Postagem em destaque

Academia de Letras do Território dos Carnaubais (ALTEC) celebra 14 anos com posse de nova imortal

Mazé Félix (ao centro) recebe as boas-vindas dos acadêmicos Ontem (30/08), ao comemorar seus 14 anos de criação, a Academia de Letras do Ter...

Mostrando postagens com marcador feminicídio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador feminicídio. Mostrar todas as postagens

sábado, 21 de junho de 2025

Machismo entre os jovens: um problema que a gente precisa encarar

Em poucos minutos, jovens entre 14 e 20 anos tem acesso a mensagens
misógenas em redes sociais.


    Você já parou pra pensar como o machismo ainda tá presente no dia a dia dos jovens brasileiros? Pois é, mesmo vivendo numa era de memes, redes sociais e liberdade, ainda tem muita gente jovem reproduzindo ideias ultrapassadas. De acordo com pesquisas recentes, 96% dos jovens reconhecem que o machismo existe no Brasil. Até aí, ponto positivo. Mas o problema é que boa parte deles ainda concorda com atitudes machistas. Demonstração encontrada com folga nas redes sociais.
    Por exemplo: muitos acham que a mulher tem que "se dar ao respeito" na forma de se vestir e que é errado ela ter muitos parceiros. E mais — cerca de 27% dos rapazes entre 18 e 24 anos acham que homens e mulheres não deveriam ter os mesmos direitos. Em pleno 2025!
    O ambiente virtual também reflete esse cenário. Um estudo revelou que 77% das meninas entre 15 e 25 anos já sofreram assédio online. E pior: 32% relataram controle digital por parte dos parceiros, tipo exigência de senhas, ciúmes de amigos, e até invasão de privacidade.
    Essas atitudes nascem em casa, na escola, nos grupos de amigos. E se espalham nas redes, onde discursos misóginos ganham força em comunidades “red pill” e afins. É como se uma parte dos jovens ainda estivesse agarrada a uma ideia de masculinidade tóxica, onde homem de verdade é aquele que manda, que controla, que não pode mostrar emoção.
    Mas calma, nem tudo está perdido. Tem muita gente boa — meninos e meninas — discutindo gênero, ouvindo, aprendendo e tentando mudar essa história. O caminho é educação, respeito e empatia. Porque machismo não combina com futuro. E o futuro é da nossa geração.

Professor Jorge Câmara
#EducaçãoComConsciência #JuventudeSemMachismo

terça-feira, 6 de maio de 2025

Justiça por Alice: Polícia conclui inquérito e ex-companheiro é indiciado por feminicídio em Campo Maior



Mais um caso de violência contra a mulher termina em tragédia no interior do Piauí. A jovem Alice Borges Barroso, de apenas 28 anos, foi assassinada no último dia 19 de abril, na cidade de Campo Maior. Nesta segunda-feira (06), a Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou o ex-companheiro da vítima, D.O.S., pelo crime de feminicídio.

Alice era mãe de duas crianças e, segundo a investigação, vivia um ciclo de agressões físicas e psicológicas. Vizinhos, amigos e familiares foram ouvidos durante o processo e relataram que ela já havia sofrido diversas violências por parte do ex-companheiro.

O laudo do exame cadavérico revelou que a morte foi causada por esganadura, ou seja, asfixia mecânica por constrição do pescoço. A hipótese de afogamento, inicialmente levantada, foi descartada pela perícia. Diante das provas reunidas, a Justiça acatou o pedido da polícia e converteu a prisão temporária do suspeito em prisão preventiva.

A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e Grupos Vulneráveis de Campo Maior (DEAMGV) informou que o crime será tratado como feminicídio qualificado, por ter sido cometido com crueldade e pela condição de a vítima ser mãe.

Esse caso doloroso nos lembra da importância de ouvir e acolher mulheres que sofrem violência, além de reforçar a necessidade de políticas públicas e justiça eficaz para proteger quem mais precisa.

