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| Joãozinho Félix X Conceição Lima: Quando o perdão é mais político do que humano |
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Entre gestos e interesses: a reconciliação que divide opiniões
Joãozinho Félix X Conceição Lima: Quando o perdão é mais político do que humano Durante as eleições de 2020, a professora e vereadora C...
segunda-feira, 13 de outubro de 2025
Entre gestos e interesses: a reconciliação que divide opiniões
Durante as eleições de 2020, a professora e vereadora Conceição Lima foi alvo de ataques que ultrapassaram o campo da disputa política. O embate eleitoral foi marcado pelos discursos de Joãozinho Félix que feriram não apenas sua trajetória pública, mas também sua dignidade como mulher, educadora e gestora. Termos pejorativos como "Coruja" e insinuações sobre sua conduta - especulação de compra de votos - circularam amplamente, transformando o debate de ideias em um palco de agressões pessoais.
Hoje, ao reaparecerem lado a lado em um vídeo que exalta o “clima republicano”, prefeito e vereadora simbolizam uma trégua política. No entanto, para parte da população, o gesto ainda carrega a lembrança das feridas abertas naquele processo eleitoral. Decisões administrativas posteriores, como o fechamento da Escola Dr. Milton Soldane Afonso, que se transformou na vingança mais perversa e odiosa do prefeito, que em entrevistas dizia que a vereadora queria ganhar R$ 60.000,00 do Município, são interpretadas por muitos como movimentos estratégicos, revestidos de cordialidade, mas guiados por interesses políticos.
O reencontro público, portanto, vai além da reconciliação pessoal: ele revela as complexas relações de poder que marcam a política de Campo Maior, onde o perdão e a conveniência parecem caminhar lado a lado e muitas pessoas não conseguem viver longe das mamatas que o lado mandante oferece.
Entre a cruz e a espada, Conceição e o esposo Edvaldo Lima, são fortes no Governo do Estado. Conceição tem o mando das vagas da Penitenciária Regional José Arimateia Barbosa Leite (onde indica e desindica servidores contratados) e Edvaldo é Diretor Regional da Saúde, cargo que agrega grande importância estratégica na região.
segunda-feira, 6 de outubro de 2025
O veneno que escapa à fiscalização
As recentes ocorrências de intoxicação por metanol em bebidas destiladas revelam, mais uma vez, a alarmante fragilidade da legislação e da fiscalização no Brasil. Enquanto o país contabiliza mortes e internações, o comércio clandestino de bebidas adulteradas continua a agir impunemente, explorando brechas legais e a lentidão do poder público. Não é de hoje que o mercado ilícito de destilados prospera à sombra da negligência estatal. Falta rigor na rastreabilidade da produção, na concessão de licenças e no controle da circulação do etanol industrial, frequentemente desviado para uso criminoso.
Os alertas do Ministério da Saúde e as ações emergenciais do governo, embora necessárias, chegam tarde para as vítimas. A ausência de políticas preventivas e de fiscalização contínua torna as medidas reativas e insuficientes. Além disso, a desarticulação entre os órgãos responsáveis — Receita Federal, Anvisa, Ministério da Justiça e secretarias estaduais — cria um vácuo de responsabilidade que favorece o crime e põe em risco a saúde pública.
Urge uma reforma profunda na política de controle de bebidas alcoólicas. É preciso fortalecer os sistemas de monitoramento, endurecer as penas para adulteração e garantir a presença do Estado nas etapas de produção e distribuição. Enquanto o lucro fácil falar mais alto que a vida, e o Estado permanecer inerte, o copo do brasileiro seguirá exposto ao risco de conter veneno em vez de celebração.
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sábado, 27 de setembro de 2025
Campo Maior poderia ser destino, mas continua sendo promessa
Neste Dia Mundial do Turismo, cabe refletir sobre os caminhos e descaminhos dessa atividade em Campo Maior. O município, detentor de vasta riqueza natural, histórica e cultural, ainda está muito aquém de suas potencialidades turísticas. As administrações que se sucederam, ora ignoraram os inúmeros nichos existentes, ora se fecharam aos reclames da população que, há tempos, reivindica investimentos e planejamento estruturado para o setor.
Recentemente, um seminário promovido pelo IFPI local e pelo Conselho Regional de Administração reuniu representantes do poder público e da iniciativa privada para discutir turismo e hotelaria. A iniciativa é louvável, mas precisa se transformar em ações concretas, que impulsionem o desenvolvimento da cidade e gerem oportunidades para a comunidade.
O turismo não é apenas lazer; é economia, geração de emprego e fortalecimento da identidade cultural. Campo Maior merece sair da condição de promessa para se tornar referência no cenário turístico piauiense. O momento é de união e coragem política para transformar potencial em realidade.
