O SINTE-PI vem perante a sociedade piauiense e principalmente aos trabalhadores em Educação, de público prestar esclarecimentos a respeito do movimento grevista iniciado em 27-02-2012, onde, passados mais de 70 dias, a direção deste sindicato sentou com o Governo em várias audiências de negociação, muitas delas frustrantes e outras com sentimento de estarmos caminhando para os nossos objetivos, é que passamos a expor o que se segue:
1 – O Governo do Estado do Piauí coloca a proposta de 22% de reajuste para as classes A e B e a incorporação da regência.
O SINTE-PI, através da sua diretoria e com o apoio da base, rejeitou veemente a proposta imoral do Governo Wilson Martins.
2 – O Governo Wilson Martins apresenta a proposta de 22% de reajuste para as classes A e B e SL I e SL II e 6% de reajuste para as demais classes com a incorporação da regência.
O SINTE-PI mais uma vez, com o apoio da categoria, mostrando a unidade do movimento grevista e que estávamos sendo liderados para o caminho certo, rejeitou a proposta do Governo e passou a fazer campana no pátio da Alepi, pressionando os deputados a não votarem mais uma proposta indecente do Governo do Piauí.
3 – O Governo do Piauí pede a ilegalidade do movimento grevista ao TJ-PI. O relator, desembargador Sebastião Ribeiro Martins, que já possui a prática de expedir liminares contra os movimentos paredistas, mais uma vez, ele atende uma solicitação do Governo do Estado para impedir que os trabalhadores em Educação pudesse manifestar-se de forma legal e livremente perante a opinião pública.
O SINTE-PI, através da sua assessoria jurídica, entrou com recurso para derrubar a liminar concedida pelo senhor magistrado, chegando ao ponto de pedir o cancelamento da citação por falhas nos tramites legais, inviabilizando o pedido de ilegalidade da greve e com isto, tornando-a legal. Independente do resultado do recurso impetrado pelo sindicato, o movimento grevista permaneceu em sua totalidade e cada vez mais forte.
4 – A Assembleia Legislativa do Piauí, de forma vergonhosa, aprova o malfadado reajuste enviado pelo Governo e retira a regência dos trabalhadores em Educação.
O SINTE-PI como forma de repudiar lança uma campanha de desmoralização dos “pseudo-s” deputados, que corroboraram com a aprovação de uma lei inconstitucional enviada pelo Governador Wilson Martins e do Sr. Deputado Átila Lira foram os mentores intelectuais deste crime cometido contra a categoria dos trabalhadores em Educação com out-doors e cartazes espalhados por todo Estado do Piauí para que a população piauiense tenha a consciência de que estes traidores da Educação não merecem a confiança do povo.
5 – O Governo coloca a Polícia na rua para reprimir os trabalhadores em Educação.
O SINTE-PI e toda a sua base, decide permanecer acampados ao lado do Palácio até que o Governo abra novos canais de discussão sobre o reajuste aprovado na Assembleia Legislativa. A CNTE, em apoio ao SINTE-PI, envia ao Estado do Piauí o seu vice-presidente Milton Canuto e a secretária Geral Marta Vanelli para colaborar com as negociações. A comissão técnica formada por membros da diretoria do SINTE-PI comprovam que o problema da falta de recursos alegada pelo Governo está relacionada a má-gestão da Educação no Piauí, atrelado a centenas de disposições e cargos criados ao seu bel-prazer.
6 – O Governo, depois de novas audiências resolve apresentar, para a categoria, através da presença da CNTE e do SINTE-PI uma proposta do pagamento dos 22,23% linear, para todas as classes, a resolução de todas as transposições existentes, a implementação do vale-transporte no contracheque, pagamento retroativo do piso para as classes A e B, a criação de uma gratificação de incentivo baseada na evolução dos índices escolares e a criação de uma comissão que irá elaborar toda a reformulação do Plano de Carreira e Vencimento.
O SINTE-PI sabendo da responsabilidade que é representar uma categoria, que tem uma diversidade de pensamentos enorme, traz através desta síntese, a proposta apresentada e toda evolução do movimento para que possamos, dentro da nossa capacidade de discernimento avaliar o que é melhor para a categoria, para nossos alunos e acima de tudo para a imagem do nosso movimento.
A luta não para. As ações impetradas no Ministério Público, através da promotora Leida Diniz, que ajuizou uma ação civil pública pedindo o cumprimento por parte do Governo do piso do magistério, bem como assinar termos de ajuste de conduta para regularizar e reorganizar a gestão na educação pública no Estado do Piauí.
Com essas ações, em conjunto, Ministério Público e SINTE-PI, através de um Fórum de Educação promovido pelo MP-PI em conjunto com outras entidades interessadas, iremos promover a verdadeira melhoria e valorização que os trabalhadores em Educação do Estado do Piauí merecem.
SINTE-PI JUNTO COM VOCE FAZENDO ACONTECER
Autor/Fonte: ASCOM SINTE- PI
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