Alice não é apenas mais um nome em uma estatística. Que sua história gere reflexão, indignação e, principalmente, mudança.


sábado, 26 de abril de 2025

Campo Maior se comove e protesta contra feminicídio após a morte de Alice Borges

A cidade de Campo Maior viveu momentos de profunda comoção nesta sexta-feira (25), durante a missa de sétimo dia da jovem Alice Borges, vítima de feminicídio. Realizada na Igreja Nossa Senhora das Mercês, no bairro São João, a cerimônia religiosa se transformou em um emocionante protesto contra a violência que tirou a vida de Alice e que, cada vez mais, assola famílias brasileiras.

Vestindo camisetas com a frase "A maior epidemia do Brasil é o feminicídio", familiares, amigos e membros da comunidade expressaram sua dor e indignação, clamando por justiça e mais proteção para as mulheres. O sentimento de revolta tomou conta da população campomaiorense, que se vê abalada diante de mais uma tragédia motivada pelo ódio de gênero.

O principal suspeito pelo crime é Darlan Sousa, ex-companheiro de Alice, que já havia sido denunciado pela jovem por violência doméstica. Segundo a delegada Emylle Kaynar, Darlan teria, inclusive, tentado afogá-la anteriormente no mesmo rio onde seu corpo foi encontrado, o Surubim. Ele foi transferido nesta quinta-feira (24) para a Penitenciária José de Arimateia Barbosa Leite, em Campo Maior.

O caso de Alice Borges escancarou o medo e a dor vividos por tantas mulheres e acendeu ainda mais o debate sobre a urgência de medidas eficazes de proteção. Campo Maior, consternada, pede justiça — e que outras vidas não sejam interrompidas pela violência.


domingo, 1 de março de 2020

Março: a mulher e seu protagonismo social - lutas e conquistas

Marcha das mulheres na Rússia em 1917
Na Rússia, em 1917, milhares de mulheres foram às ruas contra a fome e a guerra; a greve delas foi o pontapé inicial para a revolução russa e também deu origem ao Dia Internacional da Mulher

Março!  Mês que traz em suas comemorações o Dia Internacional da Mulher, anualmente lembrado no dia 8. A ideia de uma celebração anual surgiu depois que o Partido Socialista da América organizou um Dia da Mulher, em 20 de fevereiro de 1909, em Nova York - uma jornada de manifestação pela igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino. E, como sempre, para esconder a real situação de inferioridade que a sociedade machista impõe à mulher, comemora-se esse dia no Brasil com flores, beijinhos, palminhas e outros "mimimis", que só atrapalham as discussões que devem nortear, principalmente, esse dia. 

Durante todo o mês, publicaremos, diariamente, matérias que possam aprofundar a discussão do verdadeiro papel da mulher na sociedade brasileira. Embora o Estado tenha avançado em sua legislação no tocante ao tema e na implantação de políticas públicas que visam reduzir a diferença de direitos homem x mulher, em grande parte do território nacional se engatinha, tudo não passa apenas de shows midiáticos, para enganar os bobos.

Se por um lado - embora de forma ainda tímida e incapaz - o estado avançou, esperava-se que com a chegada do século XXI, a sociedade brasileira tivesse conseguido avançar na extirpação de seu enorme preconceito. A mulher ocupa, no cenário desse desvio moral, o centro de violência de várias matizes: física, doméstica, psicológica, profissional, sexual e tantas outras que não ousamos elencar.

Assim, buscarei contribuir com debate tão necessário, afinal, é inadmissível que ranqueemos quase nas primeiras posições algo tão imoral como o feminicídio, o assédio sexual e moral. Que março seja o início de uma forma justa de se ver a mulher como alguém capaz de transformar a nossa sociedade.
        

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Editorial Vítimas do machismo


Brilhante e lúcido Editoral do Diário de Pernambuco que aqui reproduzimos

O Brasil ocupa a quinta posição mundial em mortes violentas de mulheres. A taxa chega a 4,8 homicídios em cada 100 mil. Nos primeiros oito meses de 2019, só em São Paulo, o número de feminicídios aumentou 44%. Em Brasília, ocorreram 34 assassinatos por questão de gênero no ano passado, e começou 2020 amargando o luto pelo assassinato de quatro mulheres, motivado pelo machismo.



