domingo, 27 de janeiro de 2019

Denúncias de ataques a religiões de matriz africana sobem 47% no país

                         Presidente do Movimento Umbanda do Amanhã, Marco Antônio Pinho Xavier (no centro) já registrou mais de 30 boletins de ocorrência relacionados a intolerância religiosa: “Recebo muito xingamento, ameaça de morte” Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo

RIO — Armados, seis homens acabam com uma cerimônia de saudação a Oxalá em Camaçari (BA). Enquanto roubam as vítimas, agridem verbalmente os presentes, adeptos do candomblé, associando a religião a demônios. O babalorixá Rychelmy Esutobi, líder do local, é espancado.

O Globo traz matéria bem interessante sobre esse tema que não nos quer calar. Por que líderes Umbandistas ou de religiões de matriz africana são tão perseguido?

"O caso, ocorrido no último dia 13, é um exemplo da violência sofrida por líderes religiosos ligados a matrizes africanas no Brasil, como o candomblé e a umbanda.

— É um momento de muita dor e reflexão. A gente ver o nosso sagrado ser profanado e ser agredido nos dói muito, mas também nos fortalece — afirmou o babalorixá Rychelmy em vídeo postado em uma rede social.

Nos últimos anos, os ataques contra os seguidores dessas religiões aumentaram. Segundo dados do Disque 100, canal do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos que concentra denúncias de discriminação e violação de direitos, foram feitas 213 notificações de intolerância religiosa a matrizes africanas, de janeiro a novembro de 2018. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.

O número é 47% maior do que o registrado em todo o ano de 2017, quando foram recebidas 145 denúncias. Se em 2014 elas correspondiam a 15% do total de denúncias, hoje representam 59% do número total de reclamações".

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