sábado, 14 de junho de 2014

Educação se aprende em casa, diz Lula sobre vaias a Dilma

TERESINA, PI, E SÃO PAULO, SP - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou ontem (13) as vaias direcionadas à presidente Dilma Rousseff durante a abertura da Copa do Mundo, na quinta (12), no Itaquerão, em São Paulo. Chamou de moleques os autores dos gritos.

Lula disse que as vaias demonstram "falta de respeito" com a presidente e que a "falta de educação" não tem relação com classe social. "Não é dinheiro, nem escola nem título de doutor que dá educação para a pessoa. Educação se aprende em casa."

Após a cerimônia de abertura da Copa, Dilma foi xingada por cerca de um minuto, depois que o locutor pediu palmas para os operários que trabalharam nas obras dos 12 estádios do Mundial. Os torcedores gritaram em coro: "ei, Dilma, vai tomar no c..." A vaia começou na área VIP do estádio, mas se espalhou rapidamente por outros setores. A presidente decidiu não fazer discurso de abertura justamente para evitar as vaias.

"Eu acho que a instituição Presidência da República, liderada por uma mulher, tem que ser respeitada. Eu vi alguns moleques gritarem no campo e não eram nenhum pobre que estava passando fome, que não tinha escola. Pelo contrário, parecia que que comiam demais e estudavam de menos porque perderam a vergonha e a falta de respeito com nossa presidente", afirmou Lula.

Lula afirmou que enfrentou vários presidentes desde a ditadura militar (1964-85), mas sempre com respeito. "Nunca tive coragem de faltar com respeito", afirmou o petista.

O ex-presidente participou na tarde desta sexta (13), em Teresina, de ato político ao lado do senador Wellington Dias (PT), que disputará o governo do Piauí.

Dilma também respondeu às vaias ao participar da inauguração de um trecho do BRT no Distrito Federal, na manhã desta sexta. Ela lembrou repressão que sofreu durante a ditadura militar e disse que não irá se perturbar pelas agressões desta quinta.

"Não vou deixar me perturbar por agressões verbais. Não vou me deixar perturbar. Eu não vou me deixar atemorizar por xingamentos que não podem ser sequer escutados pelas crianças e pelas famílias. Aliás, na minha vida pessoal enfrentei situações do mais alto grau de dificuldade. Situações que chegaram ao limite físico. Eu suportei não foram agressões verbais, mas agressões físicas", disse Dilma.

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http://www.tnonline.com.br
 

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