A legislação penal se tornou mais rigorosa para esses crimes, elevando a pena mínima de seis anos para 12 anos, e a máxima, de 20 para 30 anos. Mas isso não inibiu a fúria masculina. Os homens seguem desafiando a lei. Agridem e matam. Contam com o benefício da progressão de pena por bom comportamento para ter a redução do tempo de privação de liberdade. Ninguém poderá garantir que não repetirão o ato letal fora do presídio.

O machismo é a força propulsora da covardia dos assassinos. Em pleno século 21, os homens ainda se sentem proprietários, ou da companheira, ou da namorada, ou da ex-esposa. É a coisificação da mulher. Para eles, é inadmissível ser deixados por elas, e a punição para esse tipo de insurgência é a morte. Um raciocínio torpe e fútil.

As autoridades reconhecem que há muita dificuldade em prevenir esse tipo de crime, que ocorre, na maioria das vezes, entre quatro paredes. Mas os pedidos de socorro das vítimas da violência doméstica ou as denúncias de ameaças do ex-companheiro não são considerados como deveriam, seja pela polícia, seja pelo judiciário. No ano passado, uma mulher foi morta, no meio da rua, diante do filho, após sair de uma delegacia, no Distrito Federal, onde foi pedir proteção policial devido às ameaças do ex-marido.

Há grande desleixo das autoridades quanto às demandas das mulheres em situação de risco. Perdeu sentido o velho adágio popular “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”. Os movimentos feministas e a maturidade natural das sociedades inverteram a máxima. Agora, em conflito de casal, não só se mete a colher, como se denunciam as agressões morais, psicológicas e físicas, antes que ocorra o assassinato. A legislação prevê e resguarda o anonimato de quem alerta a polícia para uma briga violenta de casal.

O aumento dos casos de feminicídio está associado à falta de educação para equidade de gênero, tema que deveria ser tratado desde a infância, em casa, e se estender ao ambiente escolar. A questão tem que merecer do poder público uma atenção especial. Os jovens precisam ser educados dentro dos parâmetros da cultura de paz, com destaque para a igualdade de direitos de homens e mulheres, mas, sobretudo, no que tange ao respeito a qualquer pessoa.

Os agressores também necessitam ser reeducados e submetidos a tratamento voltado à saúde mental. São providências urgentes, que deveriam constar da pauta das políticas públicas voltadas ao universo feminino. Deveriam, ainda, ser temas de campanhas educacionais. Não se trata de sublimação das bandeiras de luta dos movimentos feministas, mas de questão urgente, pois é a vida de mulheres e o futuro de crianças e jovens que ficam órfãos de mãe devido ao desatino de um machista.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

SERÁ SE A MORTE DA PROFESSORA ADRIANA TAVARES SERÁ MAIS UM CASO DE IMPUNIDADE?

Foto:Portal de Campo Maior
Segundo informações do Portal de Campo Maior, o Tribunal de Justiça do Piauí suspendeu o julgamento do assassino da professora Adriana Tavares, Francisco de Assis Vasconcelos. O agricultor matou a pauladas e pedradas a professora em 2014.

Depois de ficar foragido durante quase 5 anos, Assis foi capturado - depois de denúncias do Jornalista Arnaldo Ribeiro no Programa Cidade Alerta, da TV Antena 10. Após sua captura, o julgamento foi marcado para ocorrera inda este semestre.

Segundo o Portal de Campo Maior, O processo sobre o crime que teve grande repercussão em Campo Maior agora está sendo analisado pelo Tribunal de Justiça, que decidirá se Francisco de Assis vai ou não a Júri Popular.

