quinta-feira, 20 de junho de 2019

Como falar em educação de qualidade com um salário vergonhoso

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Professores piauienses em greve - 15 de junho 2019
Os dados são verdadeiras bofetadas no rosto da docência brasileira, especialmente a do Piauí: os professores são os que recebem os piores salários em um universo de 40 países. Os dados vêm de pesquisa realizada pela OCDE, divulgada ontem (19/06), e mostrou também que esses mesmos professores têm um dos piores poder de compra.

Ainda mendigamos um vergonhoso piso, que os governos (inclusive o do Sr. Wellington Dias - PT Piauí) massacram para implantar, como se não fosse algo legal e que estivessem fazendo algum favor. A pesquisa mostra que ao longo da carreira docente, praticamente não há diferença salarial.

Segundo a pesquisa, "para comparar o poder de compra do salário estatutário dos professores entre os países, são usados dados sobre os salários iniciais estatutários dos professores, expressos em termos de paridade de poder de compra". Enquanto um professor de um país que realmente valoriza a educação recebe U$ 3.570 mensais - nos anos iniciais da carreira -, pasme!, o brasileiro só chega a U$ 1.164 mensais.

Em matéria do Jornal O Globo, diz que "a pesquisa mostra que os professores brasileiros não apresentam ganho salarial ao longo dos anos trabalhados, algo que só se repete na Estônia e na Letônia, ambos ex-integrantes da União Soviética. Nos demais países, ao longo dos anos os professores recebem aumentos salariais como parte de planos de carreira".

A bem da verdade, o que temos mesmo é uma farsa quanto à educação. Não se pode perseguir o ideal quando não se valoriza aos profissionais que fazem as coisas acontecerem, os que estão no batente diário.

O "faz-de-conta", inclusive o do Piauí, é algo vergonhoso. O que se ver na realidade é a encenação midiática, bem ao gosto dos gestores das "selfs".


Mais informações Inquérito OECD

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