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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Dia da Consciência Negra. Que consciência?


    Com certeza hoje é um dia mais que especial: refletir sobre a ancestralidade do povo brasileiro. Conquistas, legado, lutas, enfrentamentos, tudo isso na busca de condições decentes de vida e reconhecimento por tudo que foi construído ao longo dos mais de 350 ano de escravidão e encobrimento.
    A ancestralidade africana no Brasil é um dos pilares da formação cultural, social e histórica do país. Desde a chegada forçada de milhões de africanos escravizados, suas tradições, línguas, religiões e modos de vida influenciaram profundamente a música, a culinária, a linguagem e as manifestações artísticas brasileiras. Elementos como o samba, a capoeira e o candomblé são exemplos de legados preservados e reinventados ao longo dos séculos.
    Confira as principais notícia do Blog do Professor Jorge Câmara sobre as lutas nacional, estadual e local de importante data:



Os links acima são apenas algumas das inúmeras matéria que trazemos aos nossos leitores e leitoras, com o objetivo de ajudar na conscientização que é preciso combater o preconceito.



quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Pastor ex-gay é contra sindicato de homossexuais. Intolerância, loucura ou NA?




Dizendo-se que já foi gay, o pastor e deputado estadual Sargento Isidoro do PSC, "cutucou onça com vara curta". A cantora Daniela Mercury rasgou o verbo e apresentou queixa na polícia contra o pastor.

"Puta, endemoniada, louca", foram os adjetivos que o deputado-pastor-policial usou em um vídeo contra Daniela. O parlamentar divino teria se irritado com a cantora que teria afirmado ser Jesus gay. O deputado afirma que a cantora está com "problema de psiquiatra" e desrespeita os símbolos sagrados ao dizer que Jesus é gay, fazendo "sindicato da viadagem".

O controverso político não poupou adjetivos contra Mercury. Em um vídeo de um pouco mais de três minutos, Isidório "mete a lenha" num ataque "celestial". O ataque teria sido motivado pelas críticas feitas por Daniela Mercury dias antes pelo cancelamento, pelo governo de Pernambuco, da apresentação da peça "O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu", no Festival de Inverno de Garanhuns, onde Jesus seria interpretado por uma atriz transexual. Em show no mesmo evento, em 21 de julho, ela classificou a decisão de censura e "ignorância absurda".

A cantora nega ainda que tenha dito que Jesus é gay e alega que foram feitas montagens com o vídeo de suas críticas para forjar a comparação. "Não era uma manifestação religiosa e sim uma fala indignada contra a censura artística de uma peça teatral."
O advogado criminalista Ricardo Sidi, que representa a cantora, apresentou a queixa no último dia 1º, na 1ª Vara do Sistema dos Juizados Especiais Criminais do Fórum de Nazaré, na Bahia. O documento alega injúria com causa de aumento de pena por ter sido praticada na internet, o que leva a atingir mais pessoas.
Segundo Daniela, o vídeo repercutiu nas redes sociais do pastor e de apoiadores dele, além de canais do YouTube. "Hoje, mais de 3 meses depois da divulgação, ainda sou agredida diariamente pela situação que ele criou. As pessoas não vão procurar a verdade. Acreditam no que chega no WhatsApp delas. E o que chegou e se propagou foi a fala do deputado porque foi produzida para tal fim."

terça-feira, 23 de junho de 2015

O pau tá cantando entre Boechat e malafaia


Em resposta ao jornalista Ricardo Boechat  que disse que o pastor Silas Malafaia "procurar uma rola", quando o pastor interagia em seu Twitter no momento que ele falava, chamando-o de equivocado, o pastor gravou um vídeo no mesmo dia, na última quarta-feira. Na resposta, além de prometer processar o radialista, Malafaia disse que ia engolir Boechat inteiro. A discussão era sobre liberdade religiosa, por causa do caso da menina de 11 anos que levou uma pedrada no Rio de Janeiro enquanto andava com roupas do Candomblé.



Não foi a primeira vez que o pastor se confundiu em suas resposta ou deu declarações estranhas, em 2013 ele disse que iria "funicar" o militante Toni Reis. A palavra, inexistente na língua portuguesa, lembra o verbo furnicar, que bem, é exatamente contra o que o pastor prega, ou seja, sexo. A vida real é bem mais divertida e cheia de piadas prontas!
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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Estado laico? Por liberdade religiosa, cultos afro lutam contra o preconceito em vários níveis

Religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé, exercem forte influência na cultura brasileira, no entanto, comunidades de terreiro são estigmatizadas e alvos de ódio
por Patricia Iglecio, da RBA publicado 19/09/2014 11:57
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tomaz silva/agência brasil
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Samba, carnaval, acarajé, feijoada e jogos de búzios são elementos populares da cultura brasileira de origem africana
São Paulo – O dia 21 de setembro será marcado, no Rio de Janeiro, pela realização da 7ª edição da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa. A mobilização é uma iniciativa da Comissão de Combate a Intolerância Religiosa (CCIR) e coloca cada vez mais pessoas nas ruas pela liberdade de culto. Neste ano, com a disputa eleitoral em curso, a entidade busca sensibilizar a sociedade sobre o tema, reivindicar mais ação do poder público diante à violência e discriminação contra comunidades religiosas vulneráveis no Brasil, representar politicamente esses grupos e combater os discursos de ódio. Além disso, o evento estará pautado por acontecimentos recentes que expõem os perigos do fundamentalismo religioso que confronta direitos humanos e agride os princípios do Estado laico, inclusive o crescimento de denúncias de ataques a cultos afro-brasileiros em órgãos como a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e a Ordem dos Advogados do Brasil.

Em 2008, ano em que a CCIR foi criada, 20 mil pessoas aderiram a 1ª edição da caminhada. O maior público se deu na 5ª edição, em 2012, quando 210 mil lotaram às ruas do Rio de Janeiro. A comissão é uma organização da sociedade civil, criada por lideranças religiosas de umbanda e candomblé, mas que agrega espíritas, judeus, católicos, muçulmanos, malês, bahá’ís, evangélicos, hare Krshnas, budistas, ciganos, wiccanos, seguidores do Santo Daime, ateus e agnósticos.

Outras entidades sociais e ainda representantes do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, do Ministério Público e da Polícia Civil a compõe. Como é o caso do delegado Henrique Pessoa, titular da 79ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro. Ele atua na área desde 2009, com a atenção voltada às religiões afro-brasileiras, que, de modo geral, localizam-se em regiões de vulnerabilidade social e são estigmatizadas.

O delegado conta que a entidade foi criada por religiosos que observavam um aumento da violência contra as comunidades. Recentemente, ele mesmo se viu numa situação de conflito físico motivada por intolerância. Atacado por 20 evangélicos neopentecostais no último dia 3, entrou em confronto com o grupo liderado pelo pastor Tupirani da Hora Lopes, da igreja evangélica neopentecostal Geração Jesus Cristo. Henrique Pessoa alega que é perseguido pelo grupo desde que assumiu as bandeiras da defesa da liberdade religiosa e dos direitos humanos das comunidades afro.