Se soubesse a importância que o curso de datilografia teria na sua
vida, talvez a trajetória de Aparecido Viana, empresário do ramo
imobiliário, não tivesse sido tão bem-sucedida.
Onde vivia, não
havia uma só máquina de escrever no começo da década de 1960, mas a mãe
de Viana queria porque queria que o menino aprendesse a datilografar.
Até hoje ele agradece. “Minha mãe era pobre, não tinha ensino, mas era
visionária”, lembra.
Viana era o segundo de cinco irmãos – eles e seus pais
trabalhavam na roça. No interior de São Paulo, eram todos boias-frias. A
nomenclatura não incomoda nada o empresário. “Trabalhamos em tudo que é
lida que você possa imaginar, menos cana-de-açúcar. Subia no caminhão
de madrugada e ia para a roça antes de amanhecer”, conta. Aos quatro
anos já estava na labuta com a família. “Fazia as coisas que dava para
criança fazer na lida, como limpar o pé de café ou levar o caldeirão
para os pais e irmãos na lida na hora do almoço”, conta.
Aos
14 anos, a datilografia levou o empresário à São Caetano do Sul (Grande
São Paulo), onde iniciou sua jornada na cidade grande. Começou numa
metalúrgica e logo passou para o primeiro cartório de notas da cidade,
onde começou a ter contato com o ramo imobiliário. “Não tinha dinheiro
para almoçar todos os dias, então acabava ficando muitas horas lá no
cartório, trabalhando e sempre disponível”, conta.
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