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quinta-feira, 25 de setembro de 2025
Vereadora denuncia risco de fim do Campo Maior Prev e critica descaso da administração
A vereadora Jacinta Bandeira (MDB) denunciou, em entrevista concedida nesta quarta-feira (24) ao Jornal da 100, da Rádio 100, que há grande preocupação entre os servidores municipais de Campo Maior com a possibilidade de encerramento do Campo Maior Prev, regime próprio de previdência do município. Segundo a parlamentar, a gestão do prefeito Joãozinho Félix estaria estudando o retorno ao Regime Geral de Previdência Social (INSS), medida que, se confirmada, traria sérios prejuízos principalmente aos professores e demais servidores efetivos.
Criado para assegurar aposentadorias mais justas e compatíveis com a realidade local, o Campo Maior Prev representa uma conquista histórica do funcionalismo municipal. A previdência própria garante aos servidores um vínculo direto com os recursos que eles mesmos contribuem, além de permitir um planejamento financeiro mais transparente e voltado para a valorização da categoria.
Entretanto, de acordo com Jacinta Bandeira, a atual administração não tem realizado os devidos repasses, tanto da parte dos servidores quanto da parte patronal. “Pelo andar da carruagem, percebemos que não há prioridade em manter a saúde financeira do instituto”, afirmou a vereadora.
Caso a mudança se concretize, haverá perdas salariais significativas, principalmente para os profissionais da educação, que já enfrentam dificuldades diante da desvalorização da carreira. Para os servidores, trata-se de um retrocesso que demonstra descaso e falta de compromisso da gestão municipal com os direitos conquistados.
Jacinta destacou ainda que a Câmara de Vereadores deve acompanhar de perto a situação e que os trabalhadores não podem ser penalizados pela má gestão dos recursos. “A previdência própria é patrimônio do servidor, e o seu fim representaria um golpe duro contra toda a categoria”, concluiu.
quarta-feira, 24 de setembro de 2025
Campo Maior Paga com Sangue o Preço do Trânsito Caótico
Viver em Campo Maior está nos custando caro — não só em vidas, mas em sofrimento, medo e no abalo social que cada acidente de trânsito provoca. As reportagens recentes são chocantes: motociclistas atropelados e mortos, colisões frontais, pessoas gravemente feridas — muitos em trechos onde há evidente negligência de sinalização, fiscalização ou planejamento adequado.
Há também os eventos de manobras perigosas — “grau”, motos circulando sem habilitação, condutores alcoolizados — que demonstram não só imprudência individual, mas uma falha sistemática de controle, fiscalização contínua e educação de trânsito.
Enquanto isso, orçamentos municipais e estaduais para trânsito, para multas, licenciamento, cobranças diversas — tudo isso circula em cifras elevadas. Mas onde está esse recurso sendo inteiramente aplicado? Na pavimentação de algumas vias há avanços, como nos casos das obras recentes de infraestrutura urbana. Governo do Piauí Mas a desordem no tráfego, a falta de monitoramento, a sinalização precária e a ausência de campanhas educativas apontam que boa parte dos recursos não está sendo investida com a prioridade que a gravidade do problema exige.
Não adianta investir em asfaltos se motoristas continuam dirigindo alcoolizados, se muitos motociclistas não têm habilitação, se a fiscalização é esporádica e reativa em vez de preventiva. O dano já está sendo medido em corpos, em histórias interrompidas, em famílias destruídas.
Também pesa a responsabilidade de órgãos públicos locais: o departamento de trânsito municipal, os gestores responsáveis pelo ordenamento das vias, pela sinalização — vertical, horizontal — e pela fiscalização. A julgar pelo número de acidentes, pelo volume de infrações detectadas tardiamente e pela falta de respostas estruturais, estamos muito aquém do que se esperava. A população paga impostos, multas, taxas de licenciamento, e espera que esse dinheiro seja revertido em segurança viária, mas o retorno está distante.
É imperativo que haja um novo compromisso: planejamento urbano voltado ao trânsito; políticas de educação de condutores; fiscalização permanente — inclusive na zona rural e nos acessos principais; sinalização clara e manutenção constante; e transparência na aplicação dos recursos arrecadados. Só assim deixaremos de pagar esse preço tão alto — de vidas perdidas e sonhos interrompidos — por conta de negligência e desorganização.
Campo Maior precisa urgentemente acordar para esse drama. Não podemos continuar normalizando que famílias sejam destruídas por acidentes evitáveis. A cidade não merece apenas obras parciais ou paliativas: merece um trânsito seguro, justo e bem administrado.
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segunda-feira, 22 de setembro de 2025
Cuidados com a saúde na primavera exigem atenção no Piauí
Mesmo sem ter a primavera marcada como no Sul e Sudeste, o Piauí também sente os efeitos da estação que começou. A chegada desse período traz mudanças no clima que podem provocar problemas de saúde, principalmente respiratórios e de pele.
Especialistas alertam que a combinação de calor, vento e maior presença de pólen no ar favorece o aumento de alergias como rinite, asma e bronquite. Além disso, a poeira e a proliferação de ácaros dentro de casa podem agravar ainda mais os sintomas.
As reações mais comuns nesta época do ano são espirros constantes, coceira no nariz e nos olhos, dificuldade para respirar, tosse e até irritações na pele. Quem já tem histórico de alergia precisa redobrar os cuidados.
