quinta-feira, 27 de setembro de 2012

QUEM TEM MEDO DE BODE?



Quem nunca ouviu historias de assombração quando era criança e até perdia o sono de tanto medo de sacis, lobisomens, curupiras e tantos outros personagens do folclore brasileiro? Pois é justamente por causa de um desses episódios semelhantes aos que aparecem nos filmes de terror, que na cidade de Campo Maior, não se fala em outra coisa: um bode que tá assombrando todo mundo. 

Embora carregadas de superstições e crendices populares, essas lendas aguçam a curiosidade de qualquer um. Por isso fui conversar com alguns moradores e funcionários públicos de nossa cidade se teriam visto um animal destes por aí.

Minha surpresa foi tanta que quase morri do coração. Não é que tem um bicho desses causando pânico na nossa sociedade. E não é que o danado ainda é protetor de algumas pessoas?

Sem querer se identificar e muito menos serem fotografados, alguns desses campo-maiorenses, de conhecida seriedade e decência, afirmaram categoricamente ter visto uma espécie de bode ou cabrito, com patas grossas parecidas com as de cachorro, chifres enormes e olhos de fogo. O suposto animal foi visto inclusive por pessoas que se autodenominam como sendo bastante religiosas, rezadores de novenas e tementes a Deus.

Esses casos são chamados medos do futuro.

Em um desses relatos, um senhor de aproximadamente 50 anos disse que o suposto animal teria aparecido por volta de cinco horas da manhã e mais que rapidamente reformou uma mansão com dinheiro que teria roubado de professoras e garis. Ele declarou não ter medo dessas manifestações que considera sobrenaturais, mesmo trabalhando como vigia noturno. 

Um outro cidadão não escondeu sua preocupação e espanto com o relato do imaginário popular. Tentando passar uma impressão bem humorada do evento, o sujeito disse que tem muito medo dessas coisas e não abusa de jeito nenhum. “Se um dia me deparar com uma coisa dessas não é difícil de sentir dor de barriga e sujar as calças”, gargalhou.

Depois de uma longa conversa na noite de hoje, o homem entrevistado afirmou não ter se arrependido de ter contado sobre essa experiência para os seus vizinhos e familiares com receio de que o pânico se espalhasse, mas ao mesmo tempo afirmou que não foi só ele que teria visto o “bicho” e agora não há mais nada a fazer, a não ser ficar esperto. Questionado sobre a possibilidade de ser uma brincadeira de mau gosto afirmou novamente. “Não foi só eu que vi e ponto final”, concluiu.

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