sábado, 7 de junho de 2014

WIlson Martins e João Vicente Claudino disputam a vaga mais difícil ao senado

O ex-governador viu sua "chapa dos sonhos" ser desmanchada e não pode fazer nada para evitar


O ex-governador Wílson Martins, hábil articulador e estrategista político, teve que recuar sabiamente para pode reposicionar-se no tabuleiro político e não ser descartado do jogo. Após ver a chapa que preparou para dar suporte para sua candidatura a senador da república ruir como um castelo de cartas, WM adaptou-se rapidamente à nova realidade.

Na segunda-feira, 2, o deputado federal Marcelo Castro, sentindo-se acuado, saiu da disputa como pré-candidato ao governo do estado de forma lacônica e com visível mágoa da situação de abandono de seus articuladores de primeira hora. Apenas os líderes de alta plumagem do PSDB compareceram ao "Dia da Renúncia" de MC. Lá não estavam WM e nenhum líder de projeção do PMDB.

Trabalhando em silêncio, o ex-governador, deixou passar o momento mais tumultuado, esperou a poeira baixar e fez festa para anunciar o apoio "incondicional" do PSB, partido que preside no estado, reunindo seus correligionários e quase todos os deputados que estão alinhados com o projeto de reeleição do governador Zé Filho, no início da tarde de ontem, 6.
Nenhuma única menção ao desmanche da chapa composta por MC e Sílvio Mendes por parte de WM, como se nada tivesse acontecido. E segue a procissão, mantendo a liturgia de incensar aquele que tem mais chances de oferecer estrutura e apoio para uma eleição difícil para o senado, o governador. 

Do outro lado, o senador João Vicente articula sua reeleição para mais oito anos ao senado federal. No próximo dia 13 (coincidência?), o ex-presidente Lula chega ao Piauí para reforçar a candidatura de Wellington Dias, que vai tentar seu terceiro mandato para governador e mostrar todo o seu carinho ao senador que ele quer eleito no Piauí, JVC.
 
WM, que passou todo o período em que esteve como governador apoiando Lula e Dilma, agora vê-se obrigado a chutar seus antigos aliados para manter a coerência partidária e apoiar a candidatura de Eduardo Campos à presidência da república.

Há quem diga que além de uma gigante articulação política com líderes grandes e pequenos, dentro e fora dos limites do sertão mafrense, muito dinheiro será carreado para uma das disputas mais difíceis ao senado de todos os tempos do estado do Piauí. E para aumentar a emoção na disputa, apenas uma vaga está disponível.

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