Professores da rede estadual e municipal de Teresina, no Piauí, estão em greve há mais de dois meses. No Estado, as escolas estão há 57 dias sem aulas, com um total de 80% de instituições e cerca de 240 mil estudantes afetados. Na manhã desta segunda-feira, deputados estaduais fizeram uma reunião conjunta das comissões de Constituição e Justiça e de Administração e, por cinco votos a dois, decidiram que o projeto de reajuste salarial dos professores irá para votação sem emendas, e em caráter de urgência.
Os professores protestaram em frente à Assembleia Legislativa do Piauí e, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí, estão acampados em frente ao Palácio de Karnak,
sede oficial do governo do Estado, o que gerou conflitos com a polícia local.
Para o secretário de Comunicação e professor de história da rede pública estadual de ensino, Kassyus Lages de Carvalho, a data de hoje ficou marcada como "o dia em que o governo do Piauí acabou com o magistério público". "Não vamos cumprir o que o governo do Estado decretou, se eles não cumprem a lei federal", promete o secretário sobre a ilegalidade da greve, decretada no dia 28 de fevereiro.
Os grevistas reivindicam o reajuste salarial de 22% que estaria de acordo com o piso nacional, mas a proposta do governo é de um aumento em torno de 6%. A categoria afirma que o projeto proposto é inconstitucional, visto que não paga o piso salarial determinado pelo Ministério da Educação (MEC) de R$ 1.451 para 2012. "A população não está contente, vamos continuar na greve mesmo que o resultado seja o prejuízo legislativo", afirma Kassyus.
FONTE: PORTAL TERRA
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