sábado, 19 de outubro de 2013

Educação 3.0: a solução para o atraso brasileiro

O projeto do Iluminismo europeu, que tinha como um dos principais objetivos o progresso, era alicerçado na transformação política em bases racionais e no aprimoramento intelectual e moral dos homens por meio da educação e das leis. Fica clara a forte presença desses vetores nos países classificados hoje como de primeiro mundo.

Vamos focar no vetor educação, o mais importante. Especialistas e indicadores constatam que o Brasil tem 100 anos de atraso nesse setor. Entendemos que essa recuperação só será viabilizada em curto prazo pelo uso da Tecnologia da Informação e Comunicação, principalmente quanto às técnicas cognitivas e pedagógicas, aproveitando o uso já incorporado pelos jovens de tablets, smartphones, ferramentas de busca, redes sociais, internet de alta velocidade, entre outros.

Totalmente alinhada a esse conceito, a Educação 3.0 consiste na criação de uma infraestrutura de conectividade e colaboração com alto desempenho, mobilidade e segurança, o que é imprescindível para o desenvolvimento de didáticas orientadas para a pesquisa, com construção conjunta de conhecimento por professor e aluno. Assim, aproveita-se a riqueza de informações do mundo atual, por meio de ferramentas da Web ou de outros ambientes virtuais.

Na pesquisa mais respeitada do mundo na área, a Education at a Glance (2013), está evidenciado que o nosso problema não é de investimento, pois na educação básica ele corresponde a 4,3% do PIB, contra 3,9% dos países desenvolvidos. O que o Brasil precisa é de uma gestão comprometida com educação de qualidade, focada na racionalização do uso dos recursos financeiros, na escolha da tecnologia adequada e na priorização da formação do professor nesse novo ambiente, com reconhecimento por meritocracia. Sem isso, a equação “educação” fica muito difícil de ser resolvida.

Glauco Brites Ramos - presidente do Conselho de Administração da Teltec S

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