Essas são “indiretas bem diretas” para muita gente que usa as redes sociais: as pessoas não precisam saber absolutamente tudo que você faz. Curtir e não compartilhar não é legal, ter perfil de casal pode soar brega, e não há quem entenda quando você desabafa sobre coisas que só você mesmo sabe do que se trata. A lista extensa de gafes e comportamentos nocivos na rede é grande, tem gente que já desistiu dela por causa disso, mas calma, ainda dá tempo de corrigir muita coisa. “Oi, tudo bem? Pede pro seu namorado passar aqui essa semana pra consertar o meu computador, por favor?”. Nada demais em pedir para alguém passar um recado, mas precisa ser no espaço para comentário de fotos? A universitária Jéssica Monteiro, 23, tem certeza que não. Ainda assim, ela recebeu muitos recados de amigos e familiares dessa maneira. Jéssica viu muitas coisas absurdas nas redes sociais. Pior do que isso, discutiu pelo Facebook e se arrepende até hoje: “A que nível cheguei!”, declara. A verdade é que muitas pessoas acabam perdendo o controle e tendo até comportamentos diferentes daqueles que costumam ter no mundo real. Pessoas como Jéssica, que achou melhor abrir mão dessa loucura. “Eu cansei de ser marcada em foto em que eu estava horrível, cansei de gente me mandando convite pra jogos e festas de sertanejo universitário. Quando ‘bati boca’ com uma menina por causa de ciúmes, saí deletando tudo. Faz dois anos que não tenho mais Facebook, não sei se um dia vou ter de novo”, considera. O que muita gente que frequenta as redes sociais ainda não percebeu é que ela funciona exatamente como na vida real. Quando você tem um perfil e uma lista de amigos, você está incluído em um meio social, e saber viver em sociedade é fundamental. A psicanalista Elizabeth Samuel Levy, dá seu parecer sobre o assunto e algumas dicas para quem se identificou com algumas das indiretas citadas. “Costumo dizer que onde tem gente, tem conflito, seja no real ou no virtual! Porém, é lógico que o virtual é uma projeção, nem sempre mostra exatamente tudo. Nas redes sociais, sejam elas quais forem, as pessoas se nivelam, ou seja, quem é tímido, ou quem tem pânico, ou quem está deprimido, pode parecer como todo mundo e ser aceito. Portanto, as redes sociais fazem tanto sucesso por livrarem, mesmo que momentaneamente, as pessoas do medo de ficarem sós, ou de não serem aceitas”, explica Elizabeth. |
domingo, 19 de janeiro de 2014
Redes sociais: ser educado é correto
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