Entre as recomendações médicas estão a lavagem do nariz com soro fisiológico, manter os ambientes ventilados e evitar o acúmulo de poeira em cortinas, tapetes e roupas de cama. O uso de antialérgicos deve ser feito somente com prescrição médica, para evitar riscos à saúde.
Outro alerta é para manter a hidratação em dia, bebendo bastante água, e usar protetor solar, já que o sol mais intenso também pode causar irritações e queimaduras.
Mesmo que o Piauí não viva a primavera de forma típica, os cuidados precisam ser redobrados. Afinal, saúde em primeiro lugar é o melhor jeito de aproveitar a estação sem sustos.
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domingo, 21 de setembro de 2025
A voz das ruas contra a PEC da Bandidagem
Neste domingo, 21 de setembro, o Brasil se mobiliza em diferentes capitais e cidades para protestar contra o que já vem sendo chamado de a maior aberração política do século XXI: a chamada “PEC da Blindagem”, que nas ruas ganhou o sugestivo nome de “PEC da Bandidagem”. No Blog do Professor Jorge Câmara, não podemos deixar de registrar a gravidade desse momento histórico, em que a sociedade ergue sua voz contra uma tentativa clara de institucionalizar privilégios criminais a parlamentares.
Em pleno século XXI, imaginar que representantes do povo possam legislar para escapar da Justiça é admitir o colapso da democracia. Mais do que uma proposta absurda, essa PEC abre um precedente perigosíssimo: a possibilidade de marginais comprarem mandatos e, a partir de seus gabinetes, comandarem o crime organizado sob a proteção da imunidade parlamentar. A história recente já nos oferece exemplos concretos, como o de um deputado paulista envolvido diretamente com milícias, abastecendo-as com armas e munições enquanto se escondia atrás dos privilégios do cargo.
O risco é real e palpável. Se o crime organizado já conseguiu infiltrar-se no seleto mundo da Faria Lima, reduto de magnatas e investidores, não é difícil imaginar sua presença, agora legitimada, dentro da Câmara dos Deputados e do Senado. O que deveria ser a casa do povo se converte, nesse cenário, em bunker para criminosos engravatados.
O Blog do Professor Jorge Câmara acompanha a indignação popular e reforça a necessidade de vigilância cívica. A democracia não se sustenta com blindagem, mas com responsabilidade, ética e transparência. O que está em jogo é o futuro do país e a credibilidade de suas instituições.
Hoje, ao ecoarem nas ruas os gritos de “não à PEC da Bandidagem”, o Brasil mostra que não aceitará passivamente a blindagem da corrupção. Mais do que um protesto, trata-se de um ato de defesa da democracia, da justiça e da esperança em um país onde ninguém esteja acima da lei.
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terça-feira, 16 de setembro de 2025
Salve o Setembro Amarelo
O Setembro Amarelo é um mês dedicado à valorização da vida e à prevenção do suicídio, mas em Campo Maior as ações ainda são tímidas, restritas a pequenos grupos de servidores que posam para fotos e postagens em redes sociais. É válido, mas insuficiente. Nem todos acompanham esses perfis institucionais, e campanhas de saúde pública precisam atingir toda a sociedade.
A saúde mental exige mais que gestos simbólicos: demanda escuta, acolhimento e presença efetiva. Onde estão os outdoors chamando atenção? Onde está a panfletagem nas ruas, as rodas de conversa abertas à comunidade, as visitas domiciliares da atenção básica? A vida não pode esperar curtidas.
É urgente ampliar o alcance das ações, transformar o Setembro Amarelo em um movimento visível, acessível e inclusivo. Silenciar ou minimizar o tema é perpetuar o sofrimento de muitos. Que Campo Maior desperte para a responsabilidade coletiva de cuidar da mente e do coração de sua gente.
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Estudantes de Campo Maior são motivados a alcançar grandes resultados no SAEPI, SAEB e ENEM
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| 5ª GRE realiza manhã de apendizado |
Visando fortalecer a participação e o desempenho dos estudantes de Campo Maior nas avaliações do SAEPI, SAEB e ENEM, a 5ª Gerência Regional de Educação promoveu, na cidade, uma manhã de reflexão com o professor Raonix Sousa, da cidade de Fronteiras.
O encontro foi marcado por momentos de descontração, aprendizado e inspiração. Segundo a professora Lucimeire Medeiros, “o professor Raonix, através de uma linguagem peculiar e do uso da música, conseguiu envolver os alunos, promovendo interação e engajamento de forma leve e significativa”.
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| Raonix "Campo Maior tem potencial" |
Em sua fala, o professor Raonix destacou que este é um momento essencial de conscientização, lembrando que os estudantes de Campo Maior têm grandes possibilidades de alcançar notas expressivas nas avaliações externas. Para ele, cada jovem presente carrega potencial para transformar esforço em conquistas e abrir caminhos para novas oportunidades.
