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Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o índice mundial de crianças de seis a 12 anos de idade diagnosticadas com depressão saltou de 4,5% para 8% na última década. "Identificar os sinais precocemente (que, muitas vezes, podem ser sutis), nos permite ter oportunidades de intervir, adequadamente, e com isso evitar prejuízos no desenvolvimento e qualidade de vida destas crianças e adolescentes. Depressão é doença e precisa ser tratada", alertou a neuropediatra Deborah Kerches. Crianças e adolescentes podem ter dificuldade em expressar seus sentimentos com clareza, de nomear suas próprias emoções.
Então, é preciso ficar atento aos sinais, que podem não ser tão evidentes assim. "A criança com depressão pode se isolar, perder o interesse e o prazer em brincar, em ir para escola, em explorar o ambiente ou situações novas. Pode apresentar distúrbios de alimentação (comer compulsivamente ou ficar inapetente), começar a se queixar de sintomas físicos como dor abdominal, cefaleia, dor no peito, cansaço, entre outros sintomas", detalhou a médica.
Ainda segundo Deborah, o sono também pode apresentar prejuízos, como insônia, despertares durante o sono, pesadelos, medo de ficar sozinho no quarto.
"O humor costuma ficar bastante instável e explosões de raiva e agressividade passam a ser frequentes. Crianças que antes eram sociáveis e calmas passam a brigar na escola ou durante atividades extracurriculares, aquelas que eram mais inquietas, podem ficar mais introspectivas, caladas. Choro excessivo, desmedido ou sem motivo aparente é comumente observado, assim como medos".
Na escola, a criança tende a apresentar dificuldades para aprender, ficar mais dispersa, inquieta; o que pode confundir o quadro de depressão infantil com o de TDAH. Os sintomas da depressão infantil podem incluir, ainda: alterações do apetite, tédio, baixa autoestima, medo excessivo e persistente e dificuldade de socialização.
Confira a íntegra da matéria da Gazeta de Piracicaba. Confira sobre suicídio e adolescência.
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