"Quando eu morrer, não soltem meu cavalo nas pedras do meu pasto incendiado: fustiguem-lhe seu dorso alardeado, com a espora de ouro, até matá-lo."(No poema "Lápide").
A morte de Ariano Suassuna, aos 87 anos, no Recife,
priva a sociedade brasileira de um personagem ao mesmo tempo singular e
polêmico: escritor, teórico, homem de um nacionalismo apaixonado e de
uma aversão epidérmica às influências estrangeiras na cultura nacional.
Um escritor de grande ambição artística e de fina e metódica construção
literária. E um professor/palestrante tão entusiasmado e hábil em tecer
causos que bem poderia ser chamado de "showman" – se esse termo tão
estrangeiro não fosse, com certeza, desagradar o próprio Ariano, que
certa vez disse, textualmente, em Porto Alegre:
– Para mim essa coisa de Xô era a palavra que a gente usava para espantar galinha.
– Para mim essa coisa de Xô era a palavra que a gente usava para espantar galinha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário