Dona de um humor refinado, Edilene Pinho traz em sua mais nova crônica uma conversa franca com Érico Veríssimo e as cantigas de rodas. É o mesmo que nos ninar com uma realidade tão transparente. Conhecedores da realidade, sabemos exatamente o que ela quer nos dizer; as entrelinhas são cheias de reflexão e um indubitável amor pela sacrossanta terra de Santo Antonio.
A rapidez do texto é um verdadeiro deleite. E viva a nossa literatura.
"Érico Veríssimo em seu livro OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO diz:" estive pensando muito na fúria cega com que os homens se atiram à caça do dinheiro”. E relembrando esse trecho fiz uma comparação com a história política de Campo Maior,onde os interesses da população ficam em segundo ou quase em nenhum plano, restando apenas a luta incessante pelo poder, a começar pela Câmara Municipal que é composta por NOVE camaradas.
Digo camaradas por relembrar os clássicos infantis em que a bicharada usava a expressão camarada.E na Câmara estão os camaradas Formigas-Rainha que vivem em seus castelos construídos com esforços, trabalhos,bondades e prontidão pelas camaradas formigas, obreiras, soldados e operárias (eleitores).
Mas nós podemos mudar essa história política, usando a matemática com a prova dos nove.
E, por fim vamos relembrar as cantigas de roda, nas quais cabe a comparação da cantiga "Ciranda, Cirandinha". Belíssimo o trecho que diz: “O anel que tu me deste era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou”. Idêntico aos acordos políticos da nossa linda Campo Maior, onde as alianças de interesses próprios se rompem na eterna busca política de quem dá mais.
E o Amor político dos eleitores está se acabando por entenderem que tudo já virou imoralidade,desrespeito e sacanagem quando se trata da briga pelo poder. "
Edilene Pinho.
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