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terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Dia Nacional do Leitor: Um Convite à Reflexão Sobre a Leitura no Brasil

Hoje, 7 de janeiro, celebra-se o Dia Nacional do Leitor, uma data que vai além de homenagear os amantes dos livros. É também um convite para refletir sobre os hábitos de leitura no Brasil e o quanto ainda precisamos avançar para nos tornarmos uma nação que valoriza o conhecimento, a cultura e o prazer da leitura.

O Brasil e os Indicadores de Leitura

De acordo com a mais recente pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro, apenas 52% dos brasileiros podem ser considerados leitores, ou seja, pessoas que leram ao menos um livro nos últimos três meses. Esse dado representa uma leve queda em relação à pesquisa anterior, evidenciando o desafio de promover a leitura no país.

Além disso, o brasileiro lê, em média, 2,6 livros inteiros por ano. Quando comparado a outros países, como França (7 livros anuais por pessoa) e Estados Unidos (12 livros), o número é alarmante e reforça a necessidade de políticas públicas, projetos educacionais e iniciativas privadas voltadas para a promoção do hábito de ler.

Por que precisamos ler mais?

A leitura vai além do entretenimento; ela é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento crítico, social e emocional. Estudos mostram que pessoas que leem regularmente têm mais facilidade para interpretar textos, argumentar com clareza e desenvolver empatia.

No Brasil, 29% da população afirma não ter o hábito de ler por falta de interesse. Isso reflete uma preocupação ainda maior: a leitura precisa ser estimulada desde a infância, e a escola, família e comunidade têm papéis fundamentais nesse processo.

Iniciativas que inspiram

Apesar dos desafios, há boas práticas que merecem destaque. Clubes de leitura, bibliotecas comunitárias e projetos como o "Leia para uma Criança", do Itaú Social, têm conquistado novos leitores e levado o prazer da leitura para diferentes públicos. Além disso, eventos como feiras literárias e debates sobre livros nas redes sociais ajudam a fomentar o hábito, especialmente entre os jovens.

O que podemos fazer?

Se queremos um Brasil mais leitor, precisamos começar agora. Incentivar crianças e adolescentes a explorar o universo dos livros, criar mais espaços de leitura acessíveis e valorizar os autores nacionais são passos essenciais. Além disso, aproveitar o Dia Nacional do Leitor para refletir sobre nossa relação com a leitura pode ser o ponto de partida para mudanças significativas.

Hoje, a mensagem é clara: a leitura transforma vidas e abre portas para um futuro mais inclusivo e crítico. Que este dia seja um lembrete de que nunca é tarde para começar a ler mais e inspirar outros a fazerem o mesmo.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Dia Nacional do Livro - o que comemoramos?

Imagem: arquivo SALIPI


    Hoje é um dia mais que especial: celebramos o Dia Nacional do Livro, e com ele, devemos como educadores refletir sobre a importância da leitura, especialmente em meio físico, já que estamos diante de uma era cada vez mais digital. O livro impresso, por séculos, foi o principal veículo de conhecimento e cultura. Hoje, enfrentamos um cenário em que as tecnologias digitais têm transformado o modo como lemos, com e-books e conteúdos online ganhando espaço. Contudo, será que isso significa o fim do livro impresso?
    Embora os dispositivos eletrônicos ofereçam praticidade, o livro impresso carrega consigo uma experiência sensorial única. O toque do papel, o cheiro das páginas e a conexão mais íntima com o conteúdo são aspectos difíceis de replicar no digital. Além disso, pesquisas apontam que a leitura de textos em papel favorece uma maior compreensão e retenção de informações em comparação com as telas. Isso torna a defesa do livro físico ainda mais relevante, especialmente no ambiente educacional.
    Como professores, temos um papel crucial nessa história. Podemos incentivar nossos alunos a cultivarem o hábito da leitura física, promovendo projetos como feiras de troca de livros, bibliotecas comunitárias e atividades que integrem o livro impresso no cotidiano escolar. Também podemos usar o livro como ferramenta de debate e reflexão em sala de aula, destacando suas vantagens no desenvolvimento da capacidade crítica e da imaginação.
    Portanto, a questão não é se o livro impresso está acabando, mas como podemos preservar e valorizar seu papel diante de tantas mudanças tecnológicas. Nossa responsabilidade, como educadores, é garantir que as novas gerações continuem a encontrar nos livros físicos um caminho para o conhecimento e o crescimento pessoal, mantendo viva uma tradição que moldou a história da humanidade.

domingo, 11 de novembro de 2018

Professora boa de leitura é premiada pelo MEC

Tâmara - Foto Facebook

Fico feliz quando vejo o Piauí sendo destaque nacional. Quando o destaque é para um professor, fico mais feliz ainda. Mesmo maltratados pelo governo, muitos colegas não baixam a cabeça e sonham com uma educação ideal e fazem as coisas acontecerem.

