TERESINA, PI, E SÃO PAULO, SP - O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou ontem (13) as
vaias direcionadas à presidente Dilma Rousseff durante a abertura da
Copa do Mundo, na quinta (12), no Itaquerão, em São Paulo. Chamou de
moleques os autores dos gritos.
Lula disse que as vaias demonstram "falta
de respeito" com a presidente e que a "falta de educação" não tem
relação com classe social. "Não é dinheiro, nem escola nem título de doutor que dá educação para a pessoa. Educação se aprende em casa."
Após a cerimônia de abertura da Copa,
Dilma foi xingada por cerca de um minuto, depois que o locutor pediu
palmas para os operários que trabalharam nas obras dos 12 estádios do
Mundial. Os torcedores gritaram em coro: "ei,
Dilma, vai tomar no c..." A vaia começou na área VIP do estádio, mas se
espalhou rapidamente por outros setores. A presidente decidiu não fazer discurso de abertura justamente para evitar as vaias.
"Eu acho que a instituição Presidência da
República, liderada por uma mulher, tem que ser respeitada. Eu vi alguns
moleques gritarem no campo e não eram nenhum pobre que estava passando
fome, que não tinha escola. Pelo contrário, parecia que que comiam
demais e estudavam de menos porque perderam a vergonha e a falta de
respeito com nossa presidente", afirmou Lula.
Lula afirmou que enfrentou vários
presidentes desde a ditadura militar (1964-85), mas sempre com respeito.
"Nunca tive coragem de faltar com respeito", afirmou o petista.
O ex-presidente participou na tarde desta
sexta (13), em Teresina, de ato político ao lado do senador Wellington
Dias (PT), que disputará o governo do Piauí.
Dilma também respondeu às vaias ao
participar da inauguração de um trecho do BRT no Distrito Federal, na
manhã desta sexta. Ela lembrou repressão que sofreu durante a ditadura
militar e disse que não irá se perturbar pelas agressões desta quinta.
"Não vou deixar me perturbar por agressões
verbais. Não vou me deixar perturbar. Eu não vou me deixar atemorizar
por xingamentos que não podem ser sequer escutados pelas crianças e
pelas famílias. Aliás, na minha vida pessoal enfrentei situações do mais
alto grau de dificuldade. Situações que chegaram ao limite físico. Eu
suportei não foram agressões verbais, mas agressões físicas", disse
Dilma.
Crédito da matéria:
http://www.tnonline.com.br
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