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sexta-feira, 20 de junho de 2014

VAIAS À PRESIDENTE DILMA. (por Jacob Fortes)



Durante o jogo de abertura da Copa do Mundo realizado no Itaquerão, SP, dia 12 de junho de 2014, viu-se a seleção brasileira ganhar da seleção da Croácia pelo placar de 3 a 1, apesar do pênalti irreal que o árbitro encontrou perdido dentro da sua imaginação. Tal circunstância, porém, não tirou os méritos da seleção canarinho. Viu-se, também, e ouviu-se entre o vozear da turba de torcedores, a presidente Dilma ser fortemente apupada e, principalmente, destratada desabridamente.

Assim como se tornou banal a violência que grassa pelo país afora, mais trivial ainda tornaram-se os xingamentos aos árbitros, aos jogadores, (ainda mais se negros forem) e, agora, a presidente da República.  
Vaias, tão somente, expressam dissensões compreensíveis nos regimes democráticos, mas xingos sob a chancela da obscenidade é algo que fere o pudor, é prática que conspira contra as regras mais elementares do decoro. Essas cenas pesarosas fazem supor que os valores e sentimentos humanos vêm se degradando e se diluindo dia a dia. O episódio, aliás, conhecível da mandatária, enseja algumas perquirições: por que as pessoas se detêm nessa linguagem de baixo calão? Onde foram parar as famílias e as escolas que tinham o condão de modelar o caráter e o decoro da juventude? Por que já não existem nas escolas os decálogos cívicos? Por que foram suprimidas do currículo escolar as disciplinas Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política Brasileira? Do que é feito a escola que fazia a infância frequentar as lições iniciáticas do catecismo e conhecer os postulados básicos da religião. Do que é feito a escola que fazia a criança cantar o Hino Nacional e reverenciar o hasteamento do Pavilhão antes do início das aulas? Do que é feito a escola que assegurava autoridade aos professores e conferia-lhes a toga com que podiam increpar os alunos? Que fim teve a escola onde os alunos punham-se de pé para receber o professor e a resposta destes à chamada era um bordão afinado: “presente, professor”.

Afinal, onde está a raiz desse problema; uma miséria moral, que não para de crescer, responsável por um sem-fim de condutas discrepantes (que já não impactam como antigamente) protagonizadas por brasileiros, sobretudo os que habitam às metrópoles? Por que as escolas se descuidaram da cidadania, do civismo, da ética e priorizam devotamente a dimensão cognitiva, o conhecimento, a qualificação profissional?

Ainda que as manifestações tenham ocorrido por meio de gestos incivis elas são sintomáticas: expressam descontentamento de um povo disposto a externar o seu desgosto em qualquer fórum ou confessionário inclusive nos estádios. Nem sempre o inconformismo é realçado em linguagem poética ou romântica. Melhor seria que o governo não fingisse ignorá-las. Melhor seria que o povo não precisasse vaiar, sequer xingar.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Existe uma campanha de ódio contra o PT, diz Lula


Agência Estado





O xingamento dirigido à presidente Dilma Rousseff foi a tônica dos discursos dos políticos presentes no ato de lançamento da candidatura do ex-ministro Alexandre Padilha ao governo paulista e a fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi diferente. Lula disse que existe uma campanha de ódio por parte dos adversários contra o PT e que as hostilidades dirigidas a Dilma no jogo de abertura da Copa do Mundo teve origem em parte da elite "que não sabe o que é um calo na mão".

"Duvido que alguma pessoa com o mínimo de educação trataria a presidente com o desrespeito como parte da elite tratou a Dilma", disse. "Aquelas pessoas não sabem o que é um calo na mão", completou Lula.

O ex-presidente disse que o suposto ódio da oposição contra o governo do PT resultará em uma campanha eleitoral "atípica" e "perigosa" em 2014. "Se em 2002 tínhamos que fazer a esperança vencer o medo, agora a campanha consiste em esperança vencer o ódio", disse. De acordo com ele, a campanha deste ano deverá conter "uma boa dosagem de debate ideológico".

Lula afirmou que o sentimento dos adversários do PT se deve à política de inclusão e de participação social defendida pelo seu partido nos últimos 12 anos de governo. "O PT mudou o padrão de governança deste País", afirmou.

Para ilustrar a sua tese, Lula relembrou a história do partido e a campanha eleitoral de 1989, quando, segundo ele, houve uma mobilização dos políticos nacionais e da mídia para impedir que "um metalúrgico ocupasse a Presidência da República". "O ódio dos adversários se deve ao fato de que, pela primeira vez neste País, termos provado à elite que tem gente mais competente para governar."

O ex-presidente disse ainda, em seu discurso, que vai se empenhar na campanha de Padilha e para a reeleição de Eduardo Suplicy ao Senado Federal. E pediu tranquilidade e empenho dos militantes para rebater os ataques da oposição. "Temos que levantar a cabeça", afirmou.