A professora de Língua Portuguesa do Instituto Federal de Picos (IFPI), Tâmara Milhomem, ficou em segundo lugar no concurso Ideias inovadoras em educação e trabalho, promovido pelo Ministério da Educação (MEC), com o projeto O clube de leitura na biblioteca “viva”. Ele trata de conexões entre a realidade aumentada e a literatura clássica
Nove países foram que falam a Língua Portuguesa foram envolvidos pelo MEC nesse concurso com o objetivo de incentivar a geração de ideias, a criatividade e a inovação na educação profissional, além de compartilhar esses conhecimentos entre lusófonos.
Segundo Tamara, o projeto clube de leitura na biblioteca “viva” surgiu inicialmente com a iniciativa de “clubinho do livro”. “Em 2011, um colega reclamou que os alunos apresentavam dificuldade de interpretação, a partir daí tivemos a ideia de um clube do livro, onde leiamos um livro por mês com a turma”, explicou.
A evolução do pequeno clubinho do livro para o projeto que foi premiado no concurso internacional do MEC aconteceu quando a professora passou para o doutorado em Linguística Aplicada na Universidade Federal de Mina Gerais (UFMG). ” Durante esse período, conheci a tecnologia de realidade aumentada e decidi aliar esse recurso a um projeto já implantado por mim no IFPI, o ‘clube de leitura'”, afirmou Tâmara.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

ABSURDO!!!!!!!!!

"

"Brasil pode levar 76 anos para adequar nível de leitura de todos os alunos"

Se o país continuar no atual ritmo de melhorias no nível de aprendizado dos alunos, serão necessários 76 anos para que todos os estudantes sejam considerados proficientes em leitura ao final do 3º ano do Ensino Fundamental. O cálculo é do movimento Todos Pela Educação, feito com base nos resultados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) de 2016, divulgados na última semana pelo Ministério da Educação (MEC).

Os dados da ANA mostram que o índice de alunos com nível insuficiente de leitura em 2016 correspondia a 54,73%. Em 2014, o número estava em 56,17%, o que pode ser considerado uma estagnação na melhoria das taxas. Pela classificação, alunos nos níveis insuficientes não conseguem realizar tarefas como identificar informações explícitas localizadas no meio ou no fim de um texto, escrever corretamente palavras com diferentes estruturas silábicas ou fazer contas de subtração com números maiores ou iguais a 100.

“Isso significa que as crianças vão para o 4º ano do Ensino Fundamental sem conseguirem, por exemplo, identificar relação simples de causa e consequência em textos pequenos, o que é uma habilidade absolutamente fundamental para a sequencia escolar e para a construção de uma cidadania plena”, diz o coordenador de projetos do Todos pela Educação, Caio Callegari

Matéria completa AQUI

sábado, 10 de dezembro de 2016

Piauí: uma boa notícia sobre educação

Piauí tem a terceira melhor educação do Nordeste, aponta OCDE

O resultado do Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (PISA 2015) divulgado nesta semana, com base nos dados levantados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em dezenas de países do mundo, aponta que a educação piauiense é a terceira melhor da região Nordeste, atrás apenas de Pernambuco e do Ceará. Em ciências, o Estado obteve 380 pontos, figurando na 20° no país, ficando cerca de 55 pontos abaixo do líder nacional (Espírito Santo). Já em matemática foram 355 pontos conquistados, ante 381 em leitura, onde o Piauí obteve o pior patamar dentre os requisitos analisados, ficando em 22° no Brasil.

Na avaliação internacional, o Estado ficou melhor ranqueado do que a Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Tocantins, Maranhão e Bahia. O pior colocado no país é o Estado de Alagoas, governado por Renan Filho (PMDB), que ficou em último em todas as áreas dispostas; para se ter uma ideia, a diferença de pontos entre Alagoas e o primeiro estado de cada área avaliada é de cerca de 70 pontos, o que equivale a dois anos de educação a mais.