Assim, a manhã não foi apenas de preparação, mas de motivação, renovando a confiança de que Campo Maior está pronto para voar mais alto e alcançar resultados cada vez mais significativos.
domingo, 31 de agosto de 2025
Academia de Letras do Território dos Carnaubais (ALTEC) celebra 14 anos com posse de nova imortal
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| Mazé Félix (ao centro) recebe as boas-vindas dos acadêmicos |
Ontem (30/08), ao comemorar seus 14 anos de criação, a Academia de Letras do Território dos Carnaubais – ALTEC – deu posse a mais uma imortal. A professora e gestora educacional Mazé Félix, atual Secretária Municipal de Educação, assumiu a Cadeira nº 31, cujo Patrono é João Félix de Andrade.
Em uma solenidade bastante concorrida, Mazé Félix foi empossada pelo presidente da ALTEC, advogado, professor e cordelista Assis Lima, que destacou a relevância da nova acadêmica: “Como professora e gestora educacional, Mazé trará à ALTEC muitas contribuições importantes para as letras e para a cultura campo-maiorense”, afirmou.
Em seu discurso, a nova imortal expressou a emoção de integrar tão importante instituição cultural: “Envidarei todos os esforços para contribuir com a magnitude da nossa cultura, com a importância de Campo Maior como centro do Território dos Carnaubais e com a preservação de sua história na luta pela Independência brasileira”, disse emocionada.
A solenidade contou com a presença de diversas autoridades, entre elas o prefeito Joãozinho Félix, irmão da empossada, que ressaltou sua alegria: “A posse da Mazé não é uma surpresa, pois sempre trabalhou pela educação e, consequentemente, pela cultura. Além disso, o fato de meu pai ser o Patrono da Cadeira 31 torna este momento duplamente especial”, declarou.
Sobre a ALTEC
A Academia de Letras do Território dos Carnaubais (ALTEC) é uma instituição que, há 14 anos, se dedica à valorização da produção literária e cultural de Campo Maior e de toda a região. Congrega escritores, poetas, cordelistas e intelectuais, fortalecendo a identidade cultural e preservando a memória coletiva do Território dos Carnaubais.
Desde sua fundação, a ALTEC promove eventos, lançamentos de livros, saraus, rodas de cordel e atividades educativas que aproximam a comunidade das letras e das artes. Seu papel vai além do simbolismo das cadeiras: trata-se de um espaço de resistência cultural, que reafirma a tradição e, ao mesmo tempo, abre caminhos para as novas gerações de escritores e artistas.
Com 14 anos de trajetória, a Academia consolida-se como uma das instituições mais significativas no campo da cultura campo-maiorense, mantendo viva a herança literária e estimulando a criação de novas obras que dialogam com o presente e projetam o futuro das letras no Piauí.
quarta-feira, 20 de agosto de 2025
domingo, 17 de agosto de 2025
A ponta do iceberg: prisões isoladas não salvam a infância perdida
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| Todos sabiam, mas ninguém tomou providência Hytalo Santos - Foto Instagram |
Até quando seguiremos fechando os olhos para os absurdos que acontecem diante de nós? A prisão de Hytalo Santos é apenas a ponta de um iceberg que revela uma realidade dolorosa e de extrema complexidade. A cada dia, crianças são exploradas sexualmente, adultizadas precocemente ou submetidas a violências diversas. E nós, enquanto sociedade, permanecemos calados, muitas vezes fingindo não ver o que está diante de nossos olhos.
No nosso município, a situação é ainda mais alarmante. As políticas públicas que deveriam proteger a infância são frágeis, acanhadas, burocratizadas e, por vezes, reduzidas a meros registros fotográficos em redes sociais, sem efetividade real. Quantas campanhas de prevenção são de fato realizadas ao longo do ano? Quantas orientações chegam até as famílias, as escolas, as igrejas e os demais espaços coletivos?
A omissão também se estende a órgãos que deveriam atuar de forma incisiva. Onde está o Conselho Tutelar, que deveria ser a linha de frente na defesa dos direitos das crianças? Onde está o Ministério Público, que tem a obrigação legal de cobrar providências e fiscalizar a execução das políticas públicas?
A verdade é que vivemos em uma rede de silêncios. Silêncio das autoridades, silêncio das instituições, silêncio de uma sociedade que prefere não se incomodar. Enquanto isso, vítimas inocentes crescem marcadas por traumas irreparáveis.
Não basta prender um ou outro acusado. É necessário um enfrentamento coletivo, sério e constante. Precisamos de campanhas permanentes, de políticas públicas efetivas e de instituições que funcionem de fato. A infância não pode continuar sendo negligenciada. O futuro exige coragem — e coragem começa pelo fim da omissão.
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quinta-feira, 14 de agosto de 2025
Nova Lei no Espírito Santo Protege Profissionais da Educação
Uma nova lei estadual, já em vigor em todo o Espírito Santo, promete mudar a forma como casos de violência contra profissionais da educação são tratados. Agora, quem ameaçar ou agredir professores, coordenadores, bedéis, bibliotecários, auxiliares ou qualquer outro trabalhador da escola poderá ser responsabilizado judicialmente.
O diferencial é que, se o agressor for menor de idade, os pais ou responsáveis também poderão responder na Justiça. Eles poderão ser obrigados a indenizar por danos morais, materiais ou estéticos e até responder por omissão, caso se comprove negligência na educação do filho.
