O jogador da Colômbia cometeu ato criminoso contra o camisa 10 da
seleção brasileira, tirando-o dessa forma da Copa do Mundo. Deu-lhe
violenta joelhada nas costas, quando Neymar, inadvertida e
tranquilamente, com a costumeira habilidade e elegância, matava/dominava
a bola na entrada da grande área do Brasil.
Quem já jogou futebol, ao ver aquela violenta e gratuita entrada,
percebeu que aquela joelhada pelas costas – frise-se o pelas costas –
foi intencional e criminosa.
Vale destacar que o colombiano sequer foi até Neymar para lhe
socorrer, num primeiro momento, ou para lhe pedir desculpas no campo ou
nos vestiários, num segundo momento, só tendo se manifestado
posteriormente nas redes sociais, por intermédio de uma nota nitidamente
redigida pela assessoria da seleção colombiana.
Quem já jogou futebol, ao ver tão deplorável cena, temeu pelo pior.
Aquela joelhada não só poderia tirar Neymar Jr. da Copa – o que de fato
viria a ocorrer – como poderia encerrar ali a sua carreira como atleta.
Aquela joelhada poderia ter ferido com irreversível gravidade o atleta
brasileiro.
Repito, para que fique clara a gravidade daquela entrada: poderia ter
tirado do nosso craque-garoto não só o sonho de disputar uma final da
Copa do Mundo, como poderia tê-lo tirado dos campos de futebol para
sempre.
Perceberam agora a gravidade do ocorrido?
Não à toa, a primeira frase que Neymar conseguiu balbuciar, em meio a
um choro convulsivo de dor insuportável e medo, ao nosso zagueiro
Marcelo, que se abaixara para socorrê-lo foi:
– "Não consigo sentir as minhas pernas".
Neymar poderia não mais sentir as suas pernas, para sempre – tamanho
foi o golpe que recebera e o local em que fora covardemente atingido,
na/pelas costas.
Por isso tudo, achei muito estranho a CBF não ter entrado com uma
representação contra o jogador da Colômbia, que faz por merecer punição
exemplar da FIFA. Pois a falta, desmesuradamente violenta, cometida pelo
colombiano é muito mais grave que a mordida de Luis Suárez – esta sim,
punida de modo emblemático pela FIFA.
O jogador colombiano também deveria, ainda no dia do jogo, ter sido
acusado por crime de lesão corporal – para que fosse processado aqui no
Brasil. Seria então notificado e intimado a prestar depoimento em uma
delegacia de polícia, podendo até ficar impedido de deixar o país pelo
menos até o final dos procedimentos investigatórios iniciais.
As coisas e as relações, também no futebol, deveriam funcionar assim,
de forma séria, em respeito não somente às leis e a ética do futebol,
como também em estrito respeito aos códigos de leis vigentes no país. Ou
falta seriedade ao mundo do futebol?
E deve ser assim para que se coíbam ações e gestos, dentro e fora das
quatro linhas, nos quais um jogador desequilibrado, destemperado e mal
intencionado possa prejudicar, de forma gravosa, e em alguns casos até
de forma definitiva, irremediável a carreira profissional de um outro
colega.
Para que jogadores medíocres, como esse jogador colombiano, sejam
coibidos/ proibidos de, com suas entradas violentas, maldosas e
criminosas, acabarem com o sonho e o espetacular futebol de jogadores
singulares como Neymar Jr. ou Lionel Messi – só para citar dois nomes.
Em meio a denúncias da existência de "máfia dos ingressos" e da
"máfia dos resultados", esta última comentada em recente entrevista pelo
próprio Jérôme Valcke, secretário-geral da FIFA, quem nos garante que o
gesto violento do jogador colombiano tenha sido de fato um gesto
gratuito?
O colombiano deve ser investigado, processado e punido exemplarmente pela grave falta cometida.
LULA MIRANDA - Colunista Portal 247
6 de Julho de 2014
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