Com o resultado, o Piauí se aproxima da média registrada no Brasil (401 pontos) e do Peru (397) e já supera o índice registrado na República Dominicana, por exemplo, que obteve 332 pontos. Segundo o Inep (responsável pela aplicação e tratamento dos dados), 'os testes e questionários do Pisa propiciam três principais tipos de resultados: um perfil básico de conhecimentos e habilidades dos estudantes; como essas habilidades são relacionadas a variáveis demográficas, sociais, econômicas e educacionais, além das tendências que acompanham o desempenho dos estudantes e monitoram os sistemas educacionais ao longo do tempo. A avaliação é trienal e direcionada para estudantes com idade entre 15 anos e 3 meses (completos) e 16 anos e 2 meses (completos) no início do período de aplicação'.
Crédito da matéria: 

http://www.meionorte.com/noticias/piaui-tem-a-terceira-melhor-educacao-do-nordeste-
aponta-ocde-308840

terça-feira, 1 de março de 2016

No Brasil, apenas 8% têm plenas condições de compreender e se expressar

Imagem de ilustração
É de espantar o título da matéria. Perplexos, questionamos se os dados são verdadeiros ou não passam de excessos de preocupação diante do quadro de baixo desempenho dos alunos das nossas escolas, principalmente as públicas.

Baixo rendimento em todas as disciplinas, distorção de idade/série, evasão ou apatia podem ter suas causas no "alfabetismo funcional".

Instigo a todos à leitura da matéria publicada no site UOL Educação, como forma de se ter subsídios para as nossas reflexões nos planejamentos escolares e os rumos que devemos dar às nossas aulas diárias.

Clique aqui 

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Dicas para analisar, compreender e interpretar textos (I)

       Com a proximidade do Exame Nacional do ensino Médio - ENEM e sua característica bem peculiar em explorar a análise, compreensão e interpretação de textos, em todas as áreas do conhecimento, trazemos algumas considerações importantes sobre o tema, já que é comum encontrarmos alunos se queixando de que não sabem interpretar textos. 
         Muitos têm  aversão a exercícios nessa categoria. Acham monótono, sem graça, e outras vezes dizem: cada um tem o seu próprio entendimento do texto ou cada um interpreta a sua maneira. No texto literário, essa ideia tem algum fundamento, tendo em vista a linguagem conotativa, os símbolos criados, mas em texto não-literário isso é um equívoco. 
         Diante desse problema, seguem algumas dicas para você analisar, compreender e interpretar com mais proficiência.

1º - Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando nós passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa impressão de que ler não faz diferença. Também não se intimide caso alguém diga que você lê porcaria. Leia tudo que tenha vontade, pois com o tempo você se tornará mais seleto e perceberá que algumas leituras foram superficiais e, às vezes, até ridículas. Porém elas foram o ponto de partida  e o estímulo para se chegar a uma leitura mais refinada. Existe tempo para cada tempo de nossas vidas. Não fique chateado(a) com comentários desagradáveis.

2º - Seja curioso(a), investigue as palavras que circulam em seu meio.

3º - Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura, um bom exercício para ampliar o léxico é fazer palavras cruzadas.

4º - Faça exercícios de sinônimos e antônimos.

5º - Leia verdadeiramente. Somos um País de poucas leituras. Veja o que diz a reportagem, a seguir, sobre os estudantes brasileiros. Dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) revelam que, entre os 32 países submetidos ao exame para medir a capacidade de leitura dos alunos, o Brasil é o pior da turma. A julgar pelos resultados do Pisa, divulgados no dia 5 de dezembro, em Brasília, os estudantes brasileiros pouco entendem do que leem. O Brasil ficou em último lugar, numa pesquisa que envolveu 32 países e avaliou, sobretudo, a compreensão de textos. No Brasil, as provas foram aplicadas em 4,8 mil alunos, da 7a série ao 2º ano do Ensino Médio.

6º - Leia algumas vezes o texto, pois a primeira impressão pode ser falsa. É preciso paciência para ler outras vezes. Antes de responder as questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas.

7º - Atenção ao que se pede. Às vezes a interpretação está voltada a uma linha do texto e por isso você deve voltar ao parágrafo para localizar o que se afirma. Outras vezes, a questão está voltada à ideia geral do texto.

