terça-feira, 13 de junho de 2017

'Olha que coisa bonita, mais cheia de graça...'



A paráfrase é bem a tempo. Nosso Açude Grande, realmente, figura como um dos mais belos e importantes cartões-postais "do meu Piauí". Falta-nos a voz do Caetano (Abaeté), os ventos do litoral (Portinho) ou o lamento de Fagner (Orós) para figurarmos como o mais bonito e conhecido Açude de todo o Brasil.

Depois de décadas sendo massacrado com toda sorte de poluição, provocando o cheiro nauseabundo dos finais da estiagem e início do período invernoso, alegramo-nos com o seu novo aspecto, que desperta nossa campo-maiorencidade ainda mais.

O nosso Açude Grande de Campo Maior, para ser limpo da sujeira do homem, foi uma verdadeira novela. Adversários da administração do então prefeito Paulo Martins (2016) - o corajoso prefeito da intervenção no cartão-postal - enfrentou a fúria dos adversários que, alegando crime ambiental (com direito midiático da presença da Polícia Ambiental para embargo da obra). Questões de toda natureza foi levantada. Manifestos de especialistas diziam que estava decretada a morte do açude.

Parece que as profecias "politiquinas" (neologismo mesmo) não passaram de mero exercício de inveja por não terem tido tanto amor e determinação por aquele que agonizava à nossa frente, ano após ano.

A plasticidade com que se desenvolvem as intervenções urbanísticas dão um ar de modernidade. Não são "garotas de Ipanema" que desfilam na sua orla, são as belas mulheres campo-maiorenses que dão graça ao conjunto da obra. Revitalizar é preciso. Taí o resultado. 

Não podíamos ficar na melancolia e no saudosismo das pipas e lata na cabeça da década de 60 do século XX. Estamos no século XXI e, portanto, ansiosos por mudanças e elas acontecem com Paulo Martins e Professor Ribinha.

Viva Mamede Lima, autor da primeira grande intervenção no açude, facilitando a acessibilidade à BR-343, com recursos próprios da Prefeitura de Campo Maior. Viva Carboreto, visionário e entusiasta da nova modalidade da geração saúde: criou o primeiro acesso para as caminhadas matinais e o encantamento do pôr do sol.

Falta-nos, agora, sensibilidade, educação ambiental e respeito para com o Açude Grande de Campo Maior, para que ele se torne um ponto de lazer. Que os primeiros banhistas que de forma tímida refrescam-se em suas águas (antes turvas), sejam incentivo para todos nós outros.

É um lindo estado "camaleônico", como tão bem definiu o campo-maiorense Herivelto Cordeiro.

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