu Deus, remova todos os buracos, pedras e obstáculos que tem me prejudicado.
Nunca deixe faltar a sabedoria necessária para que eu possa tomar as decisões certas e assim remover as situações que me perturbam;
Nunca deixe faltar saúde em meu corpo físico, pois sem ela não consigo viver dignamente nesta terra.
Nunca deixe faltar o alimento de todo dia.
Nunca deixe faltar esperança em realizar os meus sonhos e projetos.
Em sua morada espiritual, zele por mim nesta terra de meu Deus.
Assim seja!”
segunda-feira, 8 de abril de 2019
Likes ou fé: o que está levando jovens para o candomblé e umbanda?
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Foto: Paulo Castro |
Segmentos religiosos discriminados historicamente por suas raízes africanas, a Umbanda e o Candomblé lutam pelo reconhecimento e respeito dos brasileiros, desenvolvendo uma série de ações políticas e educacionais, como forma de evitar o preconceito que paira sobre o "povo de terreiros".
Nos últimos anos, tanto a nível nacional quanto local, umbandistas e candomblecistas têm buscado nas redes sociais (especialmente facebook e instagran) divulgar eventos e cultos, no sentido de conscientizar que é preciso conhecer o que realmente representa a religião e a cultura.
Importante blog (Universa) do Portal UOL, traz interessante matéria sobre o jornalista Bruno Acioli, 33, que "ficou conhecido nas redes sociais por falar da religião e por criar o Projeto Umbanda, site que reúne fotos para divulgar celebrações de sua fé". Bruno fala da religião, que, assim como o candomblé, tem atraído novos seguidores, que compartilham suas experiências com imagens no Instagram e no Facebook. "Elas estão se tornando a religião do momento".
Ficou interessado em saber mais? Acesse e leia a matéria na íntegra.
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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019
PMT cria aplicativo para combater intolerância religiosa
A Prefeitura de Teresina vem demonstrando um grande apreço e respeito pelos Terreiros de Umbanda e Candomblé de Teresina. Recentemente o prefeito Firmino Filho entregou à comunidade religiosa de raízes africanas a Praça dos Orixás, que passou a integrar o paisagismo das Lagoa do Norte, na capital piauiense.
Agora, Firmino anuncia a criação de um aplicativo, o "Eu tenho fé", com o objetivo de ajudar na denúncia de intolerância religiosa sofrida pelos templos umbandistas e de Candomblé. O aplicativo mapeará as mais de sete mil casas existentes no Piauí.
O diretor técnico da Prodater (Empresa Teresinense de Processamento de Dados), Geraldo Sousa Câncio Júnior, o aplicativo, além de disponibilizar a opção de cadastro do terreiro e sua geolocalização no mapa, também permitirá a consulta sobre a legislação de interesse dos religiosos. “O aplicativo é mais uma ação da Prefeitura de Teresina no combate a qualquer tipo de violência ou intolerância religiosa”.
O vice-coordenador nacional do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (Cenarab), Pai Rondinele de Oxum, afirmou que o aplicativo irá ajudar, através do mapeamento, a definir o perfil das comunidades de matizes africanas no Piauí e também a criação de políticas públicas mais direcionadas para o segmento. “Saber quantos somos e onde estamos é fundamental, pois só assim poderemos traçar um perfil socioeconômico de nossas comunidades e saber as reais condições em que vivemos. A partir disso, é possível fomentar ideias e políticas públicas para que sejamos ouvidos e possamos ter nossos direitos garantidos”, disse Rondinele.
O aplicativo também terá um botão de denúncia no mesmo modelo do Salve Maria para queixas sobre violência, discriminação ou casos de intolerância religiosa. “Esse recurso será um alento para nós, que constantemente somos vítimas de vários tipos de violência. Temos inúmeros casos de terreiros que são invadidos e depredados. Apesar da Constituição nos amparar, não vemos, de fato, punições reais para esses crimes. Esperamos que esse aplicativo nos ajude nesse sentido”, finalizou Pai Rondinele de Oxum.
Fonte: Prefeitura Municipal de Teresina
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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019
Record terá que exibir programas sobre religiões de matriz africana após ser condenada
Após um longo processo judicial de 15 anos, Record TV e Record News entraram em acordo com o Ministério Público Federal, que moveu uma ação junto ao Instituto Nacional de Tradição e Cultura Afro-Brasileira (Itecab) e o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e da Desigualdade (Ceert).
Condenados por terem veiculado agressões a religiões de matriz africana, o canal pago de Edir Macedo terá que exibir três programas educativos sobre as religiões e um com teor documental – os quatro terão 20 minutos cada, informou o jornal O Globo.
Itecab e o Ceert serão responsáveis pela criação do material, que será bancado pelo Grupo Record. Além disso, o Grupo terá que pagar R$ 300 mil para cada um dos órgãos, totalizando R$ 600 mil de penalidade.
Os programas terão que passar pela aprovação da companhia antes de irem ao ar. Cada um será transmitido três vezes. A Record TV não terá que exibir o material, o que antes era umas das exigências da ação.
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