O juiz da 1ª Vara Criminal de Campo Maior, Múcio Meira chegou a pronunciar Francisco de Assis o qualificando criminalmente para que fosse julgado pelo Tribunal do Júri, mas a defesa do acusado recorreu da sentença de pronuncia, provocando a suspensão do julgamento.
Agora o julgamento do acusado só ocorrerá se o TJ decidir pela manutenção da sentença de pronuncia do juiz da 1ª Vara de Campo Maior.
O crime de homicídio, ou seja, o assassinato da professora Adriana Tavares ocorreu em 2014, na estrada que liga a comunidade Corredores a PI-115, na zona Rural de Campo Maior. Francisco de Assis teria matado a professora a socos e pedradas, após tentar matar a própria esposa Maria das Dores Campos. As duas tentaram fugir do assassino em uma moto".

sexta-feira, 28 de junho de 2019

"Órfãos do feminicídio no Piauí: 71% das vítimas eram mães e deixam em média dois filhos"

Gisleide Alves foi encontrada morta dentro de casa em Teresina — Foto: Reprodução/Facebook

Uma matéria que não podemos deixar de ler. O feminicídio cresce de forma escandalosa e precisamos combater essa chaga.

Famílias das vítimas de feminicídio ficam marcadas pelo crime. De acordo com os dados da polícia, 71% das vítimas no Piauí eram mães e em média deixam dois filhos. Somente este ano, 15 mulheres foram mortas em crimes de ódio motivados pela condição de gênero.

Em 2017 e 2018 foram mantidas a mesma média das vítimas de feminicídio no Piauí, uma variação entre 25 e 26 casos. Não são só as vidas das mulheres que são deixadas para trás. Familiares, amigos, vizinhos ficam para sempre marcados, principalmente os filhos.

"Todo dia quando eu chegava da escola, ela estava deitada, a gente ficava deitada junto, conversando sobre o que aconteceu na aula. Tudo, tudo que acontecia na minha vida, na vida dela a gente compartilhava uma com a outra. Não havia segredo entre a gente", contou a filha de Gisleide Alves dos Santos, morta pelo namorado que havia conhecido apenas há 15 dias, em maio do ano passado.

A filha de Gisleide Alves, que atualmente tem 15 anos, está grávida e mora com o namorado. Ela contou não ter recebido nenhum apoio de instituições públicas.

"Eles nunca vieram, mas fez muita falta, porque psicologicamente não estamos tão bem. A gente é muito confuso com o que aconteceu. Bate saudade às vezes e ficamos sem chão. Mudou tudo, só tinha ela para cuidar da gente. Ela era nossa vida, porque não temos pai", contou emocionada.

A psicóloga Claudete Ricardo comentou o que pode acontecer na vida do filho que teve a mãe vítima desse crime. Segundo ela, a criança pode se tornar agressiva ao longo da vida e ter dificuldade de se relacionar com as pessoas.

"Ela pode ter uma dificuldade de desenvolver o seu auto-conceito, podendo no futuro repetir este ato agressivo na sua convivência, na sua relação social. Ela talvez apresente dificuldade de aprendizagem escolar. A mãe não estará mais presente e a criança vai conviver com o pai ao longo de sua vida, com este homem que se tornou um bandido e que será preso e quer queira quer não, é a referência paterna", explicou.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Cultura da Paz: incidência de assassinatos de mulheres no Brasil


Temos tido aqui no Blog do Professor Jorge Câmara, a postura de colocar à disposição dos nossos leitores todas as informações possíveis no sentido de que, possamos ter subsídios para o combate da maior chaga que a nossa sociedade ver nos dias atuais: o assassinato de mulheres pelo fato de serem mulheres.

A TV Assembleia, no último dia 7 de fevereiro, levou ao ar entrevista com a advogada Lady Kelly Câmara Terto, Secretária A secretária de Comissão da Mulher Advogada da OAB-PI, no programa Palavra Aberta, e fala sobre a Incidência de Assassinatos de Mulheres no Brasil. Ela defende a implementação de políticas de igualdade de gêneros no meio social.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Número de assassinatos de mulheres no Brasil em 2019 preocupa CIDH

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) manifestou, por meio de nota publicada hoje (4), preocupação quanto à elevada incidência de assassinatos de mulheres no Brasil no início deste ano. Segundo a comissão, 126 mulheres foram mortas em razão de seu gênero no país desde o início do ano, além do registro de 67 tentativas de homicídio.

