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terça-feira, 10 de junho de 2025

Violenta operação destrói espaço sagrado de terreiro na Bahia e gera nota de repúdio


    Na manhã de ontem, o terreiro Ilê Axé Oyá Onira’D, na Bahia, foi alvo de uma ação policial que utilizou máquinas de demolição para destruir estruturas físicas e móveis do espaço religioso. A comunidade, profundamente abalada, afirmou que a operação foi conduzida sem qualquer aviso prévio ou diálogo com lideranças religiosas, apesar de haver “articulação e diálogo prévio com órgãos públicos”, segundo nota divulgada.
    A nota de repúdio descreveu o episódio como “ação violenta e desrespeitosa” e repudia a “operação arbitrária” que violou a integridade do local sagrado. A frase final, “Axé! Resistiremos!”, reforça a determinação dos filhos e filhas de santo em defender sua liberdade de culto.
    Especialistas ouvidos nesta manhã destacam que atos como este evidenciam persistente intolerância religiosa na região. Casos similares já foram documentados por entidades de direitos humanos em outros terreiros da Bahia, onde árvores sagradas e estruturas religiosas foram destruídas, gerando ações judiciais e mobilizações públicas teiadospovos.org+15cnnbrasil.com.br+15alagoinhas.ba.gov.br+15.
    O estado da Bahia instituiu em 2024 a Ronda Omnira, uma força especial para proteger espaços de religiões de matriz africana, mas episódios como este questionam a efetividade da medida. Representantes da comunidade agora exigem investigações rigorosas, responsabilização dos envolvidos e reparação pelos danos causados.
    Líderes religiosos relatam “frio e indignação” entre frequentadores, que se sentem desprotegidos e vulneráveis. A comunicação oficial das polícias ou das prefeituras envolvidas ainda não foi divulgada.
    O episódio reacende o debate sobre necessidade urgente de treinamento policial em liberdade religiosa e empatia cultural, reforçado por artigos do Código Penal que tipificam crimes contra culto religioso . A imprensa local e as redes sociais estão mobilizadas, com manifestações e protestos em apoio ao terreiro.
    Embora a operação tenha destruído fisicamente o espaço, líderes de fé afirmam que a força simbólica da ancestralidade e do axé permanece intacta — e que a resistência seguirá firme frente a qualquer tentativa de silenciamento.

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