A lei determina que qualquer caso de ameaça ou agressão seja comunicado imediatamente à Polícia Militar. A direção da escola deve registrar boletim de ocorrência, informar o Ministério Público e afastar o agressor do convívio com a vítima. Tudo isso deve ser formalizado por escrito em até 36 horas.
O profissional agredido tem direito a atendimento médico ou no IML, retirada de pertences com segurança e acompanhamento das equipes de apoio. Essas medidas visam garantir que a vítima não fique exposta novamente ao agressor e que receba todo suporte necessário.
Essa legislação marca um avanço na valorização e segurança dos trabalhadores da educação, transformando advertências brandas em consequências reais. Para nós, professores, é um reforço de que nosso trabalho deve ser respeitado e que nossa integridade física e emocional é prioridade.
Mais do que punir, a lei busca prevenir, estabelecendo que respeito é o primeiro passo para um ambiente escolar saudável.
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domingo, 3 de agosto de 2025
"Promoção Automática": O Grande Engano que Está Destruindo a Educação Brasileira!
A promoção automática de alunos, sem exigir conhecimentos mínimos, virou um pesadelo para o ensino no Brasil. Estudantes passam de ano sem saber ler, escrever ou fazer contas básicas, gerando uma legião de "analfabetos funcionais" com diploma.
Especialistas alertam: essa política bem-intencionada, mas mal executada, só piora a crise educacional. Avançar sem aprender é uma farsa que prejudica o aluno, o professor e toda a sociedade.
Alguns estados já começam a rever esse modelo, criando sistemas de avaliação e recuperação de aprendizagem. Mas a mudança precisa ser urgente e nacional. Se queremos um futuro melhor, é hora de acabar com a mentira da promoção automática e priorizar o ensino de verdade.
A educação não pode ser um jogo de fingimento. Ou o aluno aprende, ou o Brasil perde.
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quinta-feira, 31 de julho de 2025
"Professores Viram Alvo: Justiça Age Contra Alunos Violentos e Cobra Responsabilidade dos Pais"
Nos últimos meses, o Judiciário brasileiro tem tomado decisões importantes para proteger professores vítimas de agressões no ambiente escolar. Um caso recente no Distrito Federal chamou a atenção: dois estudantes agrediram um professor com deficiência visual após ele pedir que guardassem os celulares. A Justiça determinou que os alunos mantenham distância de 300 metros, além de proibir qualquer contato com a vítima por 180 dias.
Em Belo Horizonte, um estudante empurrou e ofendeu uma professora por ela negar o uso do celular em sala. A escola suspendeu o aluno e a Secretaria de Educação acionou o Conselho Tutelar. Já no Rio de Janeiro, o Tribunal de Justiça condenou a prefeitura a pagar R$ 25 mil de indenização a uma professora agredida por um aluno, entendendo que o município falhou na proteção ao ambiente escolar.
As decisões judiciais não se limitam à violência física: também têm amparado professores vítimas de agressões verbais, ameaças e humilhações. Em muitos casos, além das punições aos alunos, o Estado é responsabilizado por omissão.
Outro ponto que tem sido cada vez mais discutido é a responsabilidade dos pais ou responsáveis legais. A legislação brasileira prevê que eles respondam civilmente pelos atos cometidos por seus filhos menores de idade. Isso significa que podem ser obrigados a pagar indenizações por danos morais ou materiais sofridos pelos professores, além de serem convocados a participar de audiências, acompanhamentos psicológicos e orientações junto aos conselhos tutelares. A atuação da família, portanto, é essencial para prevenir casos de violência e colaborar com um ambiente escolar mais seguro e respeitoso.
domingo, 27 de julho de 2025
Fé, Cultura e Axé marcam o II Encontro das Deusas das Águas em Teresina
A programação teve início no Encontro dos Rios, ponto simbólico da cidade, com rituais de purificação que incluíram banhos de ervas, defumação e práticas de limpeza espiritual. Ao lado da estátua do Cabeça de Cuia, representantes dos terreiros realizaram um padê dedicado a Exu, orixá guardião dos caminhos, como pedido de proteção e abertura de caminhos para o cortejo.
Em seguida, uma vibrante caminhada seguiu em direção ao Parque Vila Poti, também conhecido como Polo Cerâmico. Durante o trajeto, mães e pais de santo entoaram cânticos tradicionais em homenagem aos Orixás, Entidades e Encantados cultuados nas diversas religiões afro-brasileiras, como Umbanda, Candomblé, Jurema, Terecô, Tambor de Mina e Quimbanda.
No Monumento das Deusas das Águas, ponto culminante do evento, os participantes prestaram homenagens a Iemanjá e Oxum, orixás que simbolizam, respectivamente, as águas salgadas e doces. O momento foi marcado por orações, saudações e agradecimentos.
A celebração também contou com tendas temáticas, barracas de produtos religiosos, apresentações de grupos de tambozeiros, falas de lideranças religiosas e um show de encerramento, fortalecendo os laços de fé, resistência e identidade cultural.