A comissão diz que os que casos chegaram a seu conhecimento exigem do Estado a implementação de estratégias abrangentes de prevenção e reparação integral às vítimas, além de investigações "sérias, imparciais e eficazes dentro de um período de tempo razoável", que possibilitem a punição dos autores dos crimes. Uma das medidas que se fazem urgentes, segundo a CIDH, é a formação, a partir de uma perspectiva de gênero, de agentes públicos e pessoas que prestam serviço público.

"A CIDH enfatiza que os assassinatos de mulheres não se tratam de um problema isolado e são sintomas de um padrão de violência de gênero contra elas em todo o país, resultado de valores machistas profundamente arraigados na sociedade brasileira", diz a nota. 

A comissão também faz um alerta para o aumento dos riscos enfrentados por mulheres em situação de vulnerabilidade por conta de sua origem étnico-racial, orientação sexual, identidade de gênero, situação de mobilidade humana, aquelas que vivem em situação de pobreza, as mulheres na política, jornalistas e mulheres defensoras dos direitos humanos. 

“Durante a visita in loco ao país, em novembro de 2018, a CIDH observou, em particular, a existência de interseções entre violência, racismo e machismo, refletidas no aumento generalizado de homicídios de mulheres negras. Ademais, a comissão vê com preocupação a tolerância social que perdura diante dessa forma de violência, bem como a impunidade que continua caracterizando esses graves casos", diz.

Na nota, a organização, vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), cita o fato de que o Brasil concentrou 40% dos feminicídios da América Latina, em 2017. "A impunidade que caracteriza os assassinatos de mulheres em razão de seu gênero transmite a mensagem de que essa violência é tolerada", diz a CIDH.

A presidenta da CIDH, Margarette May Macaulay, reconhece o valor da lei que tipifica o feminicídio no Brasil, ao mesmo tempo que entende ser essencial que as autoridades competentes não minimizem a gravidade das queixas prestadas pelas vítimas. “É inadmissível que mulheres com medidas protetivas sejam mortas, que não contem com espaços seguros", diz Margarette, que também é relatora da comissão sobre os Direitos das Mulheres.

sábado, 26 de janeiro de 2019

Menina de 13 anos é encontrada morta com sinais de violência sexual no interior do Piauí


Uma menina de apenas 13 anos foi encontrada morta na tarde deste sábado em Simplício Mendes.

A Menina foi identificada como Letícia Maria Costa de Arruda, e foi encontrada já sem vida no inicio da tarde deste sábado 26/12. O acusado de ter cometido este crime bárbaro é um adolescente de 16 anos que por ser menor de idade não pode ter o nome revelado. A cidade está abalada com este crime.

As informações apuradas são que o pai da menina teria sentido sua falta e decidiu procura-la, ele notou que a porta dos fundos de sua casa estava aberta e achou estranho, saiu e encontrou a jovem já sem vida.

A polícia militar foi acionada e ao chegar ao local foi possível apurar que a menina estava de short e blusa e com possíveis sinais de violência sexual. O corpo de Leticia foi encaminhado para a cidade de Picos.

O elemento suspeito de cometer esse terrível crime foi apreendido.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Brasil é o primeiro em violência contra a mulher

BRASIL CONCENTROU 40% DOS FEMINICÍDIOS DA AMÉRICA LATINA EM 2017



Agência Brasil - A cada dez feminicídios cometidos em 23 países da América Latina e Caribe em 2017, quatro ocorreram no Brasil. Segundo informações da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), ao menos 2.795 mulheres foram assassinadas na região, no ano passado, em razão de sua identidade de gênero. Desse total, 1.133 foram registrados no Brasil. 
O levantamento também ranqueia os países a partir de um cálculo de proporção. Nessa perspectiva, quem lidera a lista é El Salvador, que apresenta uma taxa de 10,2 ocorrências a cada 100 mil mulheres, destacada pela Cepal como "sem paralelo" na comparação com o índice dos demais países da região. 
Em seguida aparecem Honduras (5,8), Guatemala (2,6) e República Dominicana (2,2) e, nas últimas posições, exibindo as melhores taxas, Panamá (0,9), Venezuela (0,8) - também com uma base de 2016, e Peru (0,7). Colômbia (0,6) e Chile (0,5) também apresentam índices baixos, mas têm uma peculiaridade, que é o fato de contabilizarem somente os casos de feminicídio perpetrado por parceiros ou ex-parceiros das vítimas, chamado de feminicídio íntimo.
Leia a matéria na íntegra AQUI