8º - Fique atento a leituras de texto de todas as áreas do conhecimento, porque algumas perguntas extrapolam ao que está escrito. Veja um exemplo disso:

Texto:

Pode dizer-se que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais. Os antigos moradores da terra foram, eventualmente, prestimosos colaboradores da indústria extrativa, na caça, na pesca, em determinados ofícios mecânicos e na criação do gado. Dificilmente se acomodavam, porém, ao trabalho acurado e metódico que exige a exploração dos canaviais. Sua tendência espontânea era para as atividades menos sedentárias e que pudessem exercer-se sem regularidade forçada e sem vigilância e fiscalização de estranhos.
(Sérgio Buarque de Holanda, in Raízes)

- Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram:

a) os portugueses.
b) os negros.
c) os índios.
d) tanto os índios quanto aos negros.
e) a miscigenação de portugueses e índios.
(Aquino, Renato. Interpretação de textos, 2ª edição. Rio de Janeiro : Impetus, 2003.)

Resposta: Letra C. Apesar do autor não ter citado o nome dos índios, é possível concluir pelas características apresentadas no texto. Essa resposta exige conhecimento que extrapola o texto.

9º - Tome cuidado com as vírgulas. Veja por exemplo a diferença de sentido nas frases a seguir.
a) Só, o Diego da M110 fez o trabalho de artes.
b) Só o Diego da M110 fez o trabalho de artes.
c) Os alunos dedicados passaram no vestibular.
d) Os alunos, dedicados, passaram no vestibular.
e) Marcão, canta  Garçom, de Reginaldo Rossi.
f) Marcão canta Garçom, de Reginaldo Rossi.

Explicações:
a) Diego fez sozinho o trabalho de artes.
b) Apenas o Diego fez o trabalho de artes.
c) Havia, nesse caso, alunos dedicados e não-dedicados e, passaram no vestibular, somente, os que se dedicaram, restringindo o grupo de alunos.
d) Nesse outro caso, todos os alunos eram dedicados.
e) Marcão é chamado para cantar.
f) Marcão pratica a ação de cantar.

10º - Leia o trecho e analise a afirmação que foi feita sobre ele.
“Sempre fez parte do desafio do magistério administrar adolescente com hormônios em ebulição e com o desejo natural da idade de desafiar as regras. A diferença é que, hoje, em muitos casos, a relação comercial entre a escola e os pais se sobrepõe à autoridade do professor.” (VEJA, p. 63, 11 maio 2005.)

Frase para análise.
·                     Desafiar as regras é uma atitude própria do adolescente das escolas privadas. E esse é o grande desafio do professor moderno.

1 – Não é mencionado que a escola seja da rede privada.
2 – O desafio não é apenas do professor atual, mas sempre fez parte do desafio do magistério. Outra questão é que o grande desafio não é só administrar os desafios às regras, isso é parte do desafio, há também os hormônios em ebulição que fazem parte do desafio do magistério.

11º  - Atenção ao uso da paráfrase (reescritura do texto sem prejuízo do sentido original).
Veja o exemplo:
Frase original: Estava eu hoje cedo, parado em um sinal de trânsito, quando olho na esquina, próximo a uma porta, uma loirona a me olhar e eu olhava também.(Concurso TRE/ SC – 2005)

A frase parafraseada é:
a) Parado em um sinal de trânsito hoje cedo, numa esquina, próximo a uma porta, eu olhei para uma loira e ela também me olhou.
b) Hoje cedo, eu estava parado em um sinal de trânsito, quando ao olhar para uma esquina, meus olhos deram com os olhos de uma loirona.
c) Hoje cedo, estava eu parado em um sinal de trânsito quando vi, numa esquina, próxima a uma porta, uma louraça a me olhar.
d) Estava eu hoje cedo parado em um sinal de trânsito, quando olho na esquina, próximo a uma porta, vejo uma loiraça a me olhar também.
Resposta: Letra C.

A paráfrase pode ser construída de várias formas, veja algumas delas.
a) substituição de locuções por palavras;
b) uso de sinônimos;
c) mudança de discurso direto por indireto e vice-versa;
d) converter a voz ativa para a passiva;
e) emprego de antonomásias ou perífrases (Rui Barbosa = A águia de Haia; o povo lusitano = portugueses).

