sábado, 15 de setembro de 2012

Grande imprensa do Piauí contribui para a desmoralização de conquistas dos professores

Nenhum meio de comunicação tem dado a repercussão merecida em defesa da classee contra essa atitude inconsequente do governador


A
grande imprensa do Piauí, a maioria mantida às custas de regalias de governos, acaba por contribuir para a desmoralização das conquistas dos nossos professores. Recentemente, o governador do Piauí, psbista Wilson Martins, ingressou com mais outros governadores do país com uma ação de inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal para derrubar o reajuste dos salários de nossos professores. Uma conquista, inclusive, já referendada pela própria Suprema Corte de Justiça. É o mínimo que se pode retribuir para uma classe tão importante para as atuais e futuras gerações. O ato de Wilson Martins chegou a magoar até mesmo o minitro da Educação.
Porém, nenhum meio de comunicação tem dado a repercussão merecida em defesa da classe e contra essa atitude inconsequente do governador e de outros. As nossas TVs, por exemplo, fazem "ouvidos demercador", calam-se diante dessa ação de extremada insenbilidade. Nenhuma reportagem produzem contra a atitude do nosso governante. Um ou outro jornalista - como Zózimo Tavares, por exemplo - produz algum texto contra a infâmia, a indignidade e insensibilidade do nosso governante, que trata o caso com rancor.
Veja o que escreveu Zózimo Tavares:
"Sempre que tem a chance, o governador Wilson Martins tenta me colocar contra a parede: “Que mal eu lhe fiz? O que é que você tem contra mim?” É a sua maneira de reagir, às vezes com bom-humor, às vezes chateado, às críticas que faço ao seu governo. Como ele não é o primeiro governador a me fazer tais indagações, já nem me incomodo mais.

Nesta semana, por exemplo, critiquei Wilson Martins por ter se juntado aos governadores de Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina para tentar derrubar o piso do professor no Supremo Tribunal Federal.

Não estou só nessa crítica ao governador, extensiva aos demais gestores que se recusam a pagar o piso nacional do magistério. Li ontem no Portal AZ que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), não se mostra nenhum pouco contente com a ação impetrada pelos seis governadores contra o piso do professor.

Segundo o portal, o ministro considerou um caminho “pouco promissor” a “judicialização” da questão. Conforme Mercadante, o Ministério da Educação já mantinha uma mesa de debates com a categoria, que agora é impactada com a ação dos governadores. O ministro se queixou porque sua pasta não foi informada da ação e disse que “o mais prudente e construtivo é abrir um diálogo transparente", como estava sendo feito.

A ação impetrada pelos seis governadores questiona o artigo 5º da lei, que trata do cálculo do reajuste do piso. Caso o STF acate o pedido dos governadores e derrube o artigo que regulamenta o reajuste, cada estado poderá definir um cálculo para corrigir o piso, o que representará perdas para os professores e maior liberdade para os governos proporem o valor e data dos reajustes.

Ora, o piso do professor foi criado em 2008 e o Supremo já deu sua palavra sobre o assunto. Ou seja, ele está valendo e o que resta aos governadores e prefeitos é tão-somente pagá-lo. Como acreditar em um gestor que promete prioridade para a educação, mas vai às últimas consequências para não pagar o piso do professor?"
Fonte: JL/Redação

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