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Para Regina, educação é a saída para enfrentar o feminicídio

Regina Sousa
Foto: Roque de Sá/ Agência Senado
A senadora Regina Sousa (PT-PI) manifestou preocupação com os casos de feminicídio no Brasil e, de maneira especial, no Piauí. Em pronunciamento ao plenário, nessa terça-feira (24), ela lembrou que, apenas na semana passada, dois casos mobilizaram e comoveram a opinião pública.
“Eu acho que a gente tem que se juntar. Eu tenho dito sempre que a questão da violência contra a mulher e a questão do empoderamento da mulher também, são bandeiras nossas e precisam ser discutidas com os homens. A gente faz seminários, faz seminários, mas só há mulheres. Não! Temos que levar os companheiros, os namorados, os irmãos, os pais para discutirem essa questão”, enfatizou a senadora.
Ela destacou o esforço do governo do estado, que desenvolveu e já conta com recursos que garantem a solução de todos os casos de feminicídio. O Piauí tem, hoje, delegacias com plantão de gênero, 24 horas à disposição. Também conta com o aplicativo Salve Maria. Apesar de todos esses esforços, em 2017, o Piauí registrou 23 casos de feminicídio.
Para ela, a educação e a discussão do tema em família – primeiro educando as crianças e, depois, conversando com os companheiros – são as melhores maneiras de enfrentar o problema.
“É preciso educar a criança para a não violência; incutir na cabeça dela uma cultura de paz; ensinar que o menino não é melhor que a menina, não pode mais que a menina, não pode bater na irmãzinha. Então, os pais não podem dizer para o menino: "Você é o homem da casa; tome conta da sua irmã!" Porque ele se achará empoderado; para bater inclusive, para castigar. Então, se não houver educação, se as escolas não discutirem”, afirmou.
A senadora lembrou que apresentou projeto que cria os centros de reeducação dos agressores. Ela defende que se não se educarem esses homens enquanto estiverem presos, vão sair da prisão e vão ser agressores de novo. A proposta já foi aprovada pelo Senado e está em tramitação na Câmara dos Deputados.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Feminicídio, uma realidade que o Brasil precisa reconhecer


A estudante Raphaella Noviski, de 16 anos, foi morta com 11 tiros no rosto dentro da sala de aula, em Alexânia (GO). Segundo o próprio assassino, a arma foi comprada um ano antes com esse intuito. Um feminicídio claro, segundo a própria delegada do caso, por se tratar de um crime sexista motivado por um “sentimento de posse” por parte do suspeito. Tal reconhecimento, no entanto, ainda é uma raridade no País.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 4.657 mulheres foram assassinadas no ano passado no Brasil, mas apenas 11,4% desses casos foram reconhecidos como morte em razão de gênero. Apesar deste estudo não fazer um recorte étnico, o Atlas da Violência mais recente mostra que as principais vítimas são as mulheres negras (63,5% de todas as assassinadas em 2015).

O medo começa dentro de casa. Segundo um levantamento do Mapa da Violência, 50,3% dos assassinatos de mulheres no Brasil são cometidos por familiares. Os números no maior Estado do País também assustam: de todas as mulheres mortas em São Paulo no primeiro semestre deste ano, mais de 30% foram vítimas do marido ou do companheiro.

Os dados chocam, mas parecem ainda não ter sensibilizado completamente o País – especialmente os homens. Uma sugestão popular recebeu mais de 26 mil assinaturas de apoio para retirar o termo feminicídio do código penal. Com isso, a proposta conseguiu número suficiente (são necessários 20 mil) para ser analisada pela Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH). O autor é Felipe Medina, de Minas Gerais.

Para a presidenta da CDH do Senado, Regina Sousa (PT-PI), a apresentação dessa proposta é uma prova de que a sociedade brasileira ainda não entendeu o que é feminicídio. “Infelizmente apareceu esse projeto e ele precisa ser apreciado. Mas acredito que os senadores que aprovaram o feminicídio há tão pouco tempo não concordarão com uma proposta dessas. As mulheres estão em busca de avanços, porque todos os dias elas têm os seus direitos violados”, disse a senadora.

