Quem nunca ouviu historias de
assombração quando era criança e até perdia o sono de tanto medo de sacis,
lobisomens, curupiras e tantos outros personagens do folclore brasileiro? Pois
é justamente por causa de um desses episódios semelhantes aos que aparecem nos
filmes de terror, que na cidade de Campo Maior, não se fala em outra coisa: um
bode que tá assombrando todo mundo.
Embora carregadas de superstições
e crendices populares, essas lendas aguçam a curiosidade de qualquer um. Por
isso fui conversar com alguns moradores e funcionários públicos de nossa cidade
se teriam visto um animal destes por aí.
Minha surpresa foi tanta que
quase morri do coração. Não é que tem um bicho desses causando pânico na nossa
sociedade. E não é que o danado ainda é protetor de algumas pessoas?
Sem querer se identificar e muito menos serem
fotografados, alguns desses campo-maiorenses, de conhecida seriedade e
decência, afirmaram categoricamente ter visto uma espécie de bode ou cabrito,
com patas grossas parecidas com as de cachorro, chifres enormes e olhos de
fogo. O suposto animal foi visto inclusive por pessoas que se autodenominam
como sendo bastante religiosas, rezadores de novenas e tementes a Deus.
Esses casos são chamados medos do
futuro.
Em um desses relatos, um senhor
de aproximadamente 50 anos disse que o suposto animal teria aparecido por volta
de cinco horas da manhã e mais que rapidamente reformou uma mansão com dinheiro
que teria roubado de professoras e garis. Ele declarou não ter medo dessas
manifestações que considera sobrenaturais, mesmo trabalhando como vigia
noturno.
Um outro cidadão não escondeu sua
preocupação e espanto com o relato do imaginário popular. Tentando passar uma impressão
bem humorada do evento, o sujeito disse que tem muito medo dessas coisas e não
abusa de jeito nenhum. “Se um dia me deparar com uma coisa dessas não é difícil
de sentir dor de barriga e sujar as calças”, gargalhou.
Depois de uma longa conversa na
noite de hoje, o homem entrevistado afirmou não ter se arrependido de ter
contado sobre essa experiência para os seus vizinhos e familiares com receio de
que o pânico se espalhasse, mas ao mesmo tempo afirmou que não foi só ele que
teria visto o “bicho” e agora não há mais nada a fazer, a não ser ficar
esperto. Questionado sobre a possibilidade de ser uma brincadeira de mau gosto
afirmou novamente. “Não foi só eu que vi e ponto final”, concluiu.
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