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sexta-feira, 6 de junho de 2025

Crescimento das Religiões de Matriz Africana no Brasil: Entre o Reconhecimento e a Intolerância

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O cenário religioso brasileiro tem passado por transformações significativas nas últimas décadas. Dados do Censo de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que as religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda, cresceram de 0,3% para 1% da população brasileira. Embora ainda representem uma minoria, esse aumento indica uma maior visibilidade e reconhecimento dessas tradições religiosas no país.
    No entanto, esse crescimento tem sido acompanhado por um aumento alarmante nos casos de intolerância religiosa. Em 2024, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania registrou 2.472 casos de intolerância religiosa pelo Disque 100, representando um aumento de 66,8% em relação a 2023. As religiões de matriz africana foram as mais afetadas, com praticantes de umbanda e candomblé somando 289 dos casos reportados.
    Especialistas apontam que esse fenômeno está enraizado no racismo estrutural presente na sociedade brasileira. O preconceito contra as religiões afro-brasileiras é alimentado por fatores como a demonização dessas práticas por outras religiões, a falta de conhecimento sobre suas tradições e a associação racista com a população negra.
    Em resposta à crescente violência, líderes religiosos de matriz africana têm buscado maior representatividade política. Um estudo realizado pelo grupo de pesquisa Ginga, da Universidade Federal Fluminense (UFF), identificou 284 candidaturas associadas a crenças de matriz africana nas eleições municipais de 2024. Esse movimento é visto como uma reação à violência enfrentada pelos terreiros e uma forma de lutar por direitos e reconhecimento.
    A situação evidencia a necessidade urgente de políticas públicas que promovam o respeito à diversidade religiosa e combatam o racismo religioso. É fundamental que a sociedade brasileira reconheça e valorize as tradições de matriz africana como parte integrante de sua identidade cultural e religiosa.

Movimentações no Piauí: Rota do Axé e Enfrentamento ao Preconceito

    No Piauí, o Povo do Axé tem se mobilizado para promover a valorização e o respeito às religiões de matriz africana. Uma das iniciativas é a criação da "Rota do Axé", um projeto que visa integrar terreiros de candomblé e umbanda ao circuito turístico do estado. A proposta é que esses espaços recebam visitantes interessados em conhecer e vivenciar as tradições afro-brasileiras, fortalecendo economicamente os terreiros e promovendo o combate à intolerância religiosa. Municípios como Teresina, Amarante, Floriano, Campo Maior, Pedro II, Piripiri e Parnaíba estão incluídos no projeto.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Cães e gatos recebem bênçãos e passes espirituais em São Paulo

O Parque da Juventude, na zona norte de São Paulo, recebeu um evento pouco comum na manhã deste sábado. Batizado como "Pet Benção", membros das religiões espírita, católica e umbandista se reuniram para abençoar os animais e seus donos. Das 10h às 13h, cerca de 100 cães - em sua maioria - e gatos passaram pelo local.

O evento, que teve o apoio da Secretaria Estadual de Meio-Ambiente, que administra o parque, foi organizado pelo Instituto Cultural Sete Porteiras do Brasil, que é um templo escola de Umbanda. O sacerdote Jorge Scritori, 34 anos, conta que este foi o primeiro evento público do gênero promovido por eles.
"Fazemos eventos desse tipo duas vezes por semana no instituto, mas é a primeira vez que trazemos para fora. Os animais deixaram de ser apenas um bicho doméstico e hoje têm um papel de membros da família. Eles interagem o tempo todo som os donos e estão sujeitos às energias daqueles que estão ao seu redor", diz.
De acordo com ele, estresse e uma rotina diária pode fazer com que os animais se desequilibrem energética e espiritualmente. "O que fazemos aqui é dar um passe tanto nos animais como em seus donos. Pequenas mudanças podem ser notadas imediatamente, com ambos demonstrando mais tranquilidade", afirma.
Scritori conta que os cachorros são mais amigáveis durante as sessões, enquanto os gatos são mais ariscos. "Pela nossa experiência, os gatos catalisam mais energia, inclusive negativa. Por isso eles, muitas vezes, hostilizam um pouco o processo.”
A bancária Karime Vidal Bentim, 27 anos, que é espírita, conta que ficou satisfeita em conhecer o trabalho, no parque que costuma frequentar com o marido, Marco Antonio Garcia, e os cães Sebastian e Valentina. "Eu acredito que a parte espiritual seja a principal, tanto para as pessoas quanto para os animais. E encontrar o equilíbrio é o fundamental para uma convivência harmoniosa", disse.
A funcionária pública Maria Luiza Pegrucci, 38 anos, trouxe a cadela Meg, que adotou a cerca de quatro anos, após encontrá-la abandonada no Horto Florestal. Ela é também proprietária de três gatos. "É um evento interessante e que traz uma boa paz espiritual para todos", disse. No início do evento, padres ligados ao catolicismo também distribuíram bênçãos.
Fonte: Portal Terra