Regina lembra que a tipificação desse tipo de crime é o resultado da luta das mulheres, não havendo razão para modificar a legislação específica (Lei Nº 13.104 /2015). “Estamos muito longe ainda de poder dizer que este tipo de crime está banido do cenário brasileiro. E ele é cometido por um motivo específico: o sentimento de posse do agressor sobre sua vítima”, afirmou.

A Lei 13.104/2015 define que feminicídio é o homicídio doloso (com a intenção de matar) cometido contra mulheres e motivado por violência doméstica, familiar, menosprezo ou discriminação ao sexo feminino. A pena para um homicídio simples varia de 6 a 20 anos de detenção, enquanto o feminicídio impõe de 12 a 30 anos

Crédito: Assessoria de Comunicação da Senadora Regina Sousa,

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Chega! Assassinato de mulher no Piauí é o maior do Brasil

Camila Abreu, de 21 anos, desaparecida desde o dia 26/10
O número de assassinato de mulher no Brasil é algo estarrecedor: 1 mulher foi morta a cada duas horas no país. Isso corresponde a um comportamento estúpido do machismo brasileiro.

Dentro dessa estatística assustadora, o Piauí se destaca com o maior número de mulheres mortas no Brasil. O feminicídio, que se configura quando é comprovada as causas do assassinato, devendo este ser exclusivamente por questões de gênero, ou seja, quando uma mulher é morta simplesmente por ser mulher. O feminicídio é uma qualificadora do homicídio, incluída no código penal em 2015, que leva em conta as condições em que a morte aconteceu. 

Das 67 mulheres mortas no Piauí, no período de 2015-2016, 57% foram pela condição de ser mulher. A taxa no Brasil de feminicídio corresponde a 11,4%, o que eleva o estado à condição de primeiro lugar nesse tipo de crime. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Até o fechamento dessa matéria, ainda não havia nenhuma informação do desaparecimento da estudante de direito Camila Abreu, de 21 anos, e, segundo a polícia, a suspeita-se que o namorado - tenente da Polícia Militar do Piauí - esteja envolvido.


segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Violência pode estar novamente no tema da redação ENEM 2017

Olá,

No momento que retornamos a oferecer às nossas leitoras e leitores, aproveitamos para fazer um pouco de reflexão sobre a possibilidade de alguns temas na Redação ENEM 2017. Sistematicamente, alertamos em nossas aulas da possibilidade da violência ser mais uma vez a reflexão do exame.

Vários sites que trazem postagens sobre o Enem dão esse tema como possível. Em 2015, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) trouxe à tona em sua proposta de redação uma problemática bastante pungente em nossa sociedade: o aumento dos casos de violência contra a mulher. Na última década, o #Governo já havia tomado algumas atitudes com relação ao tema, tais como a criação de um disque denúncia, uma delegacia da mulher e a própria instituição da Lei Maria da Penha. Porém, as estatísticas com relação às incidências de feminicídio, violência física e moral apenas aumentaram. 

Em 2016, foi a vez de duas temáticas surgirem, já que foram realizados dois exames, devido a algumas escolas públicas estarem em manifestação. Os preconceitos religioso e racial subiram ao palco do exame como problemas que nos levam à violência da intolerância. A especulação de que novamente o tema possa estar no cenário da violência vem do fato de uma análise sóbria a respeito das estatísticas anuais. Em sua coletânea de textos que servirão de apoio ao candidato, é uma tradição do #ENEM trazer uma série de informações numéricas que denotam uma realidade mais enfática do problema que está sendo abordado. Quando os números reveladores de um fator negativo à sociedade revelam um aumento, soa um alarme aos elaboradores da prova.

Existe na prova de redação um critério de análise obrigatório há mais de 10 anos, a criação de uma proposta de intervenção social para o problema apresentado, em que o candidato deverá apresentar soluções cabíveis para sanar ou até solucionar o problema.