Histórias de minha infância 
     Meu pai, homem
culto – autodidata – sempre nos fez crer na leitura. Os contos de Grimm e
Monteiro Lobato foram os primeiros. E intercalando essas leituras sempre
ouvíamos histórias e piadas e estas muito anos depois serviram de esteio para
algumas aulas.
O pernambucano
sempre gosta de utilizar o escatológico e a do aluno é uma dessas... 
     Alguns
professores se acham, ainda, os donos da razão. Somente a eles cabem falar,
disciplinar e falar, falar, falar... por isso muitas aulas são monótonas.
Agora, pense quando esses professores no ensino fundamental passam uma tarefa
da qual o estudante não tem a menor “queda”. Aí o problema é serio. 
     Certo
professor pediu aos alunos que fizessem uma poesia, que deveria ter rima (nada
de modernismos), daí saltou um dos ‘incríveis’ com a sua:
“O
urubu tem 
pena
no cu”
     Não deu outra. Incontinente o
estudante foi ‘classicamente’ humilhado diante de todos:
- Irresponsável, maleducado... (é, nada de mal educado)
- Irresponsável, maleducado... (é, nada de mal educado)
     O professor transtornado,
possesso e com o rigor da disciplina, foi categórico:
     - Recreio agora só depois que
fizer uma poesia.
     Assim o garoto teve que
amargar seu castigo, afinal o professor sempre tem razão.
     Pouco depois, lá vem o
menino. Cabisbaixo, entregou trêmulo seu novo texto:
“O urubu tem pena no pé
Só não tem no cu porque o professor não quer”.
O desfecho fica por sua conta leitor/professor.
Jorge Câmara. CEPRA em 26/X/08
Só não tem no cu porque o professor não quer”.
O desfecho fica por sua conta leitor/professor.
Jorge Câmara. CEPRA em 26/X/08
 
 
 
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