Fonte: Portal das Luzes
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segunda-feira, 21 de julho de 2025
O legado vivo de Raimundo Pereira na Fundação Maria Luiza Rocha
A Fundação Maria Luiza Rocha segue firme em sua missão de transformar vidas, mantendo vivo o legado do economista Raimundo Pereira, idealizador da instituição. Visionário, ele acreditava que o fortalecimento da economia de Campo Maior passava pela valorização das pessoas, especialmente mulheres e jovens, por meio da educação e do empreendedorismo.
Esse sonho continua sendo construído pelas mãos da assistente social Luzia Pereira, gestora técnica de projetos e articuladora da Fundação, que tem ampliado as ações da entidade com foco no desenvolvimento humano e social.
Na última quinta-feira, a Fundação promoveu um curso de capacitação para mulheres empreendedoras, incentivando a autonomia financeira e o protagonismo feminino. A atividade reuniu participantes de diversos bairros, reforçando o papel da Fundação como agente de transformação.
Sob a liderança comprometida de Luzia, a instituição continua a honrar o espírito solidário de Raimundo Pereira, reafirmando seu compromisso com uma economia mais justa e inclusiva para Campo Maior.
#empreendedorismo #mulheres empreendedoras
sábado, 19 de julho de 2025
MEC realiza seminário sobre Inteligência Artificial na Educação Básica
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| Foto: divulgação MEC |
O Ministério da Educação (MEC) promoveu, nos dias 17 e 18 de julho, em Brasília (DF), o seminário “Inteligência Artificial na Educação Básica: construindo referenciais nacionais”. O evento, que ocorreu no auditório do Inep, reuniu cerca de 250 participantes e contou com transmissão ao vivo pelo canal do MEC no YouTube.
A ação integra a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec) e teve como objetivo debater o uso ético, pedagógico e crítico da IA nas escolas públicas. As discussões se organizam em três eixos: práticas pedagógicas com IA, desafios no uso de tecnologias digitais e integração ética da IA na educação.
Na abertura, a secretária de Educação Básica, Kátia Schweickardt, reforçou que a IA deve ser aliada dos professores, não uma substituta. Também foram apresentados, pela Unesco, os marcos referenciais de competências em IA para professores e estudantes, traduzidos pela primeira vez para o português.
O seminário é promovido pelo MEC em parceria com a Unesco Brasil e o Cetic.br/NIC.br, reunindo especialistas, gestores públicos, pesquisadores e representantes da sociedade civil.
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terça-feira, 15 de julho de 2025
Gravado às Escondidas por Aluna, Professor é Vingado pela Justiça: Liberdade em Sala de Aula Está Viva!
Em uma decisão considerada histórica, a Quinta Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Santa Catarina anulou o processo administrativo que afastou um professor de História da rede pública após uma gravação feita sem sua autorização por uma aluna dentro da sala de aula.
O relator do caso foi enfático: “Sala de aula não é campo para uma polícia ideológica”. A Justiça entendeu que a gravação foi realizada de forma clandestina, sem fins pedagógicos e, portanto, sem validade legal — nem mesmo para fins administrativos.
A decisão reforça a proteção à liberdade de cátedra, princípio constitucional que garante ao professor autonomia no exercício de seu magistério. “O professor não é réu. É educador em pleno exercício da função”, destacou o Tribunal.
Nos últimos anos, cresceu o número de casos em que docentes são filmados de maneira sorrateira, têm suas falas descontextualizadas e expostas nas redes sociais, sofrendo linchamentos morais. A prática fere a dignidade da profissão e ameaça o ambiente de ensino.
Discordar faz parte do aprendizado. Armar emboscadas digitais, não. Esta vitória reafirma: sala de aula é espaço de respeito — não de vigilância.
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segunda-feira, 14 de julho de 2025
Quando a Solidão Vira Problema de Saúde Pública
Você já se sentiu sozinho mesmo estando rodeado de gente? Esse sentimento, tão comum e muitas vezes silencioso, está afetando uma em cada seis pessoas no mundo, segundo um relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS). E mais: a cada hora, cem pessoas morrem por causas relacionadas à solidão — um número assustador que ultrapassa 871 mil mortes por ano.
Mas não estamos falando apenas de tristeza passageira. A solidão, como define a OMS, é uma dor emocional provocada pela distância entre as conexões sociais que desejamos e aquelas que realmente temos. Já o isolamento social é mais prático: é a falta objetiva dessas conexões. Ambos são perigosos.
O relatório mostra que os mais afetados estão em países de baixa e média renda, especialmente adolescentes e jovens entre 13 e 29 anos. Em alguns lugares, até 24% dessa faixa etária relata sentir-se solitária — mais do que o dobro dos índices em países mais ricos.
E não para por aí. Grupos como idosos, pessoas com deficiência, LGBTQIA+, indígenas e refugiados enfrentam mais obstáculos para criar vínculos sociais. As causas? Saúde frágil, baixa escolaridade, viver só, falta de políticas públicas e até o uso excessivo das redes sociais.
