Na visita que fez ao Liceu Piauiense, ontem (9/jan), Binho Marques, Secretário de Articulação do Ministério da Educação, disse que o Piauí está na contramão do restante do Brasil quanto à quantidade de professores. Enquanto o ideal e a média deve ser 1 professor para cada grupo de 25 alunos, o estado tem 1 professor para cada grupo de 10 alunos. Binho Marques considera que esse número excessivo de professores gera problemas de melhoria na qualidade da educação, já que os investimentos vão exclusivamente para pagamento de salários.
Outro fator que inibirá os investimentos na educação é a perda de quase 100 mil alunos da rede estadual de educação. Com os atuais números de matrículas, o Governo Estadual perde cerca de 155 milhões de reais do FUNDEB, fato que se reflete nas atividades que deveriam ser desenvolvidas. Para que a situação seja corrigida, ou seja, que o Governo Estadual recupere os dados reais de matrículas, o Governador Wellington Dias deverá recorrer à justiça, o que demandará algum tempo.
Na visita, ele esteve acompanhado da deputada federal Rejane Dias, que
será a futura secretária de Educação, e do atual secretário interino,
Helder Jacobina. Binho Marques comentou ainda que o Piauí possui várias
obras paradas que terminam por prejudicar todo o sistema de ensino. "Os
desafios são enormes. O Piauí possui muitas obras ainda para serem
trabalhadas e que estão pendentes no Ministério da Educação, por isso
que o governador Wellington esteve com o ministro demonstrando grande
interesse que as coisas consigam andar na rapidez necessária. Se uma
obra estiver em atraso, todas as outras obras ficam comprometidas",
ressalta.
A deputada estadual Rejane Dias se mostrou preocupada com a
possibilidade de transferências de alunos por conta de obras inacabadas
em escolas. "Estamos auditando todos os contratos para saber se estão
regulares, a partir disso vamos desenvolver um cronograma para término
dessas obras levando em consideração a questão financeira. Nosso
desespero é iniciar o ano letivo em março e sem atraso. Na hora que a
CGE nos der um retorno sobre os contratos, vamos intervir de imediato
com o intuito de evitar a transferência de alunos do Liceu e de outras
escolas. Isso pode acontecer", analisou.
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