Os professores da rede estadual do Piauí estão em greve há mais de 50 dias. A paralisação, iniciada em 28 de fevereiro, tem adesão de 80% da categoria, aponta o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (SINTE). Eles pedem reajuste de 22% no piso salarial nacional (que chega a R$ 1.451 mil neste ano), melhoria na estrutura das escolas e nas condições de trabalho e redução da jornada para garantir um terço de atividade extra-classe.
O piso, definido pelo Ministério da Educação, é para remuneração mínima do professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais. Além de não cumprir a Lei Nacional do Piso, o governador Wilson Martins (PSB) não aplica o plano de carreira, como afirma a vice-presidente do SINTE, Maria Zeneide Machado.
“A partir de R$ 1.451 mil nós iremos valorizar as carreiras, como o pessoal que foi para a universidade, fez pós-graduação, fez mestrado. Mas o governador nivelou todo mundo por baixo. E nenhum dos itens da reivindicação foi atendido pelo governo do estado”.
Zeneide diz que os professores se sentem incomodados com o prejuízo causado pela paralisação, que afeta 240 mil estudantes. Porém, ela argumenta que a greve é uma cobrança pelo compromisso do Estado com a educação.
“É dever do Estado fornecer educação de qualidade e valorizar os seus trabalhadores. E não é isso que o governador do Piauí vem fazendo e é por isso que estamos resistindo”.
Na capital do estado Teresina, a greve de professores da rede municipal é ainda mais longa, ultrapassa os 70 dias. As pautas são similares à da rede estadual.
A Justiça já decretou a ilegalidade da greve e o retorno ao trabalho, sob pena de multa diária de R$ 20 mil. Porém, os professores seguem com a paralisação.
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