As consequências são graves: além da tristeza, a solidão pode aumentar o risco de AVC, diabetes, depressão, ansiedade e até morte precoce. E o custo não é apenas humano — a sociedade também paga a conta em saúde, educação e emprego.
Em tempos de hiperconectividade, repensar nossas conexões reais talvez seja mais urgente do que nunca.
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domingo, 6 de julho de 2025
REFORÇO NA SAÚDE DE CAMPO MAIOR: AMBULÂNCIAS E NOVOS EQUIPAMENTOS CIRÚRGICOS MELHORAM ATENDIMENTO À POPULAÇÃO
A saúde pública de Campo Maior (PI) recebeu nesta semana dois importantes reforços que prometem melhorar significativamente o atendimento à população. A primeira novidade foi a entrega de duas ambulâncias novas para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), resultado de uma articulação entre o governo federal e as lideranças locais. Os veículos são modernos, equipados com suporte avançado de vida, e já começaram a operar na cidade e nas comunidades vizinhas.
Segundo a coordenação do SAMU, essas ambulâncias chegam em um momento crucial, pois a frota anterior apresentava desgaste e não atendia com eficiência à crescente demanda. Com o reforço, será possível reduzir o tempo de resposta em emergências e ampliar a cobertura nas zonas rurais.
A segunda boa notícia veio com a entrega de um novo kit de instrumentos cirúrgicos ao Hospital Regional de Campo Maior, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI). Os materiais permitirão a realização de mais procedimentos no próprio município, reduzindo o encaminhamento de pacientes para Teresina. O kit inclui pinças, bisturis, tesouras e outros instrumentos essenciais para cirurgias de pequeno e médio porte.
De acordo com a direção do hospital, a chegada dos equipamentos representa um salto na capacidade técnica da unidade, além de oferecer mais conforto e segurança aos pacientes. “Com esses instrumentos, conseguimos dar mais autonomia aos nossos profissionais e mais agilidade nas cirurgias eletivas e de urgência”, afirmou a diretora clínica da unidade.
As duas ações integram um esforço conjunto para fortalecer a rede pública de saúde em Campo Maior, que, apesar dos desafios, mostra avanços importantes. A população celebra as melhorias, mas também cobra que as conquistas se mantenham com manutenção adequada, equipes bem treinadas e continuidade nos investimentos.
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terça-feira, 24 de junho de 2025
Indisciplina escolar: o Brasil no último lugar do mundo — e o preço que pagamos por isso
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| Imagem Internet |
Você sabia que o Brasil ocupa a última colocação em disciplina escolar entre 79 países avaliados pela OCDE, no relatório PISA 2018? Os próprios estudantes relatam que o barulho constante atrasa as aulas, impede a concentração e obriga o professor a se tornar mais um vigia do que um educador.
Esse cenário não é apenas desgastante — é desastroso para o aprendizado. A indisciplina consome tempo, destrói o foco e corrói o respeito. Ela impede a construção de um ambiente de ensino digno, equitativo e transformador.
Para o professor Jorge Câmara, esse problema tem uma causa clara: "A escola e os professores já cederam demais. Essa cessão de disciplina e autoridade tem um custo: estamos assistindo a um avacalhamento diário da rotina escolar."
Na visão do professor, ao tentar agradar, ser “legal” ou evitar confrontos, a escola foi abrindo mão de seu papel formador. E quando a autoridade pedagógica se enfraquece, o caos se instala — e com ele vêm o desânimo, o adoecimento docente e a desistência de muitos profissionais da educação.
Mas há avanços legislativos: desde 15 de janeiro de 2024, vigora a Lei 14.811/2024, que criminaliza o bullying e o cyberbullying e amplia as punições, inclusive prevendo penalidades de até quatro anos de prisão. Além disso, uma nova lei recentemente sancionada prevê penas de até 12 anos de prisão por agressão a professores, em resposta ao aumento de violência nas escolas — intencionalmente cometida por alunos ou até familiares. Esse é um reconhecimento explícito da gravidade da violência contra educadores e um passo concreto para protegê-los.
É preciso compreender: disciplina não é autoritarismo. É o que garante que todos possam ensinar e aprender com dignidade. A escola só cumpre seu papel quando existe respeito, autoridade e responsabilidade — por parte de alunos, pais, professores e do Estado.
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segunda-feira, 23 de junho de 2025
Cordel em alta: CETI 13 de Março inicia o dia falando em poesia
Em tempos de globalização e consumo de culturas externas, valorizar o que é nosso torna-se um ato de resistência e pertencimento. Foi com esse espírito que a professora Isabel Reinaldo idealizou uma sequência didática que visa aproximar os estudantes da rica cultura nordestina, por meio do cordel. A iniciativa contou com a parceria do professor Assis Lima, membro da Academia de Artes e Letras do Território dos Carnaubais (ALTEC), que é também advogado, historiador e poeta.
Com vasta produção literária, Assis Lima compartilhou com os alunos não apenas suas obras, mas também os bastidores do fazer poético, revelando o cordel como forma de expressão artística e ferramenta de educação. O projeto despertou nos estudantes o interesse pela história, linguagem e identidade regional, promovendo um aprendizado significativo e afetivo.