12º  - Observe a mudança de posição de palavras ou de expressões nas frases.
Exemplos
a) Certos alunos no Brasil não convivem com a falta de professores.
b) Alunos certos no Brasil não convivem com a falta de professores.
c) Os alunos determinados pediram ajuda aos professores.
d) Determinados alunos pediram ajuda aos professores.

Explicações:
a) Certos alunos = qualquer aluno
b) Alunos certos = aluno correto
c) Alunos determinados = alunos decididos

d) Determinados alunos = qualquer aluno

terça-feira, 21 de abril de 2015

Interpretação textual não mata ninguém

Olá!

Hoje vamos falar um pouco do “bicho-papão”  (nossa, que termos antigo) para muitos estudantes: INTERPRETAÇÃO DE TEXTO.
É comum ouvirmos a estudantada reclamar do “tamanho” dos textos e dos muitos textos das provas do ENEM. Verdade! São muitos e deles enormes. Mais anão é motivo para desânimo, afinal, a leitura é algo que fazemos em todos os momentos de nossas vidas.
Vamos lá, então. Aqui estão algumas dicas importantíssimas quando o assunto é leitura e interpretação (considero que um termo não pode ser dissociado do outro).
Olha, aí:

I – ERROS INTERPRETATIVOS
  • Extrapolação: entender mais do que o texto.
Ex: * Os brasileiro Carlos e José são malandros.
* (Interpretação) Os brasileiros são malandros.
  • Redução: ateve-se a uma parte em detrimento de outra também importante.
Ex: * O estudo dá prazer, por isso deve ser cultivado.
* (.Int.) Quando estuda bem, o estudo dá prazer.
  • Contradição ou inversão: entender contrário ao texto.
Ex: * O homem, racional, quando sob o domínio do ódio, pode agir como animal selvagem.
* (.Int.) O homem é racional, porque pode agir como animal selvagem.
II – TIPOS DE LEITURA
  • Informativa: buscar a ideia central, as idéias secundárias e sublinhas as palavras desconhecidas. (evita o erro da contradição).
  • Seletiva: buscar no contexto o significado das palavras desconhecidas. (evita o erro da contradição).
  1. “A lascívia pode comprometer o comportamento de certas pessoas, pois a libidinagem (ideia secundária 1) não controlada envolverá o homem ou a mulher em atos lúbricos (ideia secundária 2) que podem tornar-se públicos”.
III – TIPOS DE TEXTOS
  • Literário: poesia, prosa.
  • Não-literário (utilitário): jornalístico, científico.
IV – TIPOS DE LINGUAGEM
  • Denotativa: real, dicionarizada, restrita.
  • Conotativa: ampla, metafórica, figurada, risca em sentidos.
  1. Pode haver os dois tipos de linguagens, devendo ser observada qual será a predominante.
  1. “A saudade é como um barco que aos poucos descreve um arco e evita atracar no cais” – Chico Buarque. è Linguagem conotativa.
V – FUNÇÕES DA LINGUAGEM
  • Emotiva ou expressiva: centrada na 1ª (primeira) pessoa.
  • Referencial, informativa ou cognitiva: centrada no referente (na mensagem).
  • Conativa ou apelativa: aquela que visa persuadir o leitor. (normalmente usada na forma imperativa) “Beba Coca Cola”.
  • Fática: centrada no canal; na abertura, na manutenção ou na finalização de um diálogo. (dificilmente há um texto com predominância fática, podendo haver vários elementos fáticos).
  • Metalinguística: centrada no código verbal. (aquele texto que fala sobre a própria linguagem).
  • Poética ou estética: centrada na forma de produção da mensagem. (Poemas).
  1. Significante: é o sentido que a forma ou estrutura da palavra traz.
  2. Significado: é o sentido propriamente dito.
VI – INTELECÇÃO
  1. O candidato deverá ater-se ao texto.
Enunciados:
  1. De acordo com o texto...
  2. Segundo o texto...
  3. A partir das ideias do texto...
  4. Com base no texto...
VII – INTERPRETAÇÃO
  1. O candidato poderá concluir algo a partir do texto, mas não pode esquecer a lógica textual.
Enunciados:
  1. Infere-se do texto...
  2. Deduz-se do texto...
  3. Conclui-se do texto...
  4. Depreende-se do texto...
è FÓRMULA PARA SABER SE É INTELECÇÃO OU INTERPRETAÇÃO ç
  • Fato (texto) + provas textuais = INTELECÇÃO
  • Fato (texto) + indícios + inferência = INTERPRETAÇÃO

