São Paulo – O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar
da Câmara marcou para terça-feira (16) reunião para instaurar o
processo contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Durante a reunião,
será definido o relator, a partir de uma lista tríplice, da
representação solicitada por PT,
PCdoB, PSB e Psol contra o deputado, por quebra de decoro parlamentar.
Na última quarta-feira (10), Bolsonaro afirmou, da tribuna do Plenário
da Câmara, que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS),
ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos, porque ela "não merecia".
A reação foi imediata. Os partidos pedem a cassação do atual mandato do parlamentar. Na internet, uma petição com mais de 130 mil assinaturas defende a perda do mandato de Bolsonaro, reeleito em outubro deste ano para o sétimo mandato.
O deputado negou que tenha feito apologia ao crime de estupro.
Segundo Bolsonaro, a declaração fez referência a uma situação vivida em
2003. “Fui convidado para uma entrevista, porque tenho proposta de
redução da maioridade penal. E ela (Maria do Rosário) interrompeu e
começou a me ofender. Em dado momento, ela me chamou de estuprador e eu
dei o troco nela. 'Não sou estuprador. Se fosse, não estupraria você,
porque você não merece'. A confusão se instalou”, relembrou.
Na quinta passada (11), a ministra da Secretaria de Direitos Humanos,
Ideli Salvatti, entregou pedido de representação contra Bolsonaro à
vice-procuradora da República, Ela Wiecko.
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