Ao unir escola e cultura popular, a proposta fortalece o vínculo com as raízes e mostra que conhecer a cultura local é essencial para formar sujeitos críticos, conscientes e orgulhosos de sua terra. Iniciativas como essa reforçam o papel transformador da educação.
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sábado, 21 de junho de 2025
Machismo entre os jovens: um problema que a gente precisa encarar
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| Em poucos minutos, jovens entre 14 e 20 anos tem acesso a mensagens misógenas em redes sociais. |
Você já parou pra pensar como o machismo ainda tá presente no dia a dia dos jovens brasileiros? Pois é, mesmo vivendo numa era de memes, redes sociais e liberdade, ainda tem muita gente jovem reproduzindo ideias ultrapassadas. De acordo com pesquisas recentes, 96% dos jovens reconhecem que o machismo existe no Brasil. Até aí, ponto positivo. Mas o problema é que boa parte deles ainda concorda com atitudes machistas. Demonstração encontrada com folga nas redes sociais.
Por exemplo: muitos acham que a mulher tem que "se dar ao respeito" na forma de se vestir e que é errado ela ter muitos parceiros. E mais — cerca de 27% dos rapazes entre 18 e 24 anos acham que homens e mulheres não deveriam ter os mesmos direitos. Em pleno 2025!
O ambiente virtual também reflete esse cenário. Um estudo revelou que 77% das meninas entre 15 e 25 anos já sofreram assédio online. E pior: 32% relataram controle digital por parte dos parceiros, tipo exigência de senhas, ciúmes de amigos, e até invasão de privacidade.
Essas atitudes nascem em casa, na escola, nos grupos de amigos. E se espalham nas redes, onde discursos misóginos ganham força em comunidades “red pill” e afins. É como se uma parte dos jovens ainda estivesse agarrada a uma ideia de masculinidade tóxica, onde homem de verdade é aquele que manda, que controla, que não pode mostrar emoção.
Mas calma, nem tudo está perdido. Tem muita gente boa — meninos e meninas — discutindo gênero, ouvindo, aprendendo e tentando mudar essa história. O caminho é educação, respeito e empatia. Porque machismo não combina com futuro. E o futuro é da nossa geração.
Professor Jorge Câmara
#EducaçãoComConsciência #JuventudeSemMachismo
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quinta-feira, 19 de junho de 2025
Corpus Christi: Fé, Tradição e Arte nas Ruas do Brasil
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| Fé e tradição Foto: Divulgação redes sociais |
Celebrado por católicos em todo o mundo, o feriado de Corpus Christi, que significa "Corpo de Cristo" em latim, ocorre sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade. A data remonta ao século XIII, quando a Igreja Católica instituiu a celebração para destacar a importância da Eucaristia — sacramento que representa o corpo e o sangue de Jesus Cristo na hóstia consagrada.
Para os cristãos católicos, a festa é um momento de profunda reverência e adoração, marcando a presença real de Cristo na Eucaristia. Missas solenes e procissões são realizadas em diversas cidades brasileiras, reforçando a fé e a união da comunidade.
Uma das tradições mais encantadoras do Corpus Christi no Brasil é a confecção dos tapetes coloridos feitos de serragem, flores, areia e outros materiais. Cidades como Ouro Preto (MG), Santana de Parnaíba (SP) e Castelo (ES) se destacam pelas verdadeiras obras de arte que revestem as ruas por onde passa a procissão.
Além de seu caráter religioso, a data movimenta o turismo e promove a expressão cultural local, unindo espiritualidade, arte e identidade regional. Corpus Christi, portanto, é mais que um feriado: é um testemunho vivo da fé e da criatividade do povo brasileiro.
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segunda-feira, 16 de junho de 2025
UESPI discute participação de alunos na Rota do Axé e fortalecimento da Lei 10.639
A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) promoveu, nesta semana, uma importante reunião entre o reitor, Professor Dr. Evandro Alberto, e representantes do movimento dos povos de matriz africana. O encontro teve como foco a participação dos alunos do curso de Comunicação Social na “Rota do Axé”, evento cultural que valoriza tradições afro-brasileiras.
Durante a reunião, o movimento apresentou propostas para aproximar a universidade das pautas étnico-raciais, destacando a criação de um curso de extensão voltado à história afro-brasileira. O objetivo da iniciativa é formar educadores mais preparados para aplicar a Lei nº 10.639/03 nas escolas piauienses.
Aprovada em 2003, a Lei 10.639 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as instituições de ensino fundamental e médio do Brasil. A medida visa combater o racismo, valorizar a contribuição do povo negro na construção do país e promover uma educação mais inclusiva e plural.
Para o reitor da UESPI, a discussão é fundamental para o fortalecimento da identidade cultural e da democracia. “A universidade tem o papel de fomentar a diversidade e a equidade no ensino”, afirmou.
A parceria entre a UESPI e os movimentos sociais é vista como um avanço concreto na luta contra o preconceito e na construção de uma sociedade mais justa. A expectativa é que as propostas apresentadas sejam implementadas ainda este ano.
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