è Toda vez que você ler um texto, verificar se é um texto literário ou não, qual a função da linguagem predominante e qual o tipo de linguagem usada. Pois assim será possível responder uma série de prováveis perguntas

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Para incentivar alunos a ler, professor deve ser bom leitor

Como aprendemos a gostar de certas comidas, de algumas músicas e não de outras, de determinadas manifestações culturais? O que influi em nossas preferências? Certamente não se dão ao acaso, por pura e simples decisão individual. De que modo, então, aprendemos a gostar ou a não gostar de ler?

Maria Helena Braga, Supervisora Pedagógica de Programas do Instituto Qualidade no Ensino (IQE), acredita que para crianças e adolescentes gostarem de ler, é preciso que os adultos, educadores de leitura, sejam, também, leitores. “E bons leitores!”, afirma. Mas, ler, por quê? “É uma pergunta que comumente encontramos nos mais variados círculos de convivência, inclusive entre professores. Ler requer motivação, tempo, dedicação e esforço, condições de que muitos não usufruem ou cultivam.”, responde.

A especialista pontua que ler é um ato social e revolucionário, a ser exercido por todos que buscam a compreensão e a transformação de um mundo profundamente caótico. “É o que nos possibilita compartilhar sentimentos, anseios e experiências. O que nos constitui como fruto e semente da história humana, e que nos faz sentir pertencentes ao que há de mais intrínseco em nossa espécie”, ressaltou Maria Helena Braga.


Para gostar de ler, segundo a supervisora do IQE, é preciso que haja professores que gostem de ler. “Que manifestem, pelo olhar, a emoção que se atualiza na interlocução com as obras literárias, a satisfação resultante do enfrentamento dos desafios antepostos a sua competência leitora, a iniciativa de questionar e buscar conhecimento nos textos escritos. Professor leitor é condição necessária para a construção de alunos leitores”, concluiu.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Metade dos professores não leem em tempo livre

Menos da metade dos professores das escolas públicas brasileiras tem o hábito de ler no tempo livre. Dado evidencia falta de acesso a livros e gosto por leitura, que deveria existir para ser transferido aos alunos.

A pesquisa foi feita pelo QEdu: Aprendizado em Foco , uma parceria entre a Meritt e a Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos voltada para educação. Baseado nas respostas dadas aos questionários socioeconômicos da Prova Brasil 2011, aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), e divulgados em agosto do ano passado, o levantamento mostra que dos 225.348 professores que responderam à questão, 101.933 (45%) leem sempre ou quase sempre, 46.748 (21%) o fazem eventualmente e 76.667 (34%), nunca ou quase nunca.

A questão pode estar ligada a falta de infraestrutura. "O número de professores que não leem é chocante, mas isso pode estar ligado ao acesso. É preciso lembrar que faltam bibliotecas e que um livro é caro. Um professor de educação básica ganha em média 40% menos que um profissional de ensino superior. Acho que faltam políticas de incentivo. Não acredito que seja apenas desinteresse", diz a diretora executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz.

Para Priscila, uma possível solução seriam os livros digitais. O Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional (ProInfo Integrado) do Ministério da Educação distribui equipamentos tecnológicos nas escolas e oferece conteúdos e recursos multimídia.

Além disso, o governo facilita o acesso aos conteúdos por meio da distribuição de tablets, tanto para professores quanto para estudantes. No ano passado, o MEC transferiu R$ 117 milhões para 24 estados e o Distrito Federal para a compra de 382.317 tablets, destinados inicialmente a professores do ensino médio.
Sobre o acesso digital, os dados do levantamento do QEdu mostram que 68% dos professores (148.910) que responderam à pergunta usam computador em sala de aula. 

O estado com a maior porcentagem é Mato Grosso do Sul: 95% dos professores disseram que usam o equipamento. O Maranhão é o estado com a menor porcentagem (50,5%) de professores fazem o uso do computador. É lá também onde se constatou a maior porcentagem de escolas onde não há computadores: 38,3%. Estão no Sudeste, no entanto, as maiores porcentagens dos professores que acreditam não ser necessário o uso de computador nas salas: Minas Gerais (16%), Rio de Janeiro (15